quarta-feira, 22 de maio de 2013

Ah, se os empresários soubessem disso...
No mundo atual, as coisas mudam rapidamente. A tecnologia avança e o que era comum, passa em pouco tempo a ser coisa do passado. Resultado: quem não se atualiza perde mercado e dinheiro, muito dinheiro.

A construção civil também está mudando. Considerada a atividade econômica que mais causa impactos ambientais no planeta, o setor de construção começa a se redimir à medida que inúmeras tarefas realizadas no passado e tidas como normais, hoje já não são mais admitidas por serem poluidoras.

Um exemplo é a destinação dos entulhos de obra. Na maioria das vezes, os responsáveis pela obra nem sabiam onde iam parar. A terra na frente das obras sujava as ruas, a compra de materiais de empresas sem licença ambiental nem preocupava a ninguém, sem falar das madeiras ilegais utilizadas nas obras agravando o desmatamento da Amazônia.

Porém, poucos, muito poucos, estão conectados com essas mudanças. Quem participa de congressos, como o último promovido pelo GBC Brasil sobre Construções Sustentáveis e Prédios Verdes, realizado em São Paulo, no mês de setembro, consegue ficar por dentro das novidades do setor. Dentre essas novidades, destaca-se justamente o conceito de Prédio Verde, que além dos benefícios do marketing ambiental – responsável por atrair cada vez mais consumidores - promovem uma enorme economia de energia elétrica e de água potável.

Para obter a certificação de Prédio Verde, a obra tem que economizar pelo menos 30% de energia elétrica e de água em comparação com uma obra similar. Mas que afirmação ‘“maluca”, podem pensar os empresários, será que os instaladores de elétrica e hidráulica não sabem projetar de forma econômica?

Por incrível que pareça, a maioria não sabe e continua a projetar como no século XX, adotando parâmetros ultrapassados. Nunca foi exigido deles que adotassem novos parâmetros de desempenho, conforme normas americanas e europeias.

Essas normas, obrigatórias para Prédios Verdes que pleiteiam a certificação, determinam a elaboração de projetos supereficientes, significando também um ganho financeiro para empresários.

Então, por que não passam a construir um monte de prédios verdes? Não fazem porque não acreditam que poderão obter retorno financeiro com uma grande economia de energia elétrica e também de água.

Por incrível que pareça, preferem fazer como sempre fizeram e, sem saber, continuam a perder dinheiro. Tomara que quem ler este artigo passe a buscar informações sobre os prédios verdes, já que empresário não é de perder dinheiro e sim de ganhar.

Fernando de Barros é Engenheiro Civil pela Pontifícia Universidade Católica (PUC–RJ), especializado em Planejamento e Gestão Ambiental, Mestre em Engenharia de Edificações e Saneamento pela Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Possui experiência de 35 anos na área de construção civil e imobiliária, tendo construído mais de 600 mil metros quadrados de obras comerciais, residenciais e industriais. Dirigiu uma indústria metal-mecânica por 10 anos, e um supermercado de materiais de construção por três anos e responsável pela implantação de uma indústria de pré-moldados de concreto. Presidiu o Conselho Municipal do Meio Ambiente de Londrina (2006-2011).


Nenhum comentário:

Postar um comentário