Estudo calcula em 5 anos tempo
necessário para salvar os oceanos da contaminação e a sobrepesca.
Os oceanos do mundo estão ameaçados pela
contaminação e a sobrepesca. Para salvar os mares, uma comissão independente,
formada por ex-altos funcionários de governo e executivos, advertiu que é
necessário agir em menos de cinco anos para salvar os mares. Matéria da AFP,
no UOL Notícias.
A Comissão Oceano Mundial, criada em fevereiro de
2013, informou que a redução do uso de objetos de plástico e da pesca em
alto-mar e a implantação de regulamentações estritas para a exploração de
petróleo e gás são a chave para este plano de resgate.
“O oceano fornece 50% do nosso oxigênio e fixa
25% das emissões globais de carbono. Nossa cadeia alimentar começa nestes 70%
do planeta”, afirmou José Maria Figueres, ex-presidente de Costa Rica, que
codirige a comissão.
A equipe apresenta oito propostas para recuperar
e preservar a saúde dos oceanos em um relatório, intitulado “Do declínio à
recuperação: um plano de salvação para os oceanos do mundo”.
Entre elas, defende limitar as subvenções
governamentais à pesca em alto-mar para acabar com a prática em cinco anos. A
recomendação afeta principalmente os Estados Unidos, a União Europeia, a China
e o Japão.
“Cerca de 60% destas subvenções fomentam práticas
insustentáveis e sem elas a indústria pesqueira em alto-mar não seria financeiramente
viável”, destacou o informe.
As águas de alto-mar são as que vão além das
fronteiras nacionais e constituem cerca de 64% da superfície total dos oceanos
e a metade de toda a produtividade biológica destes anos, acrescentou.
A comissão expressou que a falta de jurisdição
sobre estas águas é um grande problema e pediu a negociação de um novo acordo
sob os termos da Convenção das Leis do Mar das Nações Unidas (UNCLOS).
“O alto-mar pertence a todos. Sabemos o que é
preciso fazer, mas não podemos fazer isto sozinho. Uma missão conjunta deve ser
nossa prioridade”, disse David Miliband, ex-ministro britânico das Relações
Exteriores e copresidente da comissão.
Fonte: UOL Notícias
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