Brasil tem que se preparar para
reciclar as lâmpadas fluorescentes compactas.
Por Leticia Constant, da RFI.
As lâmpadas incandescentes de 40 e 60 watts, as
mais utilizadas pelos brasileiros, vão desaparecer do mercado até 2015. Criadas
há cem anos, elas já não se adaptam mais ao mundo moderno, gastando muita
energia e devem ser substituídas pelas lâmpadas fluorescentes compactas, mais
econômicas. Mas será que o Brasil está preparado para reciclá-las?
” Isto faz parte de uma política do governo
brasileiro que atende a uma das recomendações da Agência Internacional de
Energia, feita em 2008, para promover a transição das atuais tecnologias para
tecnologias mais eficientes, ou seja, mais econômicas”, relata Marcos Borges,
responsável pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem do Inmetro (Instituto de
Metronomia, Qualidade e Tecnologia).
O cronograma vai até 2016 e desde 2012 existe
foram limitadas as lâmpadas incandescentes; neste ano de 2014 foram proibidas
as lâmpadas acima de 40 watts. Estas lâmpadas podem ser autorizadas no futuro,
se atenderem novos níveis de eficiência.
Lâmpadas econômicas
Hoje, no Brasil, e também no mundo, o objetivo é
ter lâmpadas que tenham a mesma eficiência de iluminação consumindo o menos
possível de energia elétrica.
As lâmpadas incandescentes, utilizadas
atualmente, duram de oito a dez vezes menos do que as suas substitutas – as
fluorescentes compactas – e são quatro vezes menos econômicas. “Por isto
começou-se a optar pela tecnologia mais eficiente e mais acessível em termos de
preço para o consumidor, que é a fluorescente compacta”, explica Marcos Borges.
Mercúrio, desvantagem que exige
reciclagem
Em termos de meio ambiente, as lâmpadas
fluorescentes compactas apresentam um viés, que é o fato de conterem mercúrio.
“O problema não é a lâmpada conter mercúrio, mas o fato de o Brasil não estar
completamente preparado hoje para fazer um programa nacional de coleta do
resíduo de lâmpadas que queimam, dos vidros, além da questão de colher o
mercúrio de forma segura”, observa Borges, completando que a sociedade também
deve aprender a lidar com estas novas dificuldades para ter a vantagem da
economia.
O Brasil já publicou uma portaria no contexto da
política nacional de resíduos sólidos que contém, de forma geral, algumas
especificações que obrigam o fornecedor de um produto a ter responsabilidades
no descarte, no tratamento do problema ambiental ligado ao produto.
Fonte: RFI
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