Livro apresenta riscos da exploração de Urânio e Fosfato no Ceará.
“As terras deste lugar Já foi um mato fechado com as árvores secular deixava o chão adubado esse torrão de beleza faz parte da natureza merece ser respeitado”
(Chico Paiva – Riacho das Pedras)
“No Ceará – A peleja da vida contra o urânio” é o título da publicação produzida pela Cáritas Diocesana de Sobral, no Ceará, que apresenta um diagnóstico e os possíveis impactos da exploração da mina de urânio e fosfato da Mina de Itataia, localizada no município de Santa Quitéria, no Sertão Central cearense. A cartilha foi produzida em parceria com a Articulação Antinuclear do Ceará, Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST), Comissão Pastoral da Terra (CPT) e o Núcleo Trabalho, Meio Ambiente e Saúde para Sustentabilidade (Tramas), da Universidade Federal do Ceará (UFC) e teve o apoio da Cáritas Regional Ceará e da Cáritas Brasileira.
A publicação apresenta um diagnóstico dos territórios camponeses ameaçados pelo projeto de exploração capitalista representado pela exploração da mina de Itataia, apresenta também informações sobre o que são o urânio e fosfato e que riscos a exploração desses minerais trazem para a sociedade. A cartilha também contribui para desconstrução do mito de que a energia nuclear seria uma energia limpa e barata, mostrando o contrário que esse tipo de energia pode se revelar cara e perigosa.
O texto apresenta também a realidade no município de Caetité, na Bahia, onde se localiza a única mina em exploração no Brasil e os diversos riscos para a saúde e o meio ambiente que a exploração e o processamento do urânio trazem cotidianamente para aquela população que já fez inúmeras denúncias públicas e judiciais sobre vazamentos e acidentes de trabalho na mina.
Por fim, a cartilha pretende ser instrumento de formação e mobilização entre as comunidades que podem ser impactadas pela exploração da mina, no município de Santa Quitéria e em seu entorno.
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Por Monyse Ravena, assessora de Comunicação da Cáritas Brasileira Regional Ceará
Fonte: EcoDebate
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