Brasil continua em último no
ranking de retorno de tributos em serviços à população.
Charge de Giancarlo para o Humor Político
Pelo quinto ano seguido, o Brasil ficou na última
posição do ranking de retorno de tributos à população. Segundo estudo divulgado
ontem (3) pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), o país
é o que menos retorna serviços públicos de qualidade em relação a impostos,
contribuições e taxas arrecadadas.
O levantamento comparou 30 países e verificou o
bem-estar da população, medido pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), em
relação à carga tributária – proporção dos tributos sobre o Produto Interno
Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país). O Brasil ficou em 30º, atrás
de vizinhos como Uruguai (13º) e Argentina (24º).
Os dados sobre a carga tributária são da
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), e o ranking
do IDH é das Nações Unidas, que trabalharam, nos dois casos, sobre números de
2012, que são os mais recentes.
Estados Unidos, Austrália e Coreia do Sul
ocuparam as primeiras colocações, sem mudança em relação ao ranking anterior.
As maiores variações foram registradas pelo Japão, que caiu de quarto para
sexto, e Bélgica, que saltou de 25º para oitavo, porque reduziu a carga
tributária de 44% para 30% do PIB e manteve a qualidade dos serviços públicos.
No Brasil, a carga tributária correspondeu a
36,27% do PIB em 2012, segundo o IBPT. O número é superior aos dados oficiais
da Receita Federal – 35,85% em 2012 – porque o IBPT considera o pagamento de
juros, multas, correções e custas judiciais de dívidas de contribuintes com o
setor público. A carga tributária de 2013 só será divulgada no fim de 2014.
De acordo com o IBPT, o indicador de retorno
equivale à média ponderada entre a carga tributária e o IDH de cada país. O
instituto atribuiu peso de 15% para a carga tributária e 85% para o IDH. Para o
instituto, o Brasil só melhorará no ranking se aplicar os recursos pagos pelos
contribuintes com mais eficiência. Por meio da assessoria de imprensa, a
Receita Federal informou que não comentará o estudo.
Clique aqui e faça o download do estudo na
íntegra.
Fonte: Agência Brasil
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