Dados do Degrad (Degradação
Florestal na Amazônia Brasileira) estão presos no Governo Federal.
O monitoramento da cobertura florestal da Amazônia
é realizado sistematicamente por um conjunto de projetos desenvolvidos e
operados pelo INPE, órgão ligado diretamente ao Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovação (MCTI). Entre esses projetos está o Mapeamento da
Degradação Florestal na Amazônia Brasileira, conhecido como Degrad.
Foto por
Leonardo F. Freitas
O Degrad foi desenvolvido pelo INPE por conta da
constatação, feita a partir de análises do Prodes e do Deter, de que era crescente a área de
florestas que, embora estivessem sofrendo exploração, ainda não haviam sido totalmente
convertidas – ou seja, não configuravam corte raso. São florestas que passaram
por corte seletivo, em geral feita por exploração madeireira sem manejo
sustentável, mas que conservam parte de seu dossel.
Após realizar e divulgar levantamentos para os anos
de 2007, 2008, 2009 e 2010, o INPE não divulgou novos resultados desse
monitoramento, que são publicados em http://www.obt.inpe.br/degrad/.
No entanto, este site apurou que o INPE já tem os dados do mapeamento da
degradação da cobertura florestal na Amazônia referentes a 2011, 2012 e
2013. Cabe ao MCTI e ao Ministério do Meio Ambiente decidir sobre a
divulgação pública dos dados do Degrad, assim como dos outros projetos de
monitoramento.
Especialistas afirmam que os dados sobre degradação
florestal são fundamentais porque o Degrad contribui para revelar a “qualidade”
da floresta remanescente, complementando os dados do Prodes, que se dedica
exclusivamente a quantificar as áreas que sofreram corte raso. Esse dado é
relevante, ainda, para centros especializados, governamentais e
não-governamentais, atualizarem as estimativas de emissões de gases de efeito
estufa para o país, considerando os compromissos do Brasil com a
Convenção-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima.
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