domingo, 31 de agosto de 2014

http://redeambientetv2.blogspot.com.br/2014/08/rj-vitoria-justica-determina-que.htmlRJ – Vitória! “Justiça determina que Petrobrás indenize pescadores por obras na Baía de Guanabara entre 2007 e 2009″.



http://redeambientetv2.blogspot.com.br/2014/08/diversidade-genetica-em.htmlDiversidade genética em áreas restauradas de Mata Atlântica surpreende pesquisadores.
Parâmetros encontrados são semelhantes aos de remanescentes florestais. Análise teve como foco quatro espécies de plantas com potencial fitoterápico. Foto: divulgação/APTA.


http://redeambientetv2.blogspot.com.br/2014/08/estudo-revela-que-90-das-100maiores.htmlEstudo revela que 90 das 100 maiores cidades reduzem pouco ou nada o desperdício de água.
Das 100 maiores cidades brasileiras, 90 não conseguiram reduzir as perdas de água decorrentes de vazamentos, erros de medição, ligações clandestinas e outras irregularidades, entre os anos de 2011 e 2012. A constatação integra o ranking de saneamento básico divulgado nesta quarta-feira, 27 de agosto, pelo Instituto Trata Brasil.

http://redeambientetv2.blogspot.com.br/2014/08/forum-aborda-envolvimento-dasempresas.htmlFórum aborda envolvimento das empresas no uso da bicicleta para o trabalho.
Empresas podem contribuir muito para a melhoria da mobilidade urbana. Foto: Tommy Wells.



http://redeambientetv2.blogspot.com.br/2014/08/especialistas-de-todo-mundodiscutem-no.htmlEspecialistas de todo mundo discutem, no Brasil, o IX volume da História Geral da África.
A UFSCar recebe os pesquisadores do Comitê Científico Internacional, entre 27 e 30/08, para discutir o conteúdo do novo volume da coleção da UNESCO. Eles participam de uma conferência aberta e de oficina epistemológica.


http://redeambientetv2.blogspot.com.br/2014/08/fundo-clima-realoca-recursos.htmlFundo Clima realoca recursos para combate ao efeito estufa.
Difusão tecnológica e práticas adaptativas para o desenvolvimento sustentável do semiárido estão entre as prioridades.

sábado, 30 de agosto de 2014

Agricultura familiar e povos originários, fundamentais para a adaptação às mudanças climáticas, afirma ONU.
Representantes de governos da América Latina e o Caribe se reuniram no Chile para discutir temas relacionados à agricultura familiar, agrobiodiversidade e mudança climática.


Agricultura orgânica abre espaço na Polônia.
Agricultor orgânico Slawek Dobrodziej com voluntários de Varsóvia trabalhando em sua propriedade. Foto: Cortesia de Malgosia Dobrodziej.



Com 0,01% do PIB, Brasil preservaria Mata Atlântica, diz estudo.








Conferência reúne meteorologistas de todo o mundo para discutir clima.
Previsão do tempo mais exata é um dos temas discutidos.

Cerca de mil cientistas e especialistas de todo mundo estão reunidos em uma conferência inédita, em Montreal, no Canadá. O evento é promovido pela Organização Mundial de Meteorologia, OMM.



Curitiba comemora eficiência de projeto com carros elétricos.
Em apenas dois meses, a capital paranaense deixou de consumir 1.522 litros de combustível.




Discussão sobre avanços e desafios da educação Amazônica deve continuar.
O Seminário de Educação do Campo abordou em seus dois dias vários aspectos relacionados à educação no campo, passando por temas como a formação dos professores e a pedagogia utilizada no processo de aprendizagem das crianças do interior do Estado.

Mas afinal de contas, o que é sustentabilidade?
Não há dúvidas de que “sustentabilidade” é um dos termos mais utilizados atualmente, em grande parte dos ambientes corporativos pelos quais transitamos. Mas, em um momento em que a palavra tornou-se veículo para todo tipo de propaganda, não fará mal a ninguém resgatar seu significado original.


Itaipu inicia testes com primeiro avião elétrico tripulado da América Latina.

O modelo com propulsão elétrica é denominado Sora-e. Fotos: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional



Menino de 14 anos deixa produção de biocombustível 500 vezes mais eficiente.
As algas são excelentes matérias-primas para a fabricação de biocombustível. No entanto, os sistemas tradicionais de produção ainda não lentos, o que encarece seu uso. Porém, se depender de Gregory Martin, um norte-americano de 14 anos, isso logo vai mudar.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Três aves brasileiras são consideradas potencialmente extintas.

Conclusão é de um estudo divulgado em julho por ornitólogos brasileiros e estrangeiros.

Publicação completa - CLICK na IMAGEM
Relator propõe novo prazo para municípios acabarem com lixões.
por Carol Siqueira, da Agência Câmara
Andre Moura: municípios não receberam apoio técnico e financeiro para acabar com lixões. Foto: TV Câmara.

Relator inclui em MP prazo até 2018 para municípios acabarem com lixões. Texto também prevê diminuição de impostos sobre armas e novo prazo de contratos de energia elétrica entre geradoras e grandes empresas.

O relatório da Medida Provisória 649/14, apresentado pelo deputado Andre Moura (PSC-SE) no início de agosto, pretende ampliar até 2018 o prazo para as cidades acabarem com os seus lixões. A data limite encerrou-se em 2 de agosto deste ano, sem que a maioria dos municípios tenha instalado aterros sanitários para a destinação adequada dos resíduos sólidos.

Além desse tema, a diminuição de impostos sobre armas e mudanças na legislação de energia elétrica são outros pontos incluídos pelo deputado no relatório, que poderá ser votado pela comissão mista que analisa a MP durante o esforço concentrado dos dias 2 e 3 de setembro.

O aumento do prazo para o fim dos lixões é reivindicação de vários prefeitos, que temem a aplicação de multas previstas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/10).

Andre Moura diz que os prazos precisam ser ampliados diante da “omissão” do governo federal quanto ao apoio técnico e financeiro aos estados e municípios. “Certamente contribuiu para os atrasos até aqui verificados”, afirma.

O relatório também garante a estados e municípios o prazo de dois anos, até 2016, para elaborar os planos estaduais e municipais de resíduos sólidos. O prazo venceu em 2012.

Esses planos são requisitos para que estados e municípios recebam dinheiro do governo federal para investir no setor. Andre Moura ressalta que estados e municípios que não concluíram os trabalhos deixaram de receber dinheiro para investir na gestão de resíduos sólidos e, por isso, precisam desse prazo adicional.

Nota fiscal

O texto original da medida provisória impede a punição de empresas que ainda não colocam nas notas fiscais a estimativa do valor dos tributos pagos (Lei 12.741/12). Pela MP, a fiscalização terá apenas o papel de orientar os vendedores até o dia 31 de dezembro de 2014, sem a aplicação de multa e de outras sanções.

Andre Moura quer ampliar esse prazo. Ele propõe que a fiscalização seja orientadora durante dois anos contados da publicação, pelo Executivo, de um regulamento que especifique a forma de calcular os tributos que deverão constar na nota fiscal. As punições poderão ser adiadas até junho de 2016 se o Decreto 8.264/14, editado pelo governo junto com a MP 649, for considerado o regulamento adequado.

Esta é a segunda vez que o prazo para aplicação das punições é adiado. Na redação original da lei, esse prazo era 10 de junho do ano passado. Na época, porém, o governo acolheu pedidos de adiamento dos empresários, que queriam mais tempo para colocar a medida em prática.

Armas

O relatório também isenta do Imposto de Produtos Industrializados (IPI) as armas compradas por policiais e militares diretamente da indústria para uso pessoal. A regra vale para revólveres, pistolas, espingardas, cartuchos, cassetetes, bombas e outras armas.

Para as pessoas autorizadas pelo Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/03), o IPI sobre armas será reduzido para 20%. A alíquota de IPI da maioria dessas armas é de 45% atualmente.

Segundo Moura, o alto custo dos equipamentos impede que militares e policiais comprem as armas, em prejuízo da sociedade, “que deixa de contar com a proteção de servidores mais seguros e bem treinados”.

Contratos de energia

Outro ponto incluído no relatório pelo deputado trata da renovação, até 2042, de contratos de energia elétrica entre geradoras e grandes empresas. É o caso de grandes empresas instaladas no Nordeste que hoje compram energia direto da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) por um preço muito menor do que o praticado pelo mercado. Esses contratos acabariam em junho de 2015 pela lei vigente.

A renovação chegou a ser incluída no relatório da MP 641/14, que não foi votada a tempo pelo Congresso e acabou perdendo a validade no final de julho.

Acesse aqui a íntegra da proposta MPV-649/2014.

* Edição: Pierre Triboli.


Para transformar o lixo em energia.
por Carlos Sanches, para o Outras Palavras
Tecnologias já existentes permitiriam converter resíduos orgânicos em biogás — preservando atmosfera, evitando expansão de aterros e reduzindo extração de combustíveis fósseis.

O lixo que produzimos diariamente, também chamado, de modo mais técnico, de “resíduos sólidos urbanos – RSU”, tem como destino final lixões a céu aberto (17,8%), aterros sanitários (58%) e aterros controlados (24,2%). A quantidade gerada, no Brasil, chega a aproximadamente 200.000 toneladas de lixo por dia, sendo a região Sudeste responsável por quase metade desse total. Os dados são da Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais) de 2012, ano da mais recente publicação sobre o tema.

Diante disso, fica no ar a pergunta: não poderia ao menos parte desse lixo, esteja ele no lixão ou no aterro, ser utilizado para gerar energia e, desta forma, reduzir o volume ocupado em seu local de origem? A resposta é sim.

Antes de mais nada, vamos analisar a sua composição. O lixo é composto por uma série de materiais que podem ser separados em dois grupos: orgânicos e recicláveis (várias lixeiras públicas são rotuladas desse modo). Para simplificar, pense assim: os orgânicos são aqueles biológicos (“que têm vida”), ou seja, alimentos principalmente, e os recicláveis são aqueles não biológicos (“que não têm vida”), ou seja, recipientes em geral (latas, embalagens, sacos, garrafas, etc) e outros.

Os materiais recicláveis geralmente demoram muito tempo, de meses a anos, para sofrer decomposição e, portanto, liberar algum tipo de gás ou substância que possa ser aproveitada para gerar energia. Além disso, a melhor destinação de um material, antes de tornar-se resíduo, seria em primeiro lugar a sua reutilização, seguida, aí já como resíduo, da sua reciclagem (incluindo, quando for o caso, a compostagem – tipo de reciclagem do lixo para posterior utilização como adubo agrícola) – para, só então, participar do processo de geração de energia.

Já os materiais orgânicos são a parte do lixo que é decomposta por microorganismos, gerando produtos como gases e substâncias líquidas tóxicas que, em pouco tempo, podem contaminar o ar, o solo e os lençóis freáticos. Esses gases é que devem ser objeto de estudo.

A mistura de gases produzida pela parte orgânica do lixo é conhecida como biogás, cujo principal componente é o gás metano (CH4), que tem um efeito estufa 20 vezes mais intenso que o gás carbônico. Esse gás é o principal componente, também, do que chamamos de gás natural, que é utilizado em alguns veículos e em usinas termelétricas. Ou seja, ele pode ser queimado para gerar energia a partir de uma determinada fonte que, no caso em questão, pode ser o lixo que produzimos.

O ideal não é simplesmente queimá-lo para evitar o seu acúmulo e liberação para a atmosfera e sim utilizá-lo para gerar energia. Dessa forma, estaríamos contribuindo para gerar eletricidade, de modo sustentável, para populações que moram próximo aos locais de sua produção, ou seja, não precisaríamos extraí-lo de alguma reserva fóssil que o contenha e ainda estaríamos diminuindo o volume de lixo armazenado.

Nesse ponto, é importante colocar uma questão antiga que existe entre os especialistas da área: a produção de energia a partir do lixo não vai poluir o meio ambiente, como já fazem outras usinas? Essa discussão torna-se particularmente relevante se, com a produção de energia, houver a liberação de gases poluentes na atmosfera. Pode-se dizer que, hoje, esse problema está bem equacionado, pois esse tipo de usina utiliza filtros que evitam, ou pelo menos mitigam o lançamento desses gases para o meio externo.

Portanto, politicas públicas e parcerias público-privadas deveriam ser implementadas com mais ênfase no país para tornar esse modo de produção de energia viável, principalmente do ponto de vista econômico. Países europeus, Estados Unios e Japão estão muito mais avançados nessa área.

Esse tipo de produção de energia, desde que viável, com certeza ajudaria tanto em questões energéticas quanto na questão da destinação final dos resíduos sólidos urbanos, o lixo nosso de cada dia.


Produtores de biocombustíveis pressionam Obama por metas mais ousadas.
Metas finais da EPA foram enviadas a Casa Branca nesta sexta-feira, onde seguem para última revisão. Foto: Neil R

A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) enviou para a Casa Branca na sexta-feira, 22 de agosto, suas metas finais para utilização de biocombustíveis em 2014, regra há muito adiada que entra agora em sua última rodada de revisão antes do lançamento público, informou a agência de notícias Reuters.

A administração Obama enfrentará uma nova etapa de pressão por parte dos produtores de biocombustíveis, que buscam mudanças na regra, e opositores do mandato para combustíveis renováveis,​ que esperam que as autoridades continuem firmes em relação aos cortes propostos para a meta.

Não está claro quanto tempo a regra permanecerá no Escritório de Administração e Orçamento da Casa Branca (OMB, na sigla em inglês). Tais comentários podem se arrastar por meses, mas o OMB pode agir mais rapidamente algumas vezes.

Em 2013, a agência levou pouco mais de 30 dias para enviar os objetivos finais de volta à EPA. “Não ficaríamos surpresos se o OMB repetisse o rápido retorno do ano passado”, disse a ClearView Energy Partners em relatório.

Fontes da indústria de biocombustíveis esperam que as metas sejam mais elevadas na regra final, mas provavelmente ainda muito menores do que o Congresso pretendia.

A EPA irritou os produtores de biocombustíveis em novembro, quando emitiu um esboço da meta para 2014 reduzindo as exigências federais para mistura de etanol e biodiesel ao fornecimento de combustível dos EUA.

Mais elevadas

Fontes da indústria de biocombustíveis esperam que as metas sejam mais elevadas na regra final, mas provavelmente ainda muito menores do que o Congresso pretendia quando ele formulou o mandato conhecido como Renewable Fuel Standard, em 2007.

Com um atraso de quase nove meses na revisão das regras, os produtores de biodiesel têm enfrentado baixos preços de combustível e incerteza do mercado.

Citando preocupações de que os mercados de energia dos EUA não consigam absorver os níveis de biocombustíveis exigidos pela lei, a EPA reduziu a obrigatoriedade de utilização de biocombustíveis de 18,15 bilhões de galões (68,7 bilhões de litros) para 15,21 bilhões de litros em 2014.

A agência disse nesta sexta-feira que continua comprometida com os biocombustíveis e disse que seu objetivo é colocar o programa de combustível renovável “em um caminho que suporte o crescimento contínuo.”


Fonte: EcoD
Proposta torna obrigatórias medidas para economizar água.
por Redação da Agência Senado
Os órgãos da administração pública federal deverão adotar todas as providências possíveis para economizar ou otimizar o uso da água em suas instalações. É o que prevê o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 84/2014, que está em análise na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), onde aguarda a designação de relator. Depois, o texto ainda será analisado pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA).

Do deputado José Carlos Vieira (PSD-SC), o projeto determina que sejam encontradas soluções técnicas e econômicas para a implantação de torneiras para pias, registros para chuveiros e válvulas para mictórios acionados manualmente e com ciclo de fechamento automático ou, ainda, acionados por sensor de proximidade. A ideia é evitar o desperdício de água. O projeto também prevê a obrigatoriedade da instalação de torneiras com arejadores, torneiras de acionamento restrito para áreas externas e de serviços, e bacias sanitárias com volume máximo de fluxo de seis litros com sistemas de descarga de duplo fluxo.

O projeto também determina que a construção de novos prédios já contenha a previsão dessas medidas de economia. Os prédios prontos terão 365 dias, a partir da publicação da lei, para se adaptarem às novas regras. Os dirigentes dos órgãos responsáveis por edifícios da administração federal que deixarem de tomar as providências para o cumprimento das novas regras poderão responder por crime contra administração ambiental (Lei 9.605/1998), cuja pena é de até três anos de detenção, além de multa.

Na justificativa do projeto, o deputado lembra que cabe aos municípios legislar sobre assuntos locais, inclusive sobre o abastecimento de água. No entanto, argumenta o autor, o uso racional da água pelo governo federal pode servir de exemplo para os municípios. José Carlos Vieira ainda faz questão de ressaltar que a água é um bem que a cada dia se mostra mais escasso e valioso.


Sustentabilidade e Tecnologia: inimigos ou aliados?
por Cecília Vick*
Foto: http://www.shutterstock.com/

O crescente desenvolvimento tecnológico resultou em um grande problema ambiental: o lixo eletrônico. Dados do relatório da ABDI (Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial), de 2013, mostram que o Brasil produz, em média, 1 milhão de toneladas de resíduos tecnológicos por ano.

Quanto mais aparelhos eletrônicos disponíveis, maior será o consumo de energia elétrica. Apenas em 2013 o Brasil teve um crescimento de 3,5% no uso de eletricidade, de acordo com pesquisa da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério de Minas e Energia. Foram 463,7 mil gigawatts-hora (GWh), puxado pelo consumo residencial (aumento de 6,1%).

Os números reforçam o caráter de vilão que a tecnologia tem quando o assunto é meio ambiente. Afinal de contas, o desenvolvimento da área fez crescer a quantidade de poluentes emitidos pela sociedade, resultando em mais agressão contra a natureza. É importante ter consciência de que todas as soluções tecnológicas também são agentes de poluição.

Porém, com o bom uso, os mesmos dispositivos que agridem o planeta também podem contribuir para práticas sustentáveis. A tendência é conhecida como “TI Verde” e consiste no desenvolvimento de tecnologia que contribui para evitar o desperdício de materiais e diminuir o consumo de energia elétrica.

O conceito permite uma melhor conscientização das pessoas acerca do tema. Com uma conectividade cada vez maior, mais ferramentas são criadas para mostrar soluções sustentáveis que podem ser adotados por todos. Estimulada no ambiente corporativo, a prática de TI Verde ainda é tímido no residencial.

São ideias simples, mas eficazes. A troca de lâmpadas incandescentes pelas de LED economizam energia elétrica. Criar instalações que interrompem o fluxo de energia para carregadores de celulares quando o dispositivo estiver com a bateria cheia e, até mesmo, a aquisição de produtos com o selo de eficiência energética. Informar-se sobre o descarte correto de equipamentos tecnológicos pode ser muito útil, já que muitos possuem materiais tóxicos, como as baterias de celulares e notebooks. Algumas cidades brasileiras já implantaram centros de resíduos com o objetivo de realizar uma reciclagem adequada. Estes espaços devem se ampliar tal qual o mercado de dispositivos tecnológicos.

Se a tecnologia será a vilã ou aliada para um mundo melhor, só os usuários conseguirão responder.

* Cecília Vick é diretora executiva da GreenClick, empresa que contribui com a neutralização da emissão de CO2 no país.

Fonte: ENVOLVERDE

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Inscrições prorrogadas até 5 de outubro do concurso Soluções Sustentáveis da UFRJ.
Foram prorrogadas as inscrições do concurso Soluções Sustentáveis – Fundo Verde da UFRJ (www.fundoverde.ufrj.br/concurso) até o dia 5 de outubro. O concurso visa estimular a proposição de ideias sustentáveis, de baixo custo e que sirvam de modelo para outros projetos similares. São três categorias: Uso Sustentável e Eficiente da Água; Eficiência Energética e Mobilidade Urbana Sustentável. Podem participar estudantes da UFRJ, funcionários, técnicos e pesquisadores da instituição.

As três melhores propostas, uma por categoria, serão implantadas no campus da Cidade Universitária. Os autores das propostas vencedoras em cada categoria serão premiados com um tablet e receberão uma bolsa de estudos de três meses para que possam acompanhar as fases de implantação do projeto.

As propostas serão julgadas por uma comissão formada por membros do Conselho do Fundo Verde da UFRJ, do Conselho do Plano Diretor da UFRJ e do Conselho do Parque Tecnológico da UFRJ, que elegerão as melhores de acordo com os critérios de ineditismo, impacto positivo da iniciativa, redução no consumo de água e energia elétrica e otimização das formas de locomoção dentro da universidade,dependendo da categoria em que estiver inscrito. Além disso, o projeto também precisa ser viável economicamente.

A relação dos projetos vencedores por categoria será divulgada no dia 15 de outubro e a premiação está prevista para ocorrer no dia 31 de outubro, em cerimônia no campus da UFRJ.

Para se inscrever, basta acessar a página www.fundoverde.ufrj.br/concurso e fazer o cadastro gratuito. Neste endereço está disponível todo o material necessário para efetivar a participação, como o edital, o formulário de submissão do projeto e um espaço para acompanhar o andamento.


Fonte: EcoDebate
Iniciativa Verde já recuperou mais de 300 hectares de Mata Atlântica.
Ela é a organização que mais plantou até agora por meio do programa Iniciativa BNDES Mata Atlântica.

O projeto do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social disponibiliza apoio financeiro com recursos não reembolsáveis para projetos de restauração da Mata Atlântica, um dos biomas mais ricos em biodiversidade e dos mais ameaçados do mundo. São recompostas áreas ciliares de preservação permanente e unidades de conservação. O projeto assinado com a Iniciativa Verde foi desenhado para incluir a agricultura familiar e remunerar o próprio agricultor pela mão de obra de preparo da terra, plantio de mudas e manutenção das áreas reflorestadas.

A Iniciativa Verde fornece suporte técnico e demais insumos, remunera os serviços para o plantio e parte da manutenção. Os próprios agricultores são contratados, sempre que possível, de modo a receber diretamente pelos serviços. Além disso, a Iniciativa Verde complementará o trabalho fazendo a inscrição dos imóveis participantes no Cadastro Ambiental Rural (CAR) previsto no novo Código Florestal. Entre as frentes já contempladas no projeto, estão áreas localizadas nos estados de São Paulo e do Paraná.

Até junho, segundo os números divulgados pelo BNDES, foram recuperados 1.455 hectares em sete estados brasileiros. Apenas a Iniciativa Verde foi responsável pela recuperação de 311 hectares de um total de 425 hectares contratados no projeto.

Para Roberto Resende, presidente da Iniciativa Verde, o alcance desse número representa um grande esforço para a recomposição da Mata Atlântica. Até agora, de acordo com os dados atualizados em julho pela organização, os plantios foram feitos em 104 diferentes propriedades rurais de 16 municípios de São Paulo e do Paraná. Esse trabalho é feito de forma conjunta com os proprietários e de maneira voluntária. Em alguns casos, os locais a serem recuperados são estabelecidos em parceria com associações de produtores rurais.

No Paraná, o principal parceiro é o órgão ambiental estadual Instituto Ambiental do Paraná (IAP).Também há uma integração com outros Programas como o Produtor de Águas na Bacia do Piracicaba, em São Paulo. Este é um projeto de pagamento por serviços ambientais (PSA) desenvolvido por um conjunto de organizações não governamentais (como as TNC e WWF) e públicas (Agência Nacional de Águas e Secretarias de Agricultura e do Meio Ambiente de São Paulo).

Sobre a Iniciativa Verde

A Iniciativa Verde é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que tem como missão contribuir para a construção de um novo tempo baseado em uma economia de baixo carbono e na redução dos impactos ambientais causados pelas atividades humanas.

A instituição acredita na busca por novas alternativas de desenvolvimento e oferece uma gama de projetos relacionados ao combate às mudanças climáticas, recuperação ambiental, conservação da biodiversidade e recomposição florestal.

Fonte: ENVOLVERDE
Há alternativas para a desigualdade mundial?
Diante das evidências de que o mundo se torna cada vez mais desigual, as análises se dividem entre os que não veem mais saídas a partir do marco do sistema capitalista e aqueles que ainda ousam pensar saídas e propor alternativas. Um dos grandes impasses atuais é a forte financeirização do mundo, que assumiu formas estrambólicas, com intenso impacto no modo como a economia mundial, atualmente, organiza-se.

Para o economista brasileiro Luiz Gonzaga Belluzzo, hoje há um acumpliciamento global das instituições financeiras com a política de interesses. Nesse sentido, elas “necessitam do apoio de condições institucionais e legais construídas sob o domínio doutrinário e ideológico do establishment, para não falar escancarada cumplicidade financeira dos parlamentos e dos tribunais. Sem esses apoios cruciais não podem adestrar seus músculos na disputa pela partilha da riqueza em todos os rincões do planeta”.

A análise de Belluzzo ultrapassa os limites circunscritos à economia ao buscar em Michel Foucault a compreensão mais ampla dos rastros neoliberais na vida em sociedade. Para o pensador francês, “o neoliberalismo é uma ‘prática de governo’ na sociedade contemporânea. O credo neoliberal não pretende suprimir a ação do Estado, mas, sim, ‘introduzir a regulação do mercado como princípio regulador da sociedade’”. Nesse sentido, “trata-se de fazer do mercado, da concorrência e, por consequência da empresa, o que poderíamos chamar de ‘poder enformador da sociedade’”.

E pode haver saídas para essa absolutização dos dogmas neoliberais, enraizados nas formas de convívio e organização da vida em sociedade, no momento atual? Para intelectuais como o antropólogo David Graeber, parece que não. Em sua análise, “o período em que o capitalismo pareceu capaz de garantir uma prosperidade ampla foi também, precisamente, o período no qual os capitalistas se viram como sendo não os únicos atores em jogo: foi quando eles enfrentaram um rival mundial no bloco soviético, os movimentos revolucionários anticapitalistas do Uruguai à China e, pelo menos, a possibilidade de rebeliões por parte dos trabalhadores locais”.

Para Graeber, “o que aconteceu na Europa ocidental e na América do Norte entre aproximadamente 1917 e 1975 – quando o capitalismo criou, de fato, um crescimento alto e uma desigualdade menor – foi algo como uma anomalia histórica”. Mas, e agora? “Desde a década de 1970, na medida em que as ameaças políticas significativas diminuíram, as coisas voltaram ao seu estado normal: ou seja, a desigualdades selvagens, com os míseros 1% presidindo uma ordem social marcada por uma crescente estagnação social, econômica e mesmo tecnológica”. Sendo assim, o antropólogo é terminante: “Se quisermos uma alternativa à estagnação, ao empobrecimento e à devastação ecológica, vamos precisar encontrar uma forma de desligar a máquina e começar de novo”.

Já para o economista francês e padre jesuíta, Gaël Giraud, “o aumento das desigualdades provoca a desumanização: a miséria afunda os mais pobres num inferno e a ultrarriqueza isola os mais ricos num gueto separado do resto da humanidade, em pânico de perderem o seu conforto, incapazes de participar de um projeto histórico e político que ultrapasse as dimensões que são próximas da sua vida de luxo. Praticar a justiça é uma libertação não somente das vítimas como também dos carrascos”.

Gaël Giraud não faz parte do time dos pessimistas, em sua opinião, “as soluções existem. O que falta é a vontade política”. “Essa falta se deve ao fato de que grande parte dos políticos nos governos, na Europa, nos Estados Unidos, no Japão, provém de classes favorecidas, que não têm interesse na reforma financeira de modo a reduzir as desigualdades e assegurar a prosperidade de todos”.

O que, então, propõe Giraud? “Se queremos sair do servilismo, temos de sair do neoliberalismo”. É necessário romper com a lógica dos mercados financeiros e “é preciso colocar o Banco Central sob o controle de um poder político democrático”, pois atualmente obedece apenas aos interesses do setor bancário privado.

Além disso, é crucial passar a considerar “a importância vital da energia e das matérias naturais nas nossas economias”. Os recursos naturais não são infinitos e para que seja garantido um mínimo vital para todos, é fundamental “que o conjunto dos países ricos (onde se inclui o Brasil) ponha em prática, de modo voluntário, a transição energética: a passagem de uma economia essencialmente fundada sobre as energias fósseis (gás, carvão, petróleo) para outros tipos de energia (renováveis)”.

Sendo assim, o verdadeiro problema atual é o de abandonar o fascínio pelas finanças, desafio não compreendido pela social-democracia ocidental, e garantir as bases para que ocorra uma autêntica transição energética, pois “a transição ecológica é inseparável de uma transição social”. O êxito está em romper com o monopólio da riqueza nas mãos de uma minoria, que dela se serve “para destruir o ambiente e esgotar os nossos recursos”.

A análise da Conjuntura da Semana é uma (re)leitura das Notícias do Dia publicadas diariamente no sítio do IHU. A análise é elaborada, em fina sintonia com o Instituto Humanitas Unisinos – IHU, pelos colegas do Centro Jesuíta de Cidadania e Ação Social/Centro de Pesquisa e Apoio aos Trabalhadores – CJCIAS/CEPAT e por Cesar Sanson, professor na Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN.

A Qualidade de Vida tem que estar acima de tudo, artigo de Luiz Eduardo Corrêa Lima.
Enquanto a humanidade segue se arrastando para entender e tentar superar alguns problemas geoclimáticos e geopolíticos graves, alguns homens que detêm grande parte do poder econômico planetário continuam trabalhando na contramão dos interesses dessa mesma humanidade.

Ora, a situação descrita no parágrafo acima consiste num grande contrassenso, o qual fica mais agravado ainda, quando os diferentes governos, principalmente aqueles que dirigem as grandes potências econômicas, agem de acordo com a vontade manifesta desses grupos econômicos empresariais dominantes, indo contra os interesses comunitários da grande maioria da humanidade e, mais particularmente, contra os interesses planetários naturais.

Em suma, vivemos uma crise planetária ambiental que é insuflada pelos seres humanos mais ricos com a anuência e a colaboração dos dirigentes e administradores públicos mundiais e contra os interesses maiores do planeta e da qualidade de vida da própria humanidade. Os governos se prendem ao capital e ficam na dependência das pessoas físicas ou jurídicas economicamente mais poderosas e assim não fazem o dever de casa e não cumprem as suas obrigações primárias de atender as necessidades humanitárias fundamentais, porque ficam à mercê dos interesses estritamente econômicos daqueles que possuem dinheiro.

Dessa maneira, exatamente quem poderia e legalmente deveria estar atuando no sentido de buscar melhorias para as diversas questões que afligem a humanidade é quem mais está intensificando os efeitos indesejáveis dessas questões e consequentemente aumentando as mazelas que cada vez mais destroem o planeta e prejudicam a qualidade de vida de toda a humanidade. Os governos necessitam reassumir suas respectivas funções na ordem social, pois a continuar assim, a humanidade rapidamente entrará numa situação irreversível de extermínio.

Como é possível reverter esse quadro?

Do ponto de vista teórico, a solução ideal está na produção de um modelo de Educação Básica para todas as comunidades humanas, na qual sejam revitalizados, intensificados e incentivados os estudos dos mecanismos naturais que permitiram e mantiveram a vida na Terra até aqui, a fim de que a humanidade possa ser fiadora da manutenção desses mecanismos, independentemente dos interesses particulares de alguns grupos. Entretanto, não parece haver muita vontade política e nem muita força efetiva para que essa situação ideal se transforme em plano real de ação, haja vista que esse é um processo caro e que atrapalharia principalmente aos interesses daqueles que dominam o poder econômico. Por isso mesmo, Educar, ainda que apenas basicamente a população humana mundial, lamentavelmente permanece sendo uma utopia pensada por poucos seres humanos e praticada por um contingente menor ainda.

Além do mais, mesmo que fosse possível o estabelecimento desse sonhado mecanismo de Educação, o tempo necessário para que os processos educacionais fossem assumidos pelas diferentes comunidades seria relativamente longo para disponibilidade temporal que ainda existe. Infelizmente, nós não temos mais tempo suficiente para depender de ações meramente educativas. Quer dizer, chegamos num nível tal que, somente a Educação não será suficiente. Há necessidade de agir imediatamente, pois a situação, além de calamitosa, também é urgente.

Assim, considerando que não dá mais para conduzirmos as questões pensando somente nos mecanismos educativos que possam produzir mudanças comportamentais e minimização progressiva dos problemas, resta agora a necessidade real e efetiva de implementarmos posturas radicais e atividades de choque, até mesmo algumas atitudes ditatoriais, que possam induzir e produzir mudanças significativas. Algumas dessas mudanças terão que ser, além de rápidas, também profundas e até drásticas, para conseguir viabilizar a melhoria das condições ambientais do planeta e consequentemente da qualidade de vida da humanidade. Não há mais o que negociar, agora só nos resta fazer as mudanças e obviamente cumpre aos diferentes órgãos governamentais a tarefa de estabelecer as normas e os procedimentos o mais rápido possível.

Até aqui, as inúmeras reuniões internacionais que têm tentado discutir sobre os grandes problemas ambientais planetários, cada vez mais, têm terminado sem nenhum acordo positivo. Discute-se, discute-se e não se chega a lugar nenhum. O que se decide é apenas e tão somente a data da próxima reunião e nada de positivo acontece. Dessa maneira, o tempo tem passado, a desgraça só tem se ampliado e a humanidade e o planeta só se deterioram cada vez mais. Quer dizer, estamos vivendo num ciclo vicioso que discute o que se deveria fazer, mas que não se propõe a fazer exatamente nada e assim nada se resolve.

É preciso que os governos parem de pensar e agir apenas no interesse do viés econômico, pois foi exatamente essa prática contumaz que nos trouxe a esse “status quo”. Além do mais, é preciso também lembrar que dinheiro só serve para a espécie humana e que nossa espécie só poderá utilizar esse dinheiro enquanto estiver vivendo no planeta. Quer dizer, se não pretendemos continuar aqui no planeta, também não precisamos de dinheiro. Quero crer que viver seja prioritário sobre ter dinheiro, mas não parece que os governos pensam desta forma e assim deve ser perguntado: queremos viver ou queremos ter dinheiro?

Os governos necessitam ser mais pragmáticos em relação a vida planetária e as comunidades, por sua vez, necessitam ser mais fortes para contestar, provocar e forçar os governos a tomarem as decisões e agirem no interesse maior da humanidade e do planeta e não no interesse dos grandes grupos econômicos. Aliás, está na hora dos próprios seres humanos que compõem os grupos econômicos privilegiados entenderem que o fim será de todos e não só dos pobres, pois o dinheiro sozinho não conseguirá fazer a mágica de manter a vida. Isso quer dizer que os ricos, se quiserem continuar ricos, terão primeiro que continuar vivos e do jeito que está a situação essa hipótese está ficando cada vez mais remota.

Para a humanidade, doravante, a busca constante pela melhoria da qualidade de vida deve ser a única moeda de valor, para que possamos conseguir reverter o atual estado de coisas e tentar salvar a nossa espécie da extinção prematura. Fomos nós humanos quem criamos esta situação e somos nós humanos quem temos que resolvê-la. Pois então, baseado no exposto, eu conclamo a todos os Senhores que façam suas respectivas opções no sentido de salvar a nossa espécie. Nós já passamos do ponto da conversa, agora temos que ter ações efetivas. Obviamente a Educação deverá continuar trabalhando para a orientação e o aprimoramento das novas práticas que serão transmitidas continuamente às futuras gerações e que garantirão a continuidade da espécie. Assim, as futuras gerações de humanos deverão estar preparadas para permitir o futuro efetivo do Homo sapiens.

Sinceramente eu não tenho mais muita crença nos dirigentes, mas como disse Zé Rodrix: “eu quero a esperança de óculos” e eu ainda acredito que o homem como espécie não deve ter vontade, de fato, de desaparecer do planeta.

Certamente o que está faltando é encarar a questão com a devida seriedade e esse é um compromisso que os poderes constituídos podem e devem assumir, fazendo a verdadeira divulgação das reais condições planetárias para toda a humanidade e orientando os procedimentos a serem tomados. Talvez, o problema maior que ainda temos, seja o pensamento errôneo de que a situação ainda está toda sob o nosso controle ou, o que mais terrível ainda, de achar que Deus vai nos ajudar a superar o problema.

É preciso ter coragem de dizer para a humanidade que nós, os seres humanos, os pretensos “donos do planeta”, nunca tivemos as rédeas nas mãos e, o que é pior, agora temos a certeza de não possuímos efetivamente controle sobre nada. Ao contrário, nós sempre fomos dependentes do planeta e a nossa apropriação indevida da Terra e o consumo exagerado dos seus Recursos Naturais foram e são as principais causas dos problemas planetários e da grande ameaça que paira sobre nós. Por outro lado, também deve ser lembrado que Deus está em outro plano e que Ele não vai resolver nenhum problema causado pela humanidade. Nós criamos os problemas e nós temos que solucioná-los, independentemente da ajuda divina.

Se tudo isso acontecer de maneira contundente e efetiva, não há dúvida de que as diferentes comunidades, por si próprias, progressivamente arregaçarão as mangas e começarão a exercer as suas respectivas ações no que se refere a recuperação planetária, independentemente dos interesses particulares dos grandes grupos econômicos. Desta maneira, com apoio das comunidades, os governos ficarão livres para também agir e todos os humanos trabalharão no sentido de resolver todas as questões que ainda puderem ser sanadas. Assim, o poder econômico se dobrará aos interesses maiores da humanidade e do planeta.

Não tenho nenhuma dúvida de que, por mais que alguns queiram admitir, lá no fundo todas as comunidades e todos nós, seres humanos, sabemos que a vida é única coisa que realmente importa, todo o resto é supérfluo e por isso mesmo, nós entendemos que a qualidade de vida é o bem maior e tem que estar acima de tudo. Por conta disso, mesmo sabendo que será muito difícil, eu ainda continuo torcendo e acreditando e acreditando na nossa espécie. Vida longa ao Homo sapiens no planeta Terra.

Luiz Eduardo Corrêa Lima (58) é Biólogo, Professor de Ensino Superior, Médio e Técnico, Pesquisador, Ambientalista e Escritor; é Vice Presidente da Academia Caçapavense de Letras (ACL); foi Membro do Conselho Estadual do Meio Ambiente (CONSEMA), Vice-Presidente do Comitê das Bacias Hidrográficas do Rio Paraíba do Sul (CBH-PS), Vereador e Presidente da Câmara Municipal de Caçapava/SP.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Degelo na Groenlândia e Antártida dobra em cinco anos, diz estudo.
Os mapas mostram os resultados dos modelos de elevação gerados pela equipe alemã.

A redução da área de gelo da Groenlândia e Antártida, as duas principais capas de gelo do planeta, dobrou desde 2009, de acordo com um estudo que analisou imagens de um satélite europeu.

O exame dos dados gerados pelo CryoSat indicam que só a Groenlândia vem perdendo cerca de 375 km cúbicos de gelo por ano.

Somado, o volume de gelo despejado todo ano pelas duas maiores capas chega a 500 km cúbicos, disse à BBC a pesquisadora Angelika Humbert, do Instituto Alfred Wegener (IAW), na Alemanha.

“A contribuição das duas capas de gelo à elevação do nível dos oceanos dobrou desde 2009″, afirmou Humbert. “Para nós, é um número inacreditável.”

O estudo do instituto, publicado na revista científica The Cryosphere, não calculou quanto o degelo colabora para a elevação do nível dos mares. Mas se todo o volume despejado nos oceanos for considerado como gelo (uma porção pequena seria de neve), a contribuição poderia ficar na ordem de pouco mais de um milímetro por ano.

Comparações

O satélite CryoSat foi lançado pela Agência Espacial Europeia em 2010 com um sofisticado instrumento de radar projetado para medir o formato das camadas de gelo polares.
O satélite CryoSat

O grupo do IAW, coordenado pelo cientista Veit Helm, estudou pouco mais de dois anos de dados para criar um modelo de elevação digital (MED) da Groenlândia e da Antártida e avaliar a sua evolução.

O modelo incorpora 14 milhões de medidas de altura referentes à Groenlândia e outros 200 milhões referentes à Antártida.

Quando comparadas com bases de dados semelhantes produzidas pela missão IceSat, da agência espacial americana (Nasa) produzidas entre 2003 e 2009, as medições permitem calcular mudanças no volume de gelo mais abrangentes que o período observado pelo CryoSat.

Tendências negativas são resultado de degelo, enquanto tendências positivas são consequência de precipitação ou nevascas.

A Groenlândia vem atravessando o seu momento de maior redução na elevação, perdendo 375 km cúbicos de gelo por ano, a maior parte nas costas oeste e sudeste da ilha.

Há um derretimento significativo também na Corrente de Gelo Nordeste da Groenlândia.

“Esta região é formada por três glaciares. Um deles, o Zachariae Isstrom, recuou um bocado e já houve registros de perda de volume. Mas agora vemos que essa perda de volume está se alastrando para áreas superiores, muito mais para o interior da capa de gelo do que se via antes”, disse a professora Humbert.

Antártida

Já na Antártida, a perda de volume anual foi calculada em cerca de 128 km cúbicos por ano.
O mapa mostra as áreas mais atingidas da Groenlândia.

Como outros estudos já haviam indicado, a maior parte do degelo se concentra no lado oeste do continente, na área conhecida como Baía do Mar de Amundsen.

Grandes glaciares da região estão recuando e perdendo espessura a um ritmo acelerado.

Por outro lado, há ganhos de espessura na camada de gelo de algumas áreas, como em Dronning Maud Land, onde foram registradas nevascas colossais. No entanto, o acúmulo nessas áreas não compensa as perdas nas outras.

Um grupo científico britânico recentemente produziu o seu próprio MED a partir de um algoritmo diferente aplicado sobre a base de dados do CryoSat.

O resultado é parecido com o do IAW, e os alemães aplicaram o mesmo método para a Groenlândia, de maneira que pudessem comparar as duas capas de gelo.

Quando comparadas, as reduções indicam as mesmas conclusões da missão americana Grace, que monitora as mudanças nas regiões polares a partir de dados gerados por um outro tipo de satélite, que observa o volume de gelo despejado no mar.