ONU lança relatório ‘global e
exaustivo´ sobre desenvolvimento sustentável.
Foto: Elizabeth A. Edwards/
Creative Commons
Medidas devem ser adotadas no âmbito social e
econômico para oferecer um futuro sustentável para as 9 bilhões de pessoas que
habitarão o planeta em 2050.
Em 2050, a Terra ultrapassará a cifra de nove
bilhões de pessoas vivendo no planeta. Preocupados em encontrar um caminho que
proporcione uma transição sustentável para essa realidade, os governos pediram,
durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – a
Rio+20 –, a elaboração de um relatório global e exaustivo que reunisse toda a
informação disponível para guiar políticos e sociedades na adoção de medidas
corretas para garantir um futuro mais sustentável.
Como resultado desse pedido, na última
terça-feira (01) foi lançado o “protótipo” do Relatório de Desenvolvimento
Sustentável, desenvolvido pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais
das Nações Unidas (DESA), que revisou dados de três gerações – de 1950 até 2013
– para tirar lições do que já havia sido experimentado e fornecer uma base para
um caminho econômico e social que seja sustentável, medível e administrável
para os próximos 40 anos.
“Até o momento, não existia nenhum relatório
abrangente e de referência que reunisse todas as avaliações existentes sobre
desenvolvimento sustentável global, análises de progresso e os caminhos futuros
de uma forma integrada, tendo em conta as perspectivas de comunidades
científicas de todo o mundo”, disse o subsecretário-geral de Desenvolvimento
Econômico e Assuntos Sociais, Wu Hongbo, durante o lançamento do documento no
Fórum Político de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável, que discute os
avanços da agenda de desenvolvimento pós-2015.
Entre as conclusões, os autores do relatório
afirmaram que o progresso histórico para o desenvolvimento sustentável tem sido
irregular. Esforços insuficientes foram feito até o momento para reduzir o
desmatamento, fornecer energia sustentável para todos, proteger os oceanos e
promover trabalho decente e igualdade de gênero. Apesar de notarem avanços em
matéria de construção de cidades, geração de empregos, educação e moradia, eles
destacaram que não foi possível ainda “empregar essa riqueza e capacidade
tecnológica para eliminar a pobreza e a fome”, destacando que 850 milhões de
pessoas ainda sofrem com insegurança alimentar.
Fonte: Rádio ONU
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