Poluição obriga mais uma cidade
chinesa a limitar venda de automóveis.
Mais uma cidade chinesa, Hangzhou, decidiu
limitar a compra de automóveis, um luxo até há pouco tempo inacessível, mas que
nos últimos três anos se tornou grande fonte de poluição e um quebra-cabeças
urbano.
Desde ontem (27), para tentar melhorar a
qualidade do ar e aliviar o trânsito, o governo municipal de Hangzhou
restringiu para 80 mil o número de automóveis que podem ser vendidos anualmente
na cidade, uma das mais turísticas do país. Oitenta por cento das novas
matrículas serão sorteadas e as restantes vão a leilão, com uma base de
licitação de 10 mil yuan (cerca de 1.200 euros).
Capital da próspera província de Zhejiang, na
Costa Leste da China, e sede de um município com cerca de 8 milhões de
habitantes, Hangzhou é a sexta cidade chinesa a limitar a venda de automóveis,
depois de Pequim, Xangai, Cantão, Guiyang e Tianjin.
As autoridades ambientais de Hangzhou estimam que
as emissões dos automóveis sejam responsáveis por 39,5% da densidade das
partículas PM2.5, que afetam a qualidade do ar na cidade. Há pouco mais de duas
décadas, a bicicleta era o único meio de transporte privado a que a maioria das
famílias chinesas podia aspirar.
Em 2009, a China tornou-se o maior mercado de
automóvel do mundo, ultrapassando os Estados Unidos da América, mas a densidade
de veículos – estimada em cerca de 100 por cada mil habitantes – continua a ser
muito inferior aos valores dos países mais desenvolvidos.
Apesar das crescentes restrições, em 2013 as
vendas de veículos aumentaram 14% e todos os meses, em média, há mais de 1
milhão de novos automóveis nas estradas chinesas.
Fonte: Agência Brasil
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