Amazônia está no centro dos
fatores de risco em recursos disponíveis no Brasil para o futuro.
Combate ao desmatamento na Amazônia e mais
investimentos na intensificação da produção agropecuária são dois fatores
vitais para manter a segurança dos recursos disponíveis no Brasil para o
futuro. É o que aponta o estudo Earth Security Index, que mediu riscos em
matéria de recursos disponíveis em diversos países. O índice apresenta de forma
visual oito áreas críticas para a estabilidade de longo prazo de cada nação,
entre elas a água, alimentação, energia e a pressão fiscal (inflação,
instabilidade) e demográfica.
No caso do Brasil, o estudo destaca o impacto do
desmatamento na Amazônia sobre os padrões de chuva no sul do país – a floresta
amazônica libera vapor de água, que acaba descendo em forma de chuva a centenas
de quilômetros de distância. Embora o impacto da perda de florestas ainda não
seja completamente conhecido, sabe–se que os setores da agricultura, geração de
energia e seguros podem ser os mais afetados. ”O Brasil precisa olhar para
os efeitos que o desmatamento terá sobre as mudanças climáticas, que já está
afetando o setor de seguros por eventos climáticos extremos. Em 2011, o custo
dos desastres climáticos no Brasil foi de U$ 4,7 bilhões”, explica o
sociólogo argentino Alejandro Litovsky, autor do estudo, fundador e
diretor executivo da Earth Security Initiative.
O índice mostra que o Brasil perdeu cerca de
11 milhões de hectares na Amazônia entre 2005 e 2010, taxa
que diminuiu em quase 80% entre 2004 e 2012 graças a uma
combinação de esforços que incluiu mais rigor na triagem de produtores
para receberem financiamento, o monitoramento do desmatamento via satélite em
tempo real por parte do governo e de ONGs como o Imazon, e o fortalecimento de
leis ambientais. Já em 2013 os números novamente mostram um aumento de 28% com
relação a 2012.
Dessa forma, produzir mais na zona rural – sem
desmatar novas áreas – é fator crucial para sustentar a atividade econômica sem
devastar mais a Amazônia. Citando estudo do Imazon, o índice revela que a
produção pecuária a Amazônia é quatro vezes menor do que o seu potencial. “Unir
o aumento na eficiência do uso da terra e, por exemplo, investimentos
na preservação de florestas intactas é de interesse crescente tanto para
empresas de commodities, investidores financeiros e ONGs”, conclui
Litovsky.
Clique aqui
para ler o estudo na íntegra (em inglês).
Clique
aqui para dados sobre desmatamento.
Clique
aqui para acessar estudo do Imazon sobre intensificação da produção
pecuária.
Fonte: Imazon
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