Discrepância
Políticos têm penas menores que operadores do mensalão.
No
esquema montado para a compra de votos, segundo definição do Supremo Tribunal
Federal (STF), o processo do mensalão atribuiu sentenças mais pesadas aos
operadores e financiadores do que aos políticos envolvidos, escreve o Estadão.
O diário avança com o exemplo da ex-diretora da
SMPB, Simone Vasconcelos, que foi condenada a uma pena equivalente à de José
Dirceu e José Genoino, juntas. O total de penas atribuídas a grupo de políticos
envolvidos somou 231 meses de prisão. Cristiano Paz, ex-sócio do operador
principal do esquema, Marcos Valério, apanhou sozinho 284 meses.
Os advogados que estão estudando as discrepância
entre atribuição de penas destacam também a diferença de sentenças impostas aos
ex-deputados Genoino, Valdemar Costa Neto, Pedro Henry e João Paulo Cunha que,
somados, ficaram com 348 meses de prisão e a pena imposta aos ex-diretores do
Banco Rural, Kátia Rebello e José Roberto Salgado que,acusados de
financiamento, receberam um total de 346 meses.
Para o Ministério Público, a discrepância se deve
à dificuldade de ligar alguns crimes ao chamado núcleo políticos do mensalão,
em acusações que implicam penas mais altas. Todos os condenados estão já
cumprindo as penas impostas.
A decisão para separar operadores e políticos, no
decorrer do julgamento, foi do procurador-geral da República que denunciou o
caso, em 2006, Antonio Fernando Souza.
Fonte: NOTÍCIAS
AO MINUTO
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