Câmara rejeita exigência de depósito definitivo de rejeitos radioativos para construção de futuras usinas nucleares.
A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos
Deputados rejeitou na quarta-feira (7) o Projeto de Lei 4709/04, que proíbe a
construção de novas usinas nucleares no Brasil até que o País disponha de um
depósito definitivo de rejeitos radioativos. A proposta define como “novas
usinas nucleoelétricas” aquelas projetadas depois das usinas de Angra 1, 2 e 3.
Como tem caráter conclusivo e foi rejeitado pela
única comissão que analisaria seu mérito, o projeto será arquivado, a menos que
haja recurso solicitando a análise do texto no Plenário.
De acordo com o projeto, apresentado pelo
deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), o depósito definitivo não
poderia ficar próximo às usinas, como os atuais, mas em locais isolados que não
possuam falhas geológicas.
Autor do parecer vencedor, o deputado Fernando
Ferro (PT-PE) defendeu a rejeição da proposta. Ele argumentou que os principais
países produtores de energia nuclear, como a França, ainda não possuem
depósitos definitivos para seus rejeitos de alto nível de radiação, mas nem por
isso são obrigados a paralisar seus programas de geração de energia
nucleoelétrica.
“Se esses países conseguem administrar com
segurança os seus rejeitos, mais facilmente podemos nós, que possuímos um
parque nuclear cuja ordem de grandeza é bem inferior”, disse Ferro.
Reportagem- Murilo Souza
Edição – Daniella Cronemberger
Fonte: Câmara
de Notícias
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