segunda-feira, 29 de julho de 2013

CEPAL reduz projeção de crescimento para América Latina em 2013
Expectativa para o crescimento da região passa de 3,5% para 3% neste ano

Para o Brasil, a projeção do ano foi revista de 3% para 2,5%
BRASÍLIA - A Comissão Econômica para América Latina e Caribe (CEPAL) reduziu sua projeção para o crescimento da região de 3,5% para 3% em 2013. Segundo o Estudo Econômico da América Latina e do Caribe, divulgado nesta quarta-feira, o fraco desempenho das economias do Brasil e do México está entre os responsáveis pela revisão dos números.
Para o Brasil, a projeção de crescimento do ano foi revista de 3% para 2,5%. No caso do México, a estimativa caiu de 3,5% para 2,8%. De acordo com o estudo, a região também sofreu o impacto da desaceleração de economias que estavam crescendo a taxas elevadas, como Chile, Panamá e Peru.

A secretária-executiva da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (CEPAL), Alicia Bárcena, demonstrou otimismo ao comentar as perspectivas para a economia brasileira. Embora a CEPAL tenha reduzido sua projeção para o crescimento do país em 2013 - de 3% para 2,5% - Alicia afirmou que o governo tem feito esforços para reduzir a desigualdade, aumentar os investimentos em educação e saúde e para atrair investimentos.
— As perspectivas são positivas. O país pode ter um melhor desempenho (em 2014). Acho que a percepção dentro do país é pior do que realmente é. O Brasil está fazendo mudanças em sua estrutura que caminham na direção do crescimento — afirmou Alicia.

O documento destaca que os países latino-americanos estão sendo afetados pelas turbulências no cenário externo, o que pode ter impactos negativos no curto e longo prazos, especialmente por causa da dependência das exportações da região para a Europa e a China. Outro problema, segundo a CEPAL  está no fato de que o crescimento dos países continua sendo muito dependente do consumo, que está desacelerando, enquanto a taxa de investimento continua baixa.

— O atual cenário revela problemas de sustentabilidade do crescimento na maior parte das economias da região e justifica estabelecer a necessidade de ampliar e diversificar suas fontes de expansão. Necessitamos de um pacto social para aumentar o investimento e produtividade, e mudar os padrões de produção para crescer com igualdade — afirmou Alicia Bárcena, durante a divulgação do estudo.

A alta dependência das exportações para a Europa e a China num momento em que essas economias estão desacelerando vai piorar as contas externas da América Latina e do Caribe em 2013. A CEPAL também elevou sua projeção para o déficit em conta corrente da região de 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2% do PIB. Essa será a maior taxa desde 2001.


Fonte: O GLOBO RIO

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