O inverno francês de 2013/2014
foi um dos mais quentes desde 1900.
Ondas
violentas quebram no porto de Esquibien na Bretanha , em dezembro de
2013.REUTERS/Mal Langsdon RFI
O inverno francês de 2013/2014 foi um dos mais
quentes desde 1900 e as chuvas na região da Bretanha são as mais intensas desde
1959. As informações foram emitidas nesta sexta-feira (28) pelo instituto
francês de meteorologia (Météo-France) em seu relatório climático
provisório.
A temperatura média do que o instituto chama
“inverno meteorológico”, que compreende os meses de dezembro, janeiro e
fevereiro, é 1,8°C superior ao normal para o período. Por toda a França, o
volume de chuvas foi 20% maior do que se costuma registrar no período. Em
termos de temperatura, a passagem de 1989 para 1990, quando a média ultrapassou
em 2°C o normal, ainda é a mais quente, seguida por 2006/2007, em que as
temperaturas foram pouco mais de 1,8°C acima da média.
Como o inverno de 2014 está virtualmente empatado
com este último, é possível que no momento da publicação dos números
consolidados, 2013/2014 torne-se o segundo inverno mais quente dos últimos 115
anos.
O índice pluviométrico poderia também ser maior, se
a distribuição das chuvas pelo território não tivesse sido tão irregular:
“Muito abundantes na face oeste e sudeste do país”, observa o relatório do
Météo France, as chuvas “são, entretanto, esparsas do Herault aos Pirineus
Orientais, assim como no nordeste”.
Bretanha atingida
De acordo com a meteorologista responsável pelo relatório, Christine Berne, a Bretanha foi a região mais atingida pelas tempestades. O volume na região variou de 35 cm a 1m, “ou seja, entre uma e meia e duas vezes maior do que o normal. Junto com as depressões marítimas das grandes marés de janeiro e fevereiro, estas chuvas excepcionais, provocaram graves inundações”, analisa a especialista.
No total, a Bretanha encarou entre 50 e 80 dias de
chuvas consideradas “importantes” – superiores a 1 mm -, quando a média para o
período é de 15 a 20 dias. Boa parte desse alto volume pluvial se deve as
seguidas tempestades que abateram a região durante o inverno, como Xavier, Dirk
e Ulla. De acordo com Christine Berne, elas foram “consequência de um
anticiclone dos Açores, reforçado por uma depressão mais profunda do que o
normal na Islândia”.
“O noroeste do país sofre o impacto de tempestades
que, na verdade, passaram um pouco mais ao norte e que afetaram mais fortemente
a Grã Bretanha, a Alemanha e os Países Baixos”, afirma. O Reino Unido, por
exemplo, teve o inverno mais chuvoso dos últimos 100 anos, de acordo com o
serviço britânico de meteorologia.
Fonte: RFI
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