FAO: iniciativas agroambientais
no Brasil ajudam a integrar comunidades e preservar biomas.
Estudo analisa iniciativas agroambientais de
Brasil, Chile, Nicarágua, México e Colômbia. Foto: ONU/John Isaac
O Brasil apresenta programas agroambientais, que
incluem iniciativas para o uso eficiente da água, monitoramentos de reservas
florestais e incentivos para que as pessoas tenham o hábito de conservar os
principais biomas do país, que estão reduzindo o impacto da agricultura no meio
ambiente, ressaltou a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a
Agricultura (FAO) o
estudo “Políticas Agroambientais na América Latina e no Caribe” lançado
na sexta-feira (10).
O documento destaca seis iniciativas em curso no Brasil: o
Plano Nacional de Promoção das Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade, a
Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Pnater), o Plano de
Agricultura de Baixo Carbono (ABC), o Programa Produtor de Água, o Programa
Bolsa Verde e o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Todos eles têm por objetivo
conservar e estimular o uso sustentável dos recursos naturais dos biomas
brasileiros e aumentar a participação de agricultores familiares e grupos
tradicionais, como indígenas e quilombolas, na comunidade rural do país.
Alguns programas oferecem cursos
profissionalizantes que ensinam o modo de manejar certos equipamentos,
proteger, conservar e restaurar os biomas e como se adaptar às mudanças
climáticas. Eles também fornecem terra, equipamentos e ajuda financeira para as
pessoas que gostariam de participar e preservar o meio ambiente. Além
disso, com o Cadastro Ambiental Rural as propriedades rurais e seus donos são
identificados juntamente com as áreas de interesse social e utilidade pública e
a vegetação nativa remanescente do país. Integrando todas essas informações é
possível monitorar a cobertura vegetal dos biomas e o desflorestamento em
curso.
O relatório da FAO afirma que esses programas
servem para aumentar o diálogo entre a população, entre as várias esferas do
governo envolvidas – federal, estadual e municipal – e entre o povo brasileiro
e as autoridades do país, que adaptam os projetos de acordo com a realidade das
comunidades rurais.
“A pobreza e a insegurança alimentar são
frequentemente associadas a ecossistemas frágeis e degradação do meio ambiente.
Por isso essas medidas contribuem diretamente para a melhoria da qualidade de
vida dos mais vulneráveis”, disse Hivy Ortiz, do departamento de florestas da
FAO para a América Latina e o Caribe.
O estudo, que também apresenta iniciativas na
Colômbia, no Chile, na Nicarágua e no México, afirma que as mudanças
climáticas, a erosão do solo, a perda de biodiversidade, a desertificação e a
instabilidade econômica são alguns dos desafios que devem ser superados para
que a região consiga erradicar a fome e a pobreza rural.
Informe da ONU Brasil.
Fonte: EcoDebate
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