terça-feira, 8 de abril de 2014

576Controle Operacional das emissões atmosféricas, artigo de Roberto Naime.
O controle das emissões atmosféricas, ao contrário dos efluentes líquidos e resíduos sólidos, encontra um grande problema com os custos dos sistemas e a ausência de grande número de empresas e organizações com capacidade técnica e científica, além de equipamentos, para realizar este tipo de controle.

Mas de qualquer forma os componentes de emissões atmosféricas não devem ser negligenciados e mais cedo ou mais tarde haverão no pais grande número de empresas e instituições com capacidade técnica e competência para a execução destes tipos de controles.

No estado de São Paulo e nos maiores centros a realidade tende a ser menos carente do que nos pequenos e mais distantes estados ou centros urbanos.

Para as emissões atmosféricas deve ser detalhado o programa de monitoramento contínuo, a fim de promover o efetivo controle das emissões aéreas nas principais fontes estacionárias.

Da mesma forma que nos efluentes líquidos, devem ser organizadas e codificadas as informações sobre abreviaturas, métodos de análise e outras, que facilitem a socialização das informações e eficiência dos trabalhos.

São documentos de referência comuns nesta área:
  • Efeitos ambientais gerados pelas emissões atmosféricas;
  • Métodos de Determinação de Material particulado em Dutos e Chaminés;
  • Método de determinação de Cloro Livre e Ácido clorídrico em Dutos e Chaminés;
  • Métodos de determinação de enxofre total reduzido (TRS) em Dutos e Chaminés;
  • Método de determinação de Dióxido de Enxofre em Dutos e Chaminés.
Também deve ser criado o programa de monitoramento e os resultados apresentados em Boletim de Análise de Emissões Atmosféricas.

Estas informações em geral são informadas em relatórios aos órgãos ambientais, constando em geral de procedimento normatizado na própria Licença Ambiental.

Mesmo com as dificuldades financeiras, técnicas e operacionais, existe uma tendência inequívoca de que estes fatores sejam suplantados num horizonte razoável de tempo e os controles e monitoramentos atmosféricos possam ser procedidos e executados dentro de parâmetros de normalidade como atualmente já ocorre com as análises físico-químicas de água e a caracterização dos resíduos sólidos em geral segundo as normas previstas pela NBR 10.004.

Dr. Roberto Naime, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em Geologia Ambiental. Integrante do corpo Docente do Mestrado e Doutorado em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale.

Fonte: EcoDebate

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