Bateria que usa ar e alumínio pode substituir combustíveis fósseis
A Phinergy, uma empresa israelense do ramo de tecnologia, anunciou a criação de uma opção de bateria que promete 1.600 quilômetros de autonomia aos veículos elétricos. O modelo utiliza um sistema que mescla alumínio e ar para alcançar os altos níveis de eficiência.
A previsão é de que o dispositivo esteja disponível comercialmente em 2017, enquanto isso, a empresa continua a fazer testes para alcançar a performance máxima desta tecnologia.
O primeiro teste disponibilizado à imprensa foi feito pela equipe de reportagem da Bloomberg, que utilizou um modelo elétrico da Citroen, que normalmente é equipado com uma bateria de íon-lítio com autonomia de 160 quilômetros. Ao receber o reforço do equipamento da Phinergy, que funciona como um extensor, o carro passou a ter autonomia de 1.600 quilômetros.
O vídeo feito pela equipe mostra que o equipamento é abastecido com água destilada, usada como base para a passagem dos íons. Neste formato, o veículo funciona a partir da eletricidade e é necessário abastecê-lo a cada 320 quilômetros. Já uma bateria de alumínio com ar utiliza uma placa de alumínio, como ânion, e o ar, como cátion, a reação resulta em energia. A equação química do processo é de quatro átomos de alumínio, para três moléculas de oxigênio e seis moléculas de água, que formam o óxido de alumínio hidratado.
Esta técnica de baterias de alumínio e ar já foi usada para fins militares e agora ganha nova utilidade. Desde 2002 está tem sido apontada como uma alternativa promissora para que os carros elétricos alcancem resultados semelhantes ao dos modelos movidos a combustão interna, conforme estudo da Universidade de Rhode Island.
De acordo com o CEO da Phinergy, Aviv Tzidon, cada placa de alumínio pode fornecer a energia necessária para serem percorridos 36 quilômetros. A bateria instalada no carro teste possui 50 placas deste tipo. Mesmo assim, o peso dela é de apenas 25 quilos.
Ainda existem muitas dúvidas sobre a aplicação desta tecnologia e os impactos ambientais gerados por ela. Outra preocupação é sobre a substituição dessas placas de alumínio, fator ainda não informado pela empresa. Mesmo assim, é uma demonstração de que existe uma vasta gama de opções para substituir os combustíveis fósseis. Com informações do Discovery.
Redação CicloVivo
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