Mudança
climática: novo relatório aponta para aumento das emissões e cobra ação urgente.
Segundo relatório divulgado neste domingo (13), em Berlim, pelo
Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), as emissões de gases do
efeito estufa continuam aumentando em ritmo acelerado, tornando
necessárias ações urgentes para barrar o aumento esperado de dois graus na
temperatura média global.
“O ‘trem de alta velocidade’ da prevenção precisa
partir o quanto antes, e toda a comunidade global deve estar a bordo”, concluiu
o chefe do IPCC, Rajendra Pachauri. Já o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon,
emitiu uma declaração pedindo aos países “para que façam todo o possível para
atingir um acordo ambicioso e global sobre o clima até 2015”.
Além de destacar opções de mitigação à mudança
climática, o documento – penúltima parte do Quinto Relatório de Avaliação do
IPCC (AR5) –
descreve os requerimentos tecnológicos, econômicos e institucionais básicos
para cada uma, incluindo os riscos, incertezas e fundamentos éticos para
políticas em escalas global, nacional e subnacional.
“Este novo relatório desafia as autoridades ao
apresentar alternativas futuras e os caminhos necessários para elas”, descreve
Christiana Figueres, secretária-executiva da Convenção-Quadro da ONU sobre a
Mudança do Clima (UNFCCC). “O
único caminho seguro, porém, é chegar a um estado de emissões zero de carbono
até a segunda metade deste século.”
Acesse o último relatório em ipcc.ch/report/ar5/wg3
Lançamento no Brasil
No início de abril, foi lançada na Academia Brasileira de
Ciências, no Rio de Janeiro, a segunda parte do conjunto de relatórios, que
também contou com a participação de cientistas brasileiros e previu
consequências como escassez de água no Sudeste e Nordeste e o branqueamento de
corais nas áreas costeiras nordestinas.
“Não existe uma fórmula mágica de adaptação”,
disse José Marengo, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais,
sobre maneiras de amenizar ou se preparar para a mudança climática. “Cada lugar
tem que desenvolver sua própria estratégia de adaptação territorial, o que
também envolve fatores não climáticos como a vacinação ou o crédito
agropecuário.”
Fonte: ONU
BR
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