quarta-feira, 29 de maio de 2013

PARTICIPE DO DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE DOS IMPACTADOS!


Nada a comemorar; Só sofrimento, perdas, agressões e destruições no Estado do Rio de Janeiro.

Dia 6 de junho - Dia dos Impactados pelas DESTRUIÇÕES SOCIOAMBIENTAIS.


Carlos Minc Sec. Estadual do Ambiente eleito pelos movimentos sociais impactados ambientalmente como sendo o colaborador direto aos danos ambientais que vem ocorrendo e que irão ocorrer no Estado do Rio de Janeiro;
Carlos Minc

Será no dia seis (6) de junho de 2013, às 13 horas nas escadarias da Assembleia Legislativa do Estado Rio de Janeiro (ALERJ).

Vários movimentos estão participando da organização do ATO, que irá expor a ficha criminal dos representantes do governo do Estado do Rio de Janeiro em relação aos crimes cometidos por estes.

As instituições estão convocando todos os movimentos que estão sofrendo algum tipo de agressão socioambiental provocada pelos representantes de governo em atendimento aos MEGAS eventos que irão ocorrer no Estado do Rio de Janeiro, e demais IMPACTADOS por omissão dos que se dizem representar a sociedade do Estado do Rio de Janeiro.

Os movimentos sociais organizadores do evento solicitam aos participantes do mesmo que tragam e fiquem apostos com seus celulares para registrarem possíveis agressões policiais que vem ocorrendo no Estado do Rio de Janeiro aos manifestos realizados ultimamente como foi o caso dos indígenas da ALDEIA MARACANÃ, do CORPO DE BOMBEIROS dentre outros em cumprimento dos que se dizem representarem a sociedade, cumpridores da legalidade, mais que se utiliza de agressões para dispersar atos garantidos constitucionalmente.

Será entregue um MANIFESTO aos parlamentares, contendo as informações dos crimes que vem ocorrendo no Estado do Rio de Janeiro provocado pelas omissões ou conivências dos representantes do executivo do Governo do Estado.

São esperadas mais de quinhentas pessoas (500) para o evento, vindas de vários pontos do Estado do Rio de Janeiro.

Corre um abaixo assinado na WEB a Secretaria Geral da Organização das Nações Unidas, solicitando a imediata cassação do Prêmio GLOBAL 500 concedido por essa organização ao senhor Carlos Minc, eleito por diversas vezes deputado estadual pelo PT-RJ; ex-ministro de Meio Ambiente do Brasil e atual Secretário de Estado do Governo Sergio Cabral, por ação e omissão em relação a passivos e crimes ambientais, onde são enumerados alguns destes crimes, que aumentaram até dois mil e dezesseis (2016) de acordo com dossiê produzido em relação a temática.


Este abaixo assinado vem desde a RIO - 20, e já constam varias assinaturas.

E a sociedade civil organizada se fazendo presente em seus direitos.
Gargalos impedem avanço da reciclagem e deixam empresas com até 30% de capacidade ociosa
Vinícius Lisboa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A coleta seletiva ainda enfrenta gargalos para se tornar abrangente no país, como determina a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que entrará em vigor na segunda metade do ano que vem. A avaliação foi feita por André Vilhena, diretor do Compromisso Empresarial pela Reciclagem (CEMPRE), fórum que reúne 38 grandes empresas nacionais e multinacionais desde a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio 92.

Vilhena destaca que um dos entraves para o avanço da coleta seletiva no Brasil é a falta de qualificação dos gestores locais responsáveis por elaborar os planos municipais de resíduos sólidos: "O envolvimento das prefeituras é o ponto de partida. Temos hoje poucos municípios fazendo a coleta seletiva e, principalmente, fazendo a coleta seletiva de forma abrangente. Para mudar isso, os gestores públicos necessitam de treinamento para que possam efetivamente implantar os programas em seus municípios".
A falta de capacitação é mais grave no interior, mas também está longe do ideal nas grandes cidades: "Vamos pegar os exemplos das maiores cidades do Brasil: os programas tanto de São Paulo quanto do Rio de Janeiro são muito pouco abrangentes, precisam passar por uma reformulação e ampliação significativas. Sem dúvida alguma, no curto espaço de tempo, precisamos melhorar muito os programas de coleta seletiva nas cidades brasileiras, especialmente nas maiores".

Com programas de coleta seletiva pouco organizados, a indústria recicladora padece de pouca oferta de matéria-prima e, segundo estimativas do CEMPRE, funciona, em média, com capacidade ociosa entre 20% e 30%. Levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) em 2010 já mostrava que o Brasil deixava de movimentar R$ 8 bilhões anualmente por não aproveitar o potencial do setor. De acordo com o CEMPRE, apenas 14% das cidades brasileiras têm coleta seletiva, sendo 86% delas no Sudeste.

Outro entrave para a reciclagem no Brasil, segundo Vilhena, é o peso tributário sobre o setor, que se beneficiaria de mudanças na cobrança de impostos: "De cara, deveria ser dispensado o recolhimento do ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] na venda de sucatas e materiais recicláveis, além de produtos com 100% de material reciclado. Poderia ser feita, a partir disso, uma redução gradativa do imposto conforme o percentual de material reciclado na composição", defende ele, que acredita haver bitributação no caso do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI): "em alguns setores, o produto já teve a cobrança do IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados]. quando foi descartado, e tem o desconto de novo durante a reciclagem".

Edson Freitas, da organização não governamental EccoVida, concorda com as duas análises: "muita gente prefere a informalidade por causa dos impostos. Pago uns 30% de imposto sobre minhas garrafas e ainda tenho que pagar para destinar o lixo não aproveitável. Um dos projetos que desenvolvo, de produção de telhas a partir de PET [politereftalato de etileno, utilizado na fabricação de embalagens e outros produtos], eu trouxe de Manaus, porque lá não era viável por falta de plástico selecionado".

Em seu galpão, o presidente da ONG conta que processa mil toneladas de material reciclado por mês, mas a falta de oferta o impede de vender o dobro disso de matéria-prima para fábricas como a Companhia de Bebidas das Américas (AMBEV), que usa suas PETs na produção de garrafas 100% recicladas, que corresponderam a 28% da produção em 2012 e devem chegar a 40% em 2013. No ano passado, a companhia reutilizou 60 milhões de PETs na produção, número que deve saltar para 130 milhões neste ano, com a autorização da Anvisa para o uso de material reciclável em mais três fábricas da empresa, somando seis homologadas.
A produção de PET a partir de material reciclável economiza 70% de energia e reduz em 70% a emissão de gás carbônico na atmosfera. Além das PETs, a AMBEV também produz, em sua fábrica de vidro, sete em cada dez garrafas desse material inteiramente com cacos reciclados, sendo 88% deles provenientes da própria cervejaria e 12% de cooperativas.

O problema da falta de material de que Freitas se queixa, no entanto, não é causado só pela escassez de planos municipais. Para Vilhena, é preciso maior envolvimento da população: "Temos que melhorar o engajamento do cidadão brasileiro nos programas de coleta seletiva, que ainda estão aquém do desejado".

Edson Freitas destaca que é preciso uma mudança de pensamento em relação aos materiais recicláveis: "nem chamo de lixo uma PET ou uma embalagem de papelão, porque não são lixo. Têm o mesmo valor que tinham quando o produto estava armazenado dentro delas. É só limpar que continua a ser material com valor comercial e utilidade".

Edição: Graça Adjuto

terça-feira, 28 de maio de 2013

Petrobras consegue suspensão parcial de interdição das obras do COMPERJ, diz INEA
Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O juiz Eduardo Ribeiro Filho, da 2ª Vara Federal de Itaboraí, determinou a suspensão parcial da decisão judicial que mandou parar as obras de construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ), informou à Agência Brasil a presidenta do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), Marilene Ramos. Segundo ela, a decisão do juiz liberou apenas as obras “intramuro”, mantendo parada as obras de construção de dutos, polidutos e de infraestrutura fora do COMPERJ.

Marilena informou, ainda, que a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) deu entrada hoje (16), no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), solicitando a revogação da decisão concedida pelo juiz da 2ª Vara Federal de Itaboraí suspendendo as obras do COMPERJ sob a alegação de irregularidades na concessão das licenças ambientais para a construção do complexo, que é vizinho a uma área de proteção ambiental.

Segundo Marilene Ramos, o Tribunal Regional Federal solicitou, porém, um prazo até a próxima segunda-feira (20) para se pronunciar sobre o assunto, uma vez que o presidente do TRF2, desembargador Sérgio Schwaitzer, disse precisar de tempo para analisar o processo diante da complexidade da questão.

“O TRF2 alegou que a matéria é complexa e que precisará de tempo para tomar ciência do assunto. Mas nós trabalhamos com a perspectiva de que a decisão da 2ª Vara Federal de Itaboraí será revista pelo TRF”. Na avaliação da presidenta do INEA, o licenciamento concedido pelo órgão “é fruto de seis anos de trabalho, envolvendo centenas de técnicos e mais de 6 mil páginas de estudos e análises ambientais”.

A suspensão das obras do COMPERJ foi uma decisão do juiz federal substituto da 2ª Vara Federal de Itaboraí, Eduardo Ribeiro Filho, atendendo a uma ação do Ministério Público Federal (MPF), de 2008, que apontava irregularidades na concessão das licenças ambientais para a construção do complexo, que é vizinho a uma área de proteção ambiental.

O MPF alega que a autorização do INEA não é suficiente para avaliar os impactos e os danos causados na região. Na decisão, o juiz determinou que é preciso a autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).

As informações da presidenta do INEA sobre a decisão do juiz, permitindo a retomada parcial das obras não foram confirmadas pela Petrobras, que contactada pela Agência Brasil se limitou a dizer, por meio da assessoria de imprensa, que não tinha novidades sobre o assunto.

Edição: Aécio Amado

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Um ano do Código Florestal: tudo dito, nada feito
A poucos dias do aniversário de um ano da aprovação do novo Código Florestal, muita coisa foi dita, mas pouco foi feito. A Lei Federal nº 12.651 (de 26 de maio de 2012) ainda não disse a que veio. Parece que bastou a anistia do passivo ambiental de aproximadamente 40 milhões de hectares de cerrados e florestas desmatados ilegalmente antes de julho de 2008. 
O que temos até agora é o Decreto Federal nº 7.830/12, genérico, que não tem o condão de nortear os Programas de Regularização Ambiental (PRA) que os estados devem desenvolver para regularizar, na prática, as propriedades rurais. Os PRAs devem indicar, com fundamentação técnica, onde serão consolidadas as ocupações ou onde deverão ser recuperadas as áreas ilegalmente desmatadas. Devem também indicar as bacias hidrográficas críticas nas quais a recomposição de áreas de preservação permanente deverá ocorrer segundo parâmetros técnicos mais rigorosos do que os previstos na lei. Devem, ainda, indicar a localização das áreas críticas para recomposição e conservação florestal para fins de compensação de reserva legal. Um ano se passou e nenhum PRA, até agora, foi aprovado no país. 

Embora tenha sido um dos elementos mais comemorados pelos parlamentares da base do governo, não há ainda nenhum incentivo econômico concreto (previstos no artigo 41 do Código) ou movimento real iniciado para tanto. A falta de movimento afeta também a implementação do mercado nacional de redução de emissões de CO2, previsto em lei desde dezembro de 2009. Tal mercado poderia direcionar investimentos para conservação ou recuperação de florestas, já que o desmatamento, apesar da redução expressiva de suas taxas na Amazônia, ainda é responsável pela maior parte das emissões de carbono brasileiras. 

A falta de ação parece também ser seguida pela falta de vontade para com o diálogo público e transparente. Tanto é assim que o Ministério de Meio Ambiente recusou a proposta feita em novembro de 2012 pelo Instituto O Direito por um Planeta Verde e pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) para a criação de um grupo assessor, no âmbito do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), para acompanhamento e avaliação da implementação da nova lei. 

Em contrapartida, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) propôs a criação de um comitê, fora do CONAMA, para monitoramento da implementação da nova lei florestal, supostamente com a participação da sociedade. Até o momento, tal comitê não foi criado, não se sabe qual a sua composição, como serão indicados seus membros, enfim não há previsão para que isso aconteça. Não se trata mais de questionar o que foi aprovado, mas de buscar a melhor maneira de implementar, sem mais retrocessos, o que foi aprovado há um ano pelo Congresso. 

Atentas a esse processo, algumas organizações da sociedade — entre elas, IPAM, Instituto Socioambiental (ISA), Instituto Centro de Vida (ICV), Conservação Internacional (CI), Fundo Mundial para a Natureza (WWF), The Nature Conservancy (TNC) e S.O.S. Mata Atlântica — lançarão este mês, no Congresso Nacional, o Observatório do Código Florestal. O propósito da iniciativa é promover seminários, audiências públicas, reuniões técnicas, debates e avaliações independentes e multi-institucionais sobre os melhores caminhos e meios para uma boa e transparente implementação do Código. 

Espera-se que esse esforço encontre abrigo nos espaços institucionais existentes, em especial no Congresso Nacional, nas assembleias legislativas, nas câmaras de vereadores, nos conselhos de meio ambiente e conte com o apoio dos órgãos ambientais, inclusive do Ministério do Meio Ambiente. 

Pretende-se, assim, contribuir com a implementação da nova lei, impulsionando o Cadastramento Ambiental Rural dentro de parâmetros de transparência e eficácia aceitáveis e tornando os anunciados incentivos econômicos, para aqueles que vêm cumprindo a lei e continuam protegendo seus ativos florestais, uma realidade no menor espaço de tempo possível. 

Sem colocar o Código em operação já, não será de estranhar que, mais à frente, uma “atualização” na consolidação de áreas rurais desmatadas ilegalmente (leia-se, mais anistia) após julho de 2008 seja requerida por aqueles que lutaram para obter tal benefício na atual lei.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Gelo do Ártico derreteu em ritmo recorde em 2012, diz ONU
O gelo do Oceano Ártico derreteu em ritmo recorde em 2012, o nono ano mais quente desde o início dos registros, anunciou nesta quinta-feira a omm (Organização Meteorológica Mundial), uma agência da ONU. 

No relatório sobre o ano de 2012, a OMM afirma que, em agosto e setembro do ano passado, as zonas geladas do Ártico cobriam apenas 3,4 milhões de quilômetros quadrados, 18% a menos que em 2007, quando havia sido registrado o recorde anterior. 

Para o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud, este é um "preocupante sinal da mudança climática". 

"O ano de 2012 também registrou outros extremos, como secas e ciclones tropicais. A variabilidade natural do clima sempre resultou em extremos deste tipo, mas a mudança climática determina cada vez mais as características físicas dos acontecimentos meteorológicos e climáticos extremos", disse. 

"Por exemplo, dado que os níveis globais do mar são atualmente 20 centímetros maiores que o que eram em 1880, tempestades como o furacão Sandy estão produzindo mais inundações costeiras", completou. 

A OMM afirma que a temperatura global média de terras e superfícies marinhas é estimada 0,45 grau centígrado acima da média do período que vai de 1961 a 1990, que é de 14 graus Celsius. 

EsSe foi o nono ano mais quente desde 1850, primeiro do qual se tem registro, e o 27º ano consecutivo no qual a temperatura de terras e superfícies marinhas supera a média de 1961-1990. 

"A tendência continua de alta das concentrações atmosféricas de gases do efeito estufa confirma que o aquecimento prosseguirá", disse Jarraud. 

Temperaturas superiores à média foram registradas em quase todo o planeta, particularmente na América do Norte, Europa meridional, Rússia ocidental, partes do norte da África e América do Sul meridional, destacou a OMM. 

Paralelamente, foram registradas temperaturas inferiores à média no Alasca, partes do norte e leste da Austrália e Ásia Central. 

As precipitações também mudaram, com condições mais secas que a média em grande parte do centro dos Estados Unidos, México setentrional, nordeste do Brasil, centro da Rússia e centro-sul da Austrália. 

A umidade aumentou no norte da Europa, oeste da África, centro-norte da Argentina, oeste do Alasca e na maior parte do norte da China.

O furacão Sandy afetou primeiro o Caribe e depois a costa leste dos Estados Unidos no fim de outubro. Pelo menos 300 pessoas morreram na região e foram registradas perdas materiais de mais de 75 bilhões de dólares apenas nos Estados Unidos. 

A destruição provocada pelo Sandy levou a OMM a retirar este nome da lista rotativa de nomes de tempestades, informou a agência da ONU.

"Sandy" será substituída por "Sara", depois que os meteorologistas decidiram que o uso futuro do nome poderia gerar tristeza. 

"Sandy" é o 77º nome retirado da lista de tempestades tropicais do Atlântico, como já havia acontecido nos casos "Irene" (2011), Igor e Tomás (2010), Gustav e Paloma (2008) e Denis, Katrina, Rita e Wilma (2005). 

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Ah, se os empresários soubessem disso...
No mundo atual, as coisas mudam rapidamente. A tecnologia avança e o que era comum, passa em pouco tempo a ser coisa do passado. Resultado: quem não se atualiza perde mercado e dinheiro, muito dinheiro.

A construção civil também está mudando. Considerada a atividade econômica que mais causa impactos ambientais no planeta, o setor de construção começa a se redimir à medida que inúmeras tarefas realizadas no passado e tidas como normais, hoje já não são mais admitidas por serem poluidoras.

Um exemplo é a destinação dos entulhos de obra. Na maioria das vezes, os responsáveis pela obra nem sabiam onde iam parar. A terra na frente das obras sujava as ruas, a compra de materiais de empresas sem licença ambiental nem preocupava a ninguém, sem falar das madeiras ilegais utilizadas nas obras agravando o desmatamento da Amazônia.

Porém, poucos, muito poucos, estão conectados com essas mudanças. Quem participa de congressos, como o último promovido pelo GBC Brasil sobre Construções Sustentáveis e Prédios Verdes, realizado em São Paulo, no mês de setembro, consegue ficar por dentro das novidades do setor. Dentre essas novidades, destaca-se justamente o conceito de Prédio Verde, que além dos benefícios do marketing ambiental – responsável por atrair cada vez mais consumidores - promovem uma enorme economia de energia elétrica e de água potável.

Para obter a certificação de Prédio Verde, a obra tem que economizar pelo menos 30% de energia elétrica e de água em comparação com uma obra similar. Mas que afirmação ‘“maluca”, podem pensar os empresários, será que os instaladores de elétrica e hidráulica não sabem projetar de forma econômica?

Por incrível que pareça, a maioria não sabe e continua a projetar como no século XX, adotando parâmetros ultrapassados. Nunca foi exigido deles que adotassem novos parâmetros de desempenho, conforme normas americanas e europeias.

Essas normas, obrigatórias para Prédios Verdes que pleiteiam a certificação, determinam a elaboração de projetos supereficientes, significando também um ganho financeiro para empresários.

Então, por que não passam a construir um monte de prédios verdes? Não fazem porque não acreditam que poderão obter retorno financeiro com uma grande economia de energia elétrica e também de água.

Por incrível que pareça, preferem fazer como sempre fizeram e, sem saber, continuam a perder dinheiro. Tomara que quem ler este artigo passe a buscar informações sobre os prédios verdes, já que empresário não é de perder dinheiro e sim de ganhar.

Fernando de Barros é Engenheiro Civil pela Pontifícia Universidade Católica (PUC–RJ), especializado em Planejamento e Gestão Ambiental, Mestre em Engenharia de Edificações e Saneamento pela Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Possui experiência de 35 anos na área de construção civil e imobiliária, tendo construído mais de 600 mil metros quadrados de obras comerciais, residenciais e industriais. Dirigiu uma indústria metal-mecânica por 10 anos, e um supermercado de materiais de construção por três anos e responsável pela implantação de uma indústria de pré-moldados de concreto. Presidiu o Conselho Municipal do Meio Ambiente de Londrina (2006-2011).


sábado, 18 de maio de 2013

"Lula e a falta de ética". Será que ele sabe o que é ISSO???
"Lula e a falta de ética". Editorial O Estado de S. Paulo

Sob o comando de Lula, o PT antecipou o início da campanha presidencial, cuja eleição se realiza daqui a 17 meses, de modo que tudo o que as lideranças do partido e do governo fazem e dizem deve ser considerado de uma perspectiva predominantemente eleitoral.

E desse ponto de vista ganham importância as mais recentes declarações do chefe do PT que, do alto de seu irreprimível sentimento de onipotência, anda sendo acometido por surpreendentes surtos de franqueza.

No lançamento de um livro hagiográfico dos 10 anos de governo petista, Lula garantiu que não existe político "irretocável do ponto de vista do comportamento moral e ético". "Não existe", reiterou. Vale como confissão.

Lula está errado. O que ele afirma serve mesmo é para comprovar os seus próprios defeitos.

Seus oito anos na chefia do governo foram de uma dedicação exemplar à tarefa de MEDIOCRIZAR o exercício da política, transformando-a, como nunca antes na história deste país, em nome de um equivocado conceito de governabilidade, num balcão de negócios cuja expressão máxima foi o episódio do MENSALÃO.

É claro que Lula e o PT não inventaram o toma lá dá cá, a corrupção ativa e passiva, o peculato, a formação de quadrilha na vida pública. Apenas banalizaram a prática desses "malfeitos", sob o pretexto de criar condições para o desenvolvimento de um programa "popular" de combate às injustiças e à desigualdade social.

Durante oito anos, Lula não conseguiu enxergar criminosos em seu governo. Via, no máximo, "aloprados", cujas cabeças nunca deixaram de afagar. O nível de sua tolerância com os "malfeitos" refletiu-se no trabalho que Dilma Rousseff teve, no primeiro ano de seu mandato, para fazer uma "faxina" nos altos escalões do governo.

O que Lula pretende com suas destrambelhadas declarações sobre moral e ética na política é rebaixar a seu nível as relativamente pouco numerosas, mas sem dúvida algumas existentes, figuras combativas de políticos brasileiros que se esforçam - nos partidos, nos três níveis de governo, no Parlamento - para manter padrões de retidão e honestidade na política e na administração pública.

O verdadeiro espírito público não admite mistificação, manipulação, malversação. Ser tolerante com práticas imorais e antiéticas na vida pública pode até estigmatizar como réprobos aqueles que se recusam a se tornar autores ou cúmplices de atos que a consciência cívica da sociedade - e as leis - CONDENAM.

Mas não há índice de popularidade, por mais alto que seja capaz de absolver indefinidamente os espertalhões bons de bico que exploram a miséria humana em benefício próprio.

Aquela tolerância, afinal, caracteriza uma ofensa inominável não só aos políticos de genuíno espírito público que o País ainda pode se orgulhar de possuir, como à imensa maioria dos brasileiros que na sua vida diária mantêm inatacável padrão de honradez e dignidade.

Não é à toa que as manifestações públicas de Luiz Inácio Lula da Silva, além das manifestações de crescente megalomania, reservam sempre um bom espaço para o ataque aos "inimigos".

A imagem de Lula, o benfeitor da Pátria, necessita sobressair-se no permanente confronto com antagonistas. Na política externa, são os Estados Unidos. Aqui dentro, multiplicam-se, sempre sob a qualificação depreciativa de "direita". Mas o alvo predileto é a mídia "monopolista" e "golpista" que se recusa a endossar tudo o que emana do LULOPETISMO.

Uma das últimas pérolas do repertório LULISTA é antológica: "Acho que determinados setores da comunicação estão exilados dentro do Brasil. Eles não estão compreendendo o que está acontecendo".

Essa obsessão no ataque à imprensa, que frequentemente se materializa na tentativa de impor o "controle social" da mídia no melhor estilo "bolivariano" - intenção a qual a presidente Dilma, faça-se justiça, tem se mantido firmemente refratária -, só não explica como, tendo a conspirar contra si todo o aparato de comunicação do País, o logrou vencer três eleições presidenciais consecutivas.

O fato é que Lula e seus seguidores não se contentam com menos do que a unanimidade.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Obras da Copa e das Olimpíadas já causaram a remoção de 3 mil famílias no Rio
Rio de Janeiro – As obras de infraestrutura e construção de equipamentos esportivos para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 já causaram a remoção de 3 mil famílias na cidade e mais 7 mil estão ameaçadas. O dado consta do 2º Dossiê Megaeventos e Violações de Direitos Humanos no Rio de Janeiro, divulgado hoje (15) pelo Comitê Popular da Copa e Olimpíadas.

De acordo com Orlando Santos Junior, professor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPUR-UFRJ), representante do comitê, a tendência de remoção verificada na primeira edição do dossiê, lançado em abril do ano passado, tende a aumentar.

“Pelo número de famílias ameaçadas e, ainda, pela ausência de informações sobre as grandes intervenções em curso. Por exemplo, não se tem informação sobre o traçado dos BRTs [corredor exclusivo para o tráfego rápido de ônibus], que estão sendo construídos na cidade. Então, esse número tende a crescer. É um aspecto que chama a atenção”, disse.

O professor destacou, ainda, a falta de transparência nos projetos, já que os sites disponíveis hoje não trazem informações “fundamentais para que haja o controle social”, como o traçado das obras e as empresas contratadas. “Então o que o comitê está propondo não é nada além do que um conjunto de medidas que objetivam, efetivamente, assegurar os direitos humanos, assegurar os direitos da população, enfim, assegurar a democracia e a participação de todos nas decisões relativas à Copa e às Olimpíadas”.

As famílias removidas reclamam que foram levadas para locais distantes e sem estrutura. Outras denunciam que as indenizações pagas ficaram muito abaixo do valor de mercado do imóvel onde moravam. É o caso da família de Ravel, jogador de vôlei de praia, removida da casa onde morava na comunidade Largo do Tanque, na zona oeste.

A mãe de Ravel, Rosilene Gonçalves da Silva, disse que a indenização paga foi muito abaixo do esperado e a família foi para um local mais perigoso. “Foi muito difícil para a gente, desgastante demais. Eles queriam dar R$ 18 mil para a gente sair de lá, sem ter como comprar outra moradia. Atualmente, a gente está na Estrada da Covanca. Não está como a gente gostaria que estivesse, ficou mais difícil para todo mundo, tem que chegar cedo, não pode chegar tarde, porque lá é próximo a uma área de risco, tem tiroteio”, declarou.

A Secretaria Municipal de Habitação (SMH) informou, por meio de nota, que “a prefeitura vem conduzindo os processos de reassentamento da maneira mais democrática, respeitando os direitos de cada família”, seguindo o Decreto 34.522 de 2011, que estabelece “regras claras, baseadas nos direitos humanos e na busca da moradia digna”.


"Enquanto a Presidente fica sorridente atendendo ao capital especulativo e os interesses de pequenos grupos, cidadãos em massa são descartados como uma garrafa PET depois de consumido o produto que ela armazena. 
 
Na ora de pedir o voto do eleitor, eles se  utilizam do argumento de que irão governar para todos; neste caso todos os concentradores de riquezas e propagadores de pobreza para que estes continuem sendo o que são". Gilvoneick Souza - Rede Ambiente TV

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Justiça determina paralisação imediata de obras do COMPERJ
Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A Petrobras informou, em nota, agora no final da noite, que uma decisão da Justiça determinou a suspensão imediata das obras no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ), anulando as licenças ambientais emitidas pelo órgão ambiental estadual. A nota da estyatal informa em apenas duas linhas a decisão da Justiça.

"A Petrobras informa, que foi intimada, no início da noite de 14/05/2013 - de sentença que anula as licenças ambientais emitidas pelo órgão ambiental estadual [Instituto Estadual do Ambiente - INEA] para as obras do COMPERJ, implicando em paralisação imediata das obras. A Petrobras informa ainda que está avaliando as medidas cabíveis".

Edição: Aécio Amado


Alexandre Pessoa
"Pessoal precisamos fazer uma rede de divulgação pois agora certamente a Petrobras vai pressionar o Governo Federal e este por sua vez ira pressionar pesado o Instituo Chico Mendes para liberar as obras. Não temos tempo a perder por favor divulguem. Caso avancemos na mobilização social podemos pensar em fazer um ato na porta do INEA. Somente uma decisão judicial não garante nada. A HORA É ESSA DIVULGUEM!!!!!!!!!!!!!!" 
Gilvoneick Souza
"A sociedade não pode acreditar que venceu, pois o governo e a empresa vão recorrer onde podemos ver na matéria a baixo, e como já sabemos a justiça brasileira de servidores públicos pagos com o dinheiro dos contribuintes compulsórios trabalha para o capital especulativo". 


Governo do Rio vai recorrer de decisão judicial que paralisou COMPERJ

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A presidenta do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), Marilene Ramos, informou que a entidade vai recorrer da decisão judicial que desconsiderou as licenças ambientais concedidas pelo órgão para o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ), paralisando as obras do empreendimento. A presidenta disse à Agência Brasil que somente amanhã 16/05/2013 a Procuradoria-Geral do estado vai entrar com o recurso.

O recurso, que seria apresentado em 15/05/2013, ainda está sendo fundamentado pela Procuradoria-Geral do estado.

O juiz federal substituto da 2ª Vara Federal de Itaboraí, Eduardo Ribeiro Filho, suspendeu as obras atendendo a uma ação do Ministério Público Federal (MPF), de 2008, que apontava irregularidades na concessão das licenças ambientais para a construção do complexo, que é vizinho a uma área de proteção ambiental. O MPF alega que a autorização do INEA não é suficiente para avaliar os impactos e os danos causados na região. Na decisão, o juiz determinou que é preciso autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).

Na avaliação do INEA, o juiz argumenta “equivocadamente” que a competência do licenciamento é federal, porque há um emissário submarino, a 3 quilômetros mar adentro, o que configuraria zona de mar territorial e, portanto, de competência federal.

“A linha que demarca o mar territorial é variável e, na região de Maricá, ocorre a partir de 11 quilômetros da costa, portanto, 8 quilômetros além do emissário submarino”, argumentou a presidenta. Segundo Marilene Ramos, como é reconhecido pelo próprio Ibama, “em casos de empreendimentos que incluem área terrestre e região marinha, a primeira se sobrepõe. Nesse caso, sobretudo, por tratar-se de área terrestre infinitamente superior e de águas interiores, ou seja, é de gestão estadual”.

A presidenta do INEA considerou a decisão judicial “extemporânea, sem fundamento legal e que não contribui em nada para a qualidade do processo de licenciamento, que exigiu parâmetros superiores aos previstos na legislação brasileira e contou, em todas as etapas, com a participação do Ibama e do  ICMBio [Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade]".

Marilene Ramos destacou que as exigências ambientais foram rigorosas e que as compensações ambientais somam R$ 1 bilhão. “Se há um empreendimento cujo licenciamento é controlado, cuidado e acompanhado em todas as etapas é o COMPERJ. A suspensão das licenças representa uma perda econômica e social incalculável, uma vez que se trata de um empreendimento de R$ 16 bilhões que emprega atualmente cerca de 12 mil trabalhadores”, disse.

Em nota, o Ibama informou que "foi notificado da sentença, discorda dos fundamentos que motivaram o reconhecimento de sua competência para o licenciamento do COMPERJ e está avaliando as medidas processuais mais adequadas para a solução da questão".

A Petrobras informou que está cumprindo a decisão e avaliando as medidas cabíveis para retomar as obras. Caso não cumpra a ordem judicial, a estatal terá que pagar uma multa diária de R$ 100 mil. A implantação do COMPERJ faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. As obras começaram em 2008, com orçamento inicial de R$ 8,4 bilhões, custeados pela Petrobras e governos federal e estadual. O término está previsto para 2015.


Edição: Carolina Pimentel

sexta-feira, 10 de maio de 2013


Ministério Público pede bloqueio de bens de Lula
O Ministério Público Federal (MPF) de Brasília pediu à justiça o bloqueio dos bens do ex-presidente Lula da Silva, a quem acusa de improbidade administrativa por ter usado verba pública com claro intento de promoção pessoal.
O bloqueio de bens tem como finalidade garantir a devolução aos cofres públicos de quatro milhões de euros que Lula, segundo o MPF, usou indevidamente.

A ação interposta pelo MPF refere-se ao gasto desses quatro milhões de euros com a impressão e o envio pelo correio de mais de dez milhões de cartas enviadas pela Segurança Social a reformados entre Outubro e Dezembro de 2004, segundo ano do primeiro mandato de Lula.

A missiva avisava os reformados que um convenio estabelecido entre a Segurança Social e o até então desconhecido Banco BMG lhes permitia a partir de então pedirem empréstimos a juros baixos e sem qualquer burocracia àquela instituição bancária, com o desconto das parcelas sendo feito diretamente nas reformas.

 Até aí não haveria problema, não fossem dois detalhes, que chamaram a atenção dos promotores. O BMG, único banco privado a ser autorizado na altura a realizar esse tipo de empréstimo, conseguiu a autorização em menos de duas semanas, quando o normal seriam vários meses, e as cartas, simples correspondência informativa, eram assinadas por ninguém menos que o próprio presidente da República, algo nada comum para esse tipo de aviso.

Para o Ministério Público, não há dúvida de que Lula e o então ministro da Segurança Social, Amir Lando, que também assinou as cartas e é igualmente acusado na ação, usaram a correspondência para obterem promoção pessoal e lucro político e que a ação do presidente da República favoreceu a extrema rapidez com que o BMG conseguiu autorização para operar o negócio, desrespeitando as normas do mercado. A 13.ª Vara Federal, em Brasília, a quem a ação foi distribuída, ainda não se pronunciou sobre o pedido do MPF.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Mapas de Conflitos Ambientais Brasil

Alem do link a cima, vocês podem baixar em nosso canal Rede Ambiente TV o MAPA DE CONFLITOS AMBIENTAIS do Rio de Janeiro e gravar em um CD interativo.
Na parte lateral direita do nosso canal, encontram-se documentos para serem baixados, contendo o Mapa de Conflitos Ambientais do Estado do Rio de Janeiro; basta realizar um cadastro gratuito no site de hospedagem para que vocês possam baixar o arquivo e depois gravar em um CD interativo.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Desmatamento pode estar em alta na Amazônia 
GIULIANA MIRANDA
DE SÃO PAULO 

O desmatamento na Amazônia, que em 2012 chegou ao seu menor índice histórico, pode estar voltando a subir. 

Por enquanto, os dados são preliminares, os chamados alertas de desmatamento, mas a tendência de alta já preocupa os ambientalistas. 

O sistema Deter do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) identificou 1.695 quilômetros quadrados de áreas possivelmente desmatadas ou degradadas entre 1º de agosto de 2012 e 28 de fevereiro de 2013. 

Isso representa um aumento de 26% em relação ao mesmo período do ano anterior. 

Apesar de confiáveis, esses dados ainda não são definitivos. O sistema Deter tem uma série de limitações, como a existência de pontos cegos quando há presença de muitas nuvens sobre a floresta. 
Por isso, os cientistas dizem que as comparações entre um mês e outro não são precisas. Mesmo assim, já há uma sensação de alerta. 
"Ainda não é possível dizer se houve aumento no desmatamento. Os dados do Deter incluem também a degradação, que pode não se concretizar em desmatamento", explica Dalton Valeriano, pesquisador do INPE. 

Segundo ele, a alta nos alertas foi em parte causada pelo mês de agosto com uma grande quantidade de queimadas --ligadas à exploração humana--, que puxaram os números para cima. 
"Nos outros meses, a situação não foi tão diferente." 

O Mato Grosso (734 km2) liderou a lista de possíveis danos à floresta, seguido pelo Pará (428 km2) e por Rondônia (270 km2). 

O INPE tem outro sistema de monitoramento via satélite, o PRODES, que mede o número consolidado do desmatamento. Esses dados, porém, ainda não estão prontos. 

Com a divulgação dos números, o Ibama diz que está intensificando a fiscalização. 

O órgão destaca a quantidade de madeira e materiais apreendidos. Pela primeira vez, o instituto fiscalizou a retirada de madeira de forma intensiva durante o período de chuvas. 

Só em fevereiro, o Ibama apreendeu R$ 15 milhões em toras de madeira ilegais. 

Batizada de Onda Verde, a operação apreendeu, em apenas um mês de fiscalização no Oeste do Pará, a mesma quantidade de madeira irregular identificada no Estado inteiro em 2012. 

REPERCUSSÃO 

O IMAZON (Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia), que tem sistema próprio de monitoramento da floresta, já havia identificado uma tendência de alta nos últimos seis meses. 

"Ainda não podemos dizer que é um aumento do desmatamento, mas já é preciso ficar atento. O que preocupante é que estamos entrando no período de seca, em que o desmatamento tradicionalmente sobe. Se os alertas já foram altos para o período de chuvas, é possível que eles subam ainda mais", avalia Heron Martins, do IMAZON. 

O Greenpeace mandou um comunicado sobre o desmatamento para sua base de apoiadores e cobrou uma atitude para frear o avanço. 

Entre os motivos principais apontados para a alta está a contínua pressão para a pecuária na região, além da intensificação da ocupação das redondezas da BR-163 e da Transamazônica, no Pará. 

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Saiba como fazer e usar uma composteira caseira
O resíduo orgânico possui grande potencial de ser reciclado e transformar-se em vida ao virar adubo. Este composto alimenta as plantas, que por sua vez, sequestram gases de efeito estufa, melhoram nosso ambiente e alimentam.

A coleta seletiva e a reciclagem dos resíduos são indispensáveis nos dias de hoje, pois reduzem o volume de lixo disposto em aterros e incineradores. Além disso, esta ação nos possibilita assumir um papel ativo na busca de soluções criativas para um mundo mais responsável. 

A compostagem é um conjunto de técnicas aplicadas para controlar a decomposição de materiais orgânicos por meio da ação de microorganismos. Esse processo transforma o resíduo orgânico em composto estabilizado, rico em húmus e nutrientes minerais, com atributos físicos, químicos e biológicos superiores àqueles encontrados nas matérias primas, permitindo que seja utilizado como adubo.

Composteira caseira

A composteira caseira é formada por três caixas de plásticos empilhadas e interligadas por pequenos furos feitos ao fundo. A caixa inferior serve para escoamento e armazenamento de chorume, líquido formado durante o processo de decomposição do material orgânico. Nesta caixa existe uma torneira que serve para a coleta deste material. A caixa do meio é a digestora, nela será despejado todo o material orgânico (restos de comida) da sua casa. A proporção é sempre 2:1, ou seja, duas partes de material úmido (restos de alimentos) pra uma parte de material seco (serragem, por exemplo). Para acelerar o processo de decomposição, são coladas minhocas nesta segunda caixa. A terceira caixa, também digestora, será utilizada quando a segunda estiver cheia. As minhocas utilizam os furos para migrar para a caixa de cima, quando o processamento de todo o material chaga ao fim. Isso significa que ou composto já está pronto pra ser utilizado.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o chorume formado na composteira caseira não é contaminante. O líquido, também conhecido como “chorume do bem” deve ser utilizado na proporção de um litro de chorume pra dez litros de água. Ele também pode ser usado como biofertilizante.

O composto precisa ser mexido sempre que forem adicionados novos restos de alimentos. A oxigenação auxilia a ação dos microorgasnismos e é importante para evitar o mau cheiro. Além disso, o composto também precisa estar sempre úmido. O teste simples, de pegar o composto com a mão e apertá-lo é suficiente para saber se a umidade está boa o suficiente. Para estar na medida certa, a mão deve ficar úmida, mas não deve escorrer, no entanto, podem pingar algumas gotas. Se o líquido ainda estiver escorrendo, é preciso adicionar mais terra ou serragem para equilibrar. Do mesmo modo, se o composto estiver muito seco deve ser adicionado um pouco de água.

Observando as instruções acima e revolvendo sempre o material dentro do recipiente, o resultado será um ótimo composto e uma quantidade significativa de lixo reciclado.

Para que o processo de decomposição seja acelerado, evite descartar materiais grandes, antes de colocar em sua composteira, triture-o. Quanto menores forem os materiais, mais os microrganismos trabalham e mais rapidamente os materiais se decompõem.

Pra saber se a sua compostagem está funcionando adequadamente ela não deve cheirar mal e tem que ter um cheiro doce de terra. O mau cheiro pode ser causado pela adição de carnes, ossos ou estercos de cães e gatos, por isso esses materiais devem ser evitados. A falta de oxigenação do composto torna o ambiente propício para a ação de microorganismos decompositores anaeróbicos que são responsáveis pelo cheiro ruim.

No final o composto deve apresentar um aspecto o qual não é possível distinguir os tipos de material. O volume deve ter reduzido de 50% a 75%, sua coloração deve ser escura e ao pegá-lo com as mãos tem que estar um pouco escorregadio como se tivesse um pouco de sabão. Dica: se quiser use uma peneira para homogeneizar o composto, ficará com uma aparência muito boa.

Uso

O composto deve ser misturado com terra ou aplicado diretamente no solo. O adubo deve ser adicionado na época de plantio, pois além de prover nutrientes para as plantas, ele atua também na melhoria das condições químicas, físicas e biológicas do solo. Em locais sem vegetação, o composto ajuda a melhorar as condições do solo além de minimizar efeitos do sol e da chuva. Com informações do blog Reciclorgânica.

Fonte: Por Fernanda D'Addezio - Redação CicloVivo 

sábado, 4 de maio de 2013

Relatório ‘perdido’ expõe genocídio de índios brasileiros
Um relatório chocante detalhando atrocidades horríveis cometidas contra índios brasileiros nos anos 1940, 50 e 60 ressurgiu – 45 anos depois que ele foi misteriosamente ‘destruído’ em um incêndio.


O relatório Figueiredo foi encomendado pelo Ministro do Interior em 1967 e causou um clamor internacional depois que revelou crimes contra a população indígena do Brasil nas mãos de latifundiários poderosos e do próprio departamento do governo para assuntos indígenas: o Serviço de Proteção ao Índio (SPI). O relatório levou à fundação da organização de direitos indígenas Survival International, dois anos depois.



O documento de mais de 7.000 páginas, compilado pelo Procurador Jader de Figueiredo Correia, detalhou o assassinato em massa, tortura, escravidão, guerra bacteriológica, abuso sexual, roubo de terras e negligência travada contra a população indígena do Brasil. Como resultado, algumas tribos foram completamente eliminadas e muitas mais foram dizimadas.


O relatório foi recentemente redescoberto no Museu do Índio e agora será considerado pela Comissão Nacional de Verdade do Brasil, que está investigando as violações de direitos humanos ocorridas entre 1947 e 1988.

Um dos muitos exemplos horrendos no relatório descreve o ‘massacre do paralelo 11’, em que dinamite foi lançada de um pequeno avião sobre a aldeia de índios Cinta Larga. Trinta índios foram mortos – apenas dois sobreviveram para contar o ocorrido.

Outros exemplos incluem o envenenamento de centenas de índios com açúcar misturado com arsênico e métodos severos de tortura, como o esmagamento lento dos tornozelos das vítimas com um instrumento conhecido como o ‘tronco’.

As descobertas de Figueiredo levou a um clamor internacional. No artigo ‘Genocídio’ de 1969 publicado pelo Sunday Times britânico, com base no relatório, o escritor Norman Lewis escreveu: ‘Do fogo e espada ao arsênico e balas – a civilização enviou seis milhões de índios para a extinção. ’O artigo mobilizou um pequeno grupo de cidadãos preocupados a formar a Survival International no mesmo ano.

Como resultado do relatório, o Brasil lançou um inquérito judicial, e 134 funcionários foram acusados de mais de 1.000 crimes. 38 funcionários foram demitidos, mas ninguém foi preso pelas atrocidades.

O SPI foi posteriormente dissolvido e substituído pela FUNAI- a Fundação Nacional do Índio do Brasil. Mas enquanto grandes extensões de terras indígenas foram demarcadas e protegidas desde então, as tribos do Brasil continuam a lutar contra a invasão e destruição de suas terras por madeireiros, fazendeiros e colonos ilegais, e a perder seu território por causa do programa de crescimento agressivo do governo que visa a construção de dezenas de grandes hidrelétricas e a autorização da mineração em grande escala em suas terras.

O Diretor da Survival International, Stephen Corry, disse hoje, ‘O relatório Figueiredo faz uma leitura horrível, mas de uma forma, nada mudou: quando se trata do assassinato de índios, reina a impunidade. Homens armados matam rotineiramente índios com a consciencia que há pouco risco de serem julgados e punidos – nenhum dos assassinos responsáveis por atirar contra líderes Guarani e Makuxi foi preso por seus crimes. É difícil não suspeitar que o racismo e a ganância estão na raiz do fracasso do Brasil em defender as vidas de seus cidadãos indígenas.’
Fonte: Survival

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Projeto sugere caminhões com cabine baixa para aumentar segurança de ciclistas
Um dos fatores que mais preocupam os ciclistas que pedalam nas ruas de grandes cidades é o compartilhamento das vias com veículos grandes. Ônibus e caminhões protagonizam boa parte dos acidentes envolvendo ciclistas.

Para mudar este cenário o projeto apelidado de “Campanha para o Ciclismo em Londres” (LCC) planejou um novo modelo de caminhão direcionado, principalmente, ao uso na construção civil. O grande diferencial do desenho apresentado está na cabine do motorista, que deverá dirigir em um nível mais baixo que o atual, próximo à altura dos carros.

Além disso, o projeto inclui grandes janelas se espalhando pelas laterais da cabine, para facilitar a visão do motorista e eliminar os pontos cegos, que representam grande risco aos ciclistas e pedestres.

Esta preocupação com a relação entre caminhoneiros e ciclistas é bastante evidente em Londres, influenciada pela enorme quantidade de caminhões que trafegam diariamente pela cidade e correspondem a 5% do trânsito local. Alguns caminhões de lixo usados na capital inglesa já possuem cabines adaptadas, com um design semelhante ao apresentado.

Para as carretas usadas no transporte de materiais de construção, a indústria utiliza como argumento a segurança dos motoristas que trafegam em ambiente urbano, mas também se locomovem com frequência em estradas.

Replanejar os caminhões usados em todo um setor é, certamente, algo grandioso e ousado. Mas, o trabalho feito em Londres já tem ganhado reconhecimento e o projeto não se trata apenas de mudar um layout, mas sim de elevar a segurança de todos que compartilham as vias. O novo formato do caminhão também não pode vir sozinho, ele precisa vir acompanhado de um trabalho de conscientização para que os motoristas passem a enxergar os ciclistas. Com informações do The Guardian.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Movimento pede hortas urbanas e compostagem em SP
Se tomadas as ações propostas, o grupo acredita que a utilização e a conservação dos espaços comunitários da cidade só devem melhorar. | Foto: Reprodução/Hortelões Urbanos

O Coletivo de Agricultores de São Paulo preparou um abaixo-assinado para que o prefeito do município, Fernando Haddad, inclua hortas e usinas de compostagem no plano de metas para a cidade. Com a medida, o grupo pretende melhorar a qualidade de vida e reduzir a produção de resíduos orgânicos na capital paulista.

O abaixo-assinado pede que o Plano de Metas do prefeito inclua a criação de uma horta comunitária em cada bairro de São Paulo, além de hortas e composteiras em parques, escolas municipais e postos de saúde. Qualquer pessoa pode participar da petição, que corre até o dia 31 de março, através do site change.org.

Os agricultores urbanos acreditam que a pauta de reivindicações elaborada tem propostas para tornar a cidade num lugar mais agradável e com mais áreas verdes. Para os engajados, cultivar hortas na metrópole é uma maneira de chamar a atenção das pessoas para a origem dos alimentos e retomar o contato com a natureza.

“Implantar um projeto de hortas na escola pode garantir qualidade na merenda e ajudar o aprendizado das crianças. As hortas comunitárias fortalecem os laços entre as pessoas que cuidam delas e que usufruem daquele espaço”, diz Camila Mouri, que apoia a petição.

Se tomadas as ações propostas, o grupo acredita que a utilização e a conservação dos espaços comunitários da cidade só devem melhorar. Além disso, a pauta de reivindicações dos agricultores urbanos também chama atenção para a importância da importante técnica natural de eliminação de resíduos orgânicos.

Por Gabriel Felix – Redação CicloVivo