terça-feira, 13 de maio de 2014

Câmara rejeita exigência de depósito definitivo de rejeitos radioativos para construção de futuras usinas nucleares.

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados rejeitou na quarta-feira (7) o Projeto de Lei 4709/04, que proíbe a construção de novas usinas nucleares no Brasil até que o País disponha de um depósito definitivo de rejeitos radioativos. A proposta define como “novas usinas nucleoelétricas” aquelas projetadas depois das usinas de Angra 1, 2 e 3.

Como tem caráter conclusivo e foi rejeitado pela única comissão que analisaria seu mérito, o projeto será arquivado, a menos que haja recurso solicitando a análise do texto no Plenário.

De acordo com o projeto, apresentado pelo deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), o depósito definitivo não poderia ficar próximo às usinas, como os atuais, mas em locais isolados que não possuam falhas geológicas.

Autor do parecer vencedor, o deputado Fernando Ferro (PT-PE) defendeu a rejeição da proposta. Ele argumentou que os principais países produtores de energia nuclear, como a França, ainda não possuem depósitos definitivos para seus rejeitos de alto nível de radiação, mas nem por isso são obrigados a paralisar seus programas de geração de energia nucleoelétrica.

“Se esses países conseguem administrar com segurança os seus rejeitos, mais facilmente podemos nós, que possuímos um parque nuclear cuja ordem de grandeza é bem inferior”, disse Ferro.

Reportagem- Murilo Souza
Edição – Daniella Cronemberger


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