segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Solenidade

Mais uma solenidade de outorga em Salvador é  realizada pela  Soberana Ordem da Sociedade Intercontinental e  Intermarketing do Brasil
A Soberana Ordem da Sociedade Intercontinental  de Ciências Humanas, Jurídicas e Sociais,  juntamente com a INTERMARKETING - Internacional de Marketing Promocional Ltda., realizam mais uma solenidade de outorga que acontecerá em 30 de novembro às 20 horas, na Fundação Instituto Feminino da Bahia, localizado na Rua Monsenhor Flaviano n. 02, Politeama - Salvador
O título é atribuído àqueles que trabalham em prol dos direitos humanos, da paz e da responsabilidade social, de caráter liberal, independente de controle de governos ou de autarquias religiosas, e tem o objetivo de reconhecer publicamente os méritos e honras, caráter, civismo, dignidade e benevolência de pessoas físicas, jurídicas, corporações militares ou instituições civis, nacionais ou estrangeiras autoridades e personalidades que realizaram ações notáveis pelo país, e contribuíram de forma ética para o bem da humanidade que, pelos seus serviços ou méritos excepcionais, tenham se tornado merecedoras dessa distinção.

A honraria é  conferida pelo Conselho Federal de Honrarias e Méritos da Soberana Ordem da Sociedade Intercontinental de Ciências Humanas, Jurídicas e sociais, nos graus de comendadores, gran-comendadores  e chanceleres.

À frente de tão significativo evento está a dinâmica e competente Comendadora Chanceler Maria Moreira Braga, que a cada ano supera a expectativa dos agraciados com tão importante premiação e reconhecimento.
Para conhecer é só acessar o site:
www.soberanaordem.org.br  e  www.premiomedalhadeouro.com

Informações telefones   (71) 3276-3085        (71) 9987-9818

sábado, 26 de novembro de 2011

De onde veio essa grama?????

De onde veio essa grama?????
No Brasil, a atividade de produção e comercialização de gramas cultivadas é relativamente recente. A grande maioria dos gramados ainda é realizado com placas de gramas retiradas de pastos. Essa atividade é proibida, segundo a Legislação Ambiental, em vigência, se enquadrando como atividade extrativista. Na verdade, a retirada de placas de gramas nativas expõe o solo à erosão, trazendo, como já se sabe, grande prejuízo ao meio-ambiente.
Os maiores compradores de grama são os governos e grandes empresas. No entanto ao que parece estes não estão preocupados de onde veio a grama e sim com o preço da mesma.

A demanda de aquisição de grama tem aumentado devido ao grande numero de empreendimentos. Esse demanda tende a aumentar, o que preocupa devido a falta de fiscalização na procedência da grama adquirida. Empresas de jardinagem e paisagismo inescrupulosas, estão adquirindo e repassando gramas como a do tipo BATATAS (paspalum notatum) que é nativa do Brasil, sem se preocupar com a procedência da mesma.

De acordo com denúncias que chegaram até nós onde estamos investigando; pessoas estão extraindo a GRAMA BATATAS de áreas naturais sem se preocuparem com os danos.
Fica aí um alerta para as autoridades investigarem a procedência das gramas que estão sendo adquirida, tanto por parte da iniciativa privada, quanto por parte dos governos.

Rede Ambiente TV       

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

PNUMA

PNUMA indica formas de transição à economia verde
Relatório final do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente sugere que um investimento de apenas 2% do PIB global poderia levar dez setores-chave da economia a um desenvolvimento mais sustentável e de baixo carbono.
Não é novidade que uma transição para uma economia sustentável é essencial se quisermos ter um futuro em que os recursos naturais não sejam escassos e em que seja possível aliar o desenvolvimento social ao crescimento econômico. Mas há tanto o que mudar em nosso sistema atual que muitas vezes não sabemos nem por onde começar.

Por isso, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) lançou nesta quarta-feira o relatório final Rumo a uma Economia Verde: Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a Erradicação da Pobreza, assinalando as mudanças que estão sendo feitas – e as que ainda são necessárias – para alcançarmos um progresso social e econômico sem inutilizarmos o planeta e os recursos naturais de que tanto precisamos.

O documento é resultado de um estudo de três anos envolvendo centenas de especialistas, e foi submetido a uma consulta pública de três meses antes de ser divulgado em sua versão final. A pesquisa confirmou os dados preliminares, apresentados em fevereiro deste ano, de que para levar a um desenvolvimento sustentável e de baixo carbono, seria necessário investir 2% do PIB mundial, ou cerca de US$ 1,3 trilhão, na transição para uma economia verde.

“O estudo do PNUMA sobre economia verde desafia o mito de que economia e meio ambiente não se relacionam. Com políticas públicas inteligentes, os governos podem fazer crescer suas economias, gerar empregos decentes e acelerar o progresso social de forma a manter a pegada ecológica da humanidade dentro da capacidade do planeta”, explicou Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU.

A análise aconselha que os gastos totais sejam divididos entre dez setores-chave: US$ 108 bilhões para agricultura; US$ 134 bilhões para a construção civil; US$ 362 bilhões para energia; US$ 108 bilhões para pesca; US$ 15 bilhões para a silvicultura; US$ 76 bilhões para a indústria; US$ 134 bilhões para o turismo; US$ 194 bilhões para o transporte; US$ 108 bilhões para resíduos e reciclagem e US$108 bilhões para água e saneamento básico.

Desta forma, um cenário de investimento verde atingiria taxas de crescimento anuais mais altas do que o cenário habitual de negócios, em um espaço de tempo de cinco a dez anos, e esse crescimento se caracterizaria pela desassociação significativa dos impactos ambientais.

Isso significa que nesse cenário, a pegada ecológica global sobre a taxa de biocapacidade poderia diminuir do nível atual de 1,5 para menos de 1,2 até 2050, e chegar mais perto do valor-limite de 1. Já um panorama habitual de negócios pode elevar esse nível para 2.

Outra consequência positiva da transição a uma economia verde seria uma redução de 33% das emissões de dióxido de carbono até 2050 em relação aos níveis atuais, mantendo a concentração de emissões de CO2 abaixo de 450 partes por milhão (PPM) e limitando assim o aquecimento global ao limiar de dois graus Celsius.

De acordo com o relatório, em relação ao setor energético, por exemplo, um cenário rumo a uma economia verde aumentaria a demanda de energia em um primeiro momento, mas esta retornaria aos níveis correntes até 2050, o que significaria uma diminuição de cerca de 40% em relação ao panorama habitual de negócios, graças a avanços substanciais em eficiência energética.

Em relação à agricultura, os investimentos verdes poderiam conduzir a um aumento da qualidade do solo e ao crescimento da produção mundial de diversas colheitas, representando uma melhora de 10% acima do que é possível com as atuais estratégias de investimento. Já o aumento da eficiência na agricultura, na indústria e nas cidades levaria a uma redução de 20% na demanda de água até 2050 em comparação com os níveis atuais.

Além dos investimentos verdes nestes dez setores, o documento sugere também que subsídios caros e prejudiciais à economia verde sejam reduzidos gradativamente. Alguns exemplos são os subsídios à pesca e aos combustíveis fósseis, que custaram em 2008 US$ 27 bilhões e US$ 650 bilhões, respectivamente, e acabam resultando em mais danos do que benefícios às economias nacionais e ao bem-estar social.

A análise destaca ainda o papel dos países emergentes nessa transição, já que sua participação neste movimento vem crescendo. Para se ter uma ideia, em 2007, o investimento em energias renováveis por países em desenvolvimento foi 29% do total. Já em 2008, essa participação subiu para 40%.

Mas o estudo lembra que nada disso será possível se não houver um compromisso mundial diante deste desafio rumo a uma economia verde. “A Convenção da ONU sobre Mudanças do Clima em Durban, que acontecerá na próxima semana, e a Rio+20, são grandes oportunidades para acelerar e ampliar a economia verde”, declarou Achim Steiner, diretor-executivo do PNUMA.

“Ações de cooperação abrangem desde a Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD) até as compras verdes para mudar os esforços no campo da sustentabilidade. Ademais, um novo indicador de riqueza irá além do PIB e internalizará os custos da poluição e degradação ao trazer o verdadeiro valor da natureza, com base em cálculos que nos levarão a um caminho de sucesso e economicamente sustentável”, concluiu.

domingo, 20 de novembro de 2011

PNUMA e WRI

PNUMA e WRI destacam idéias para lidar com o clima
Relatório afirma que os atuais esforços internacionais não evitarão as piores consequências do aquecimento global e avalia mais de 130 propostas de centros de pesquisa, governos e ONGs para mitigar o fenômeno
 
A menos de um mês para a Conferência do Clima (COP 17) em Durban, na África do Sul, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e o Instituto de Recursos Mundiais (WRI) divulgaram um relatório que alerta que o aquecimento global ultrapassará a marca de 2ºC até o fim do século se os compromissos firmados pelos países continuarem tão tímidos.

Cientistas acreditam que manter o aquecimento em no máximo 2ºC é crucial para evitar a multiplicação de fenômenos climáticos extremos, como secas e enchentes, assim como para prevenir o desaparecimento de milhares de espécies e até de países insulares.

Mas o relatório, intitulado Construindo um Regime de Mudanças Climáticas: Pesquisa e Análise de Iniciativas, não foi apresentado apenas para criticar a situação dos compromissos climáticos. Sua maior importância está em trazer uma análise das sugestões disponíveis para melhorar o cenário político internacional.

“Este documento oferece muitas opções que podem ser viáveis tanto pelas negociações formais sob a ONU quanto como medidas complementares. São ideias que podem ajudar os países a adotar rapidamente modelos de baixo carbono, de eficiência de recursos e de resiliência climática”, afirmou Achim Steiner, diretor executivo do PNUMA.

O relatório destaca a necessidade de mobilizar os setores público e privado nos mais diversos níveis e aproveitar o máximo que eles podem oferecer, como investimentos em adaptação, governança e em programas de redução de emissões.

As ideias analisadas pelo PNUMA e WRI vão desde vincular a implementação de políticas climáticas a padrões dos Direitos Humanos - o que facilitaria a obtenção de financiamentos internacionais - a taxar as emissões de companhias de transporte aéreo e marítimo.

No total, mais de 130 propostas de ONGs, governos e pesquisadores foram analisadas, condensadas e depois divididas em cinco áreas chave:

   - Opções sob o UNFCCC para aumentar a ambição das políticas: Propostas que preveem a expansão e o fortalecimento das regras de redução de emissões. De acordo com essas ideias, utilizar as ferramentas do Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC) é benéfico porque minimiza os custos de implementação e facilita a construção da confiança.

    - Opções fora do UNFCCC para aumentar a ambição das políticas: Sugestões multilaterais, bilaterais e domésticas para limitar as emissões. Por se tratar de soluções que envolvem menos países são de mais fácil aplicação e aceitação. Porém, oferecem o risco de enfraquecer políticas internacionais da ONU.

    - Meios de dividir o esforço de mitigação sob o UNFCCC: Várias ideias existem para dividir a responsabilidade entre os países para que seja possível chegar a um consenso sobre leis climáticas. Algumas sugerem distribuir os esforços de mitigação conforme as particularidades de cada nação, levando em conta critérios como emissões per capita e PIB.

   - O papel dos vários atores no monitoramento do desempenho de cada país na mitigação: A melhor proposta neste quesito seria a criação de padrões internacionais de monitoramento e verificação de emissões. Assim, ONGs e centros de pesquisa podem ajudar a policiar o que de fato está sendo feito pelos governos.

   - A forma jurídica do futuro acordo climático: Muitas são as opções a serem consideradas e não há um consenso sobre qual seria a ideal. As propostas vão desde permitir que os países adotem compromissos individuais sem a necessidade da criação de um acordo com força de lei até a adoção imediata de um novo tratado no estilo do Protocolo de Quioto.

“As propostas analisadas mostram que devemos utilizar todas as forças disponíveis e muitas instituições e atores podem assumir um papel mais ativo na questão climática. Assim, devemos mudar o discurso do 'não estamos fazendo o bastante' para 'como podemos fazer mais coletivamente'”, declarou Remi Moncel, do WRI e um dos autores do relatório.

De uma forma geral, o documento conclui que existem mais opções para combater as mudanças climáticas do que se pensava e que todas elas podem contribuir de alguma forma.

“Sabemos que mais precisa ser feito para alcançarmos os nossos objetivos climáticos. A realidade é que não existe falta de opções viáveis. Na COP17 os países tem a oportunidade de transformar essas ideias em ações e assim começar a reduzir a diferença entre o que fazemos e o que precisamos de verdade fazer”, resumiu Manish Bapna, presidente interino do WRI.

Níveis de CO2

Níveis de CO2 estão mais altos que cenário mais pessimista de cientistas
Departamento de Energia dos EUA calcula que a emissão de CO2 chegou à maior quantidade já registrada e aponta que países do Protocolo de Quioto conseguiram cumprir suas metas, mas EUA, China e Índia somaram mais de metade do aumento.

Em 2010, após a crise financeira ocorrida em 2008 e 2009, o mundo começou a retomar seu desenvolvimento econômico, mas não foi só a economia que cresceu. Segundo o Departamento de Energia dos EUA, as emissões globais de dióxido de carbono subiram 6% no último ano, atingindo o mais alto nível já registrado.

De acordo com o departamento, a liberação mundial de gases do efeito estufa (GEEs) aumentou em 564 milhões de toneladas (512 milhões de toneladas métricas) em relação à taxa de emissão de 2009.

“É um grande salto. Do ponto de vista das emissões, a crise financeira global parece ter acabado”, declarou Tom Boden, diretor do Departamento de Energia do Centro de Análise da Informação do Laboratório Nacional Oak Ridge dos Estados Unidos, a Associeted Press (AP).

“Quanto mais falamos sobre a necessidade de controlar as emissões, mais elas estão crescendo”, alertou John Reilly, co-diretor do Programa Conjunto de Ciência e Política de Mudança Global do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

Esse aumento nas emissões foi causado em grande parte pelos Estados Unidos, pela China e pela Índia, já que os países que assinaram o Protocolo de Quioto conseguiram reduzir sua liberação de carbono em 8% em relação aos níveis de 1990, diminuindo sua contribuição nas emissões mundiais de 60% em 1990 para menos de 50% atualmente.

Com esses dados, é possível perceber o quão alarmante é a situação, já que mesmo com a redução das emissões nos países do Protocolo, elas continuam a crescer. Para Granger Morgan, diretor de engenharia e do departamento de políticas públicas da Universidade de Carnegie Mellon, é “realmente desalentador. Estamos gerando um legado horrível para nossos filhos e netos”.

Esse nível de aumento já ultrapassou o pior cenário projetado por cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) em 2007, que previram que as temperaturas globais aumentariam entre 2,4 e 6,4 graus Celsius até o final do século, sendo a estimativa mais provável a de quatro graus Celsius. E com o crescimento desenfreado de países como a China e a Índia, essa condição só tende a piorar.

No entanto, segundo Reilly, esse crescimento tem seu lado positivo, pois vem permitindo que muitas pessoas melhorem suas condições de vida, porém é importante buscar alternativas menos impactantes ambientalmente para que essa melhora ocorra integralmente.

“A boa notícia é que essas economias estão crescendo rapidamente. Melhorias econômicas mais amplas em países pobres têm trazido melhorias de vida às pessoas. Mas fazer isso com dependência crescente no carvão está pondo o mundo em perigo”, alertou o co-diretor.

Mas há indícios de que estes países estão tomando algumas atitudes, ainda que poucas, para contribuir para um desenvolvimento de baixo carbono. Nesta semana, por exemplo, a China decidiu banir as importações de lâmpadas incandescentes de 100 MW ou mais a partir de outubro de 2012, as de 60 MW a partir de 2014 e as de 15 MW a partir de 2016.

Essa eliminação ajudaria o país a economizar 48 milhões de kWh e a reduzir 48 milhões de toneladas anuais de carbono assim que todas as lâmpadas incandescentes fossem abolidas. Além de contribuir com a mitigação das emissões chinesas, o plano também auxiliaria na diminuição de emissões em outros países, já que das 3,85 bilhões de lâmpadas incandescentes que a China produziu em 2010, apenas 1,07 bilhões foram consumidas domesticamente.

Nos Estados Unidos, um plano semelhante será adotado a partir de 2012; na Europa, a abolição gradual das lâmpadas incandescentes vem acontecendo desde 2008. “Precisamos realmente incluir o mundo em desenvolvimento [na mitigação das emissões] porque se não o fizermos, o problema vai escapar de nosso controle. E o problema está muito perto de escapar de nosso controle”, refletiu Andrew Weaver, cientista climático da Universidade de Victoria

Fonte: Instituto CarbonoBrasil/Agências Internacionais

Desafios X Consumo

Desafios para os sete bilhões de superconsumidores
Editor do portal Mongabay faz uma análise do que representa a marca de sete bilhões de habitantes e alerta para os problemas que teremos que enfrentar para que as gerações futuras usufruam ao menos da mesma qualidade de vida que tivemos.

Talvez a coisa mais perturbadora sobre o Halloween este ano não são os duendes ou monstros tomando conta das ruas, mas um bebe nascido em alguma parte do mundo. A culpa não é do bebe ou de seus pais, claro, mas esta criança se tornará parte um marco artificial, porém importante: segundo a ONU, a pessoa de número sete bilhões nasceu nesta segunda-feira (31).

Isto significa que são sete bilhões de pessoas precisando, no mínimo, de água potável, comida, abrigo, remédios e educação. Em algumas partes do mundo, elas também terão um carro, um iPod, uma casa no subúrbio com jardim, animais de estimação, computadores, um cortador de grama, um microondas e talvez, uma piscina.

Apesar de raramente tratado diretamente nas políticas públicas, a questão da superpopulação é central para a sustentabilidade ambiental e bem estar humano.

A questão de quantas pessoas a Terra pode sustentar é sensível, já que acerta no centro das decisões individuais de bilhões ao redor do mundo. O que fazemos se estivermos grávidas? Queremos filhos? Qual o tamanho que desejamos para nossas familias? Ninguém quer que os outros digam quanto filhos podemos ou não ter e conversas sobre superpopulação podem implicar tais discursos.

Outros enxergam qualquer discussão sobre superpopulação como um chamado para estancar a população humana de forma que for possível, o que, claro, é ridículo. Ou condenam os defensores de misantropos, o que também é ridículo e, primeiramente, o contrário do centro da discussão.

Ainda assim, estas alegações enganosas deixaram muitos cautelosos em relação a uma das questões mais importantes da nossa época: quantas pessoas a Terra pode sustentar? E, tão importante quanto, quantas pessoas queremos? Ou ignoramos a superpopulação nos colocando em cheque. A Terra é um planeta finito; tem limites e limiares; e segundo muitos cientistas e especialistas já estamos ultrapassando muitos desses.

Atualmente, os humanos consomem o equivalente a uma Terra e meia a cada ano, segundo o relatório ‘O Planeta Vivo’ da WWF. Considerando as fontes renováveis, desde peixes até florestas e desde o carbono até a agricultura, o relatório demonstra até onde temos ultrapassado a sustentabilidade do nosso mundo. Quando a população estabilizar em 9 bilhões (ou talvez 10) em 2050, um total de 2,8 planetas Terra serão necessários se tudo continuar igual. Em outras palavras, seria preciso quase três anos para os recursos naturais se recuperarem de 1 ano de consumo humano.

Não é surpreendentemente, alguns consomem uma fatia muito maior: por exemplo, se cada pessoa consumisse tanto quanto um norte-americano padrão, a sociedade precisaria de 4,5 planetas para viver sustentavelmente.

Para entender o impacto da humanidade sobre os ecossistemas mundiais, é preciso manter em mente que eles são feitos de dois fatores. O primeiro é a população: quanto mais de nós, maior nosso impacto coletivo. O outro, entretanto, é o consumo: quanto mais recursos cada um de nós consome, mais nos distanciamos da verdadeira sustentabilidade.

Isto torna alguns muito mais reponsáveis que outros. Por exempli, segundo um estudo de 2009, uma criança nascida hoje nos Estados Unidos terá uma pegada de carbono sete vezes maior do que outra nascida no mesmo dia na China. Mas pode ser pior: a primeira teria uma pegada de carbono 55 vezes maior do que um indiano e 86 vezes maior que um nigeriano.

População multiplicada pelo consumo é a métrica importante na compreensão da pegada. Além disso, os humanos estão vivendo mais. Um sinal de bem estar da sociedade, vidas mais longas também significam um período maior para a estabilização da população e uma pegada individual maior.

Ainda assim, lidar com a superpopulação global não exige métodos draconianos ou uma tragédia humana em massa; de fato, reduzir a população e o consumo global agora tornaria tais eventos menos prováveis no futuro. Com cerca de duas a cada cinco gravidez indesejadas, pesquisas têm demonstrado que a melhor forma de reduzir o crescimento populacional, eventualmente levando a um plateau e lento declínio, é dar poder às mulheres.

O acesso universal a contraceptivos, melhoria na educação e planejamento familiar são algumas das melhores maneiras de combate a um planeta tumultuado. A redução da pobreza e da mortalidade infantil são metas adicionais que trazem o crescimento total da população abaixo. Também não seria ruim ter maior conscientização sobre a superpopulação e consumo.
Questões globais na era dos sete bilhões:

Alimentação: A fome é o problema mais frequentemente citado em conjunto com a superpopulação (mesmo se muitos outros são tão graves quanto): como alimentar sete bilhões de pessoas, quanto mais os nove bilhões estimados para 2050? Segundo a ONU, hoje um bilhão de pessoas não têm alimentos suficientes. Porém, isto não é devido a produção insuficiente ao redor do mundo, mas por que a comida que produzimos não é distribuída equitavelmente.

Um terço de todos os alimentos são jogados fora no final da cadeia produtiva agrícola ou ainda são desperdiçados por agricultores, comerciantes e consumidores. Ainda assim, a FAO estima que a produção de alimento deve crescer 70% para atender aos 9 bilhões. Mas como cultivar tanto sem destruir o mesmo ambiente que sustenta a agricultura? Com as terras aráveis de qualidade acabando, há uma necessidade urgente de cultivar mais com menos área, ao mesmo tempo em que se melhora a gestão dos recursos hídricos e do solo. Especialistas continuam a debater, certas vezes furiosamente, se a produção orgânica de pequena escala é a única solução sustentável para avançarmos ou se o cultivo de OGMs, defendido pelo setor químico, é a resposta.

Água: Assim como com a alimentação, o acesso à água potável está se tornando uma preocupação crescente em um planeta superpopuloso. Mais de 800 milhões de pessoas atualmente não tem acesso a água potável, enquanto uma em cada três pessoas sofrem com a escassez, relata o Organização Mundial de Saúde.

E não é apenas os pobres que enfrentam o problema: o sudoeste norte-americano, enquanto ainda é comum ver gramados irrigados em meio ao deserto, está passando por uma crise hídrica causada principalmente pelas décadas de consumo insustentável e desperdício.

Especialistas alertam que os aqüíferos subterrâneos estão baixando ao redor do mundo, o que terá impacto direto sobre os cultivos, já que atualmente 70% da água consumida é direcionada para a agricultura. Face a problemas com a água, alguns países estão recorrendo a usinas de dessalinização e tirando sua água do mar. Todavia, a dessalinização ainda é um processo muito caro, enquanto as mudanças climáticas devem adicionar maior pressão sobre as regiões com escassez de água.

Extinção em massa: Mais pessoas consumindo mais recursos significa cada vez menos para outras milhões de espécies que habitam nosso mundo. Muitos especialistas acreditam que estamos em meio a uma extinção em massa, com as taxas estimadas entre 100 e mil vezes a taxa histórica. As Listas Vermelhas da IUCN dizem que 869 espécies foram extintas desde 1.500 AC, apesar disto ser um número amplamente subestimado, considerando a enorme quantidade que nunca foi identificada, quanto mais avaliada.

A expansão da população humana não coloca em perigo apenas grandes espécies carismáticas como rinocerontes, tigres e elefantes, mas milhares de espécies que têm papéis essenciais para a humanidade desde água limpa até a saúde do solo, seqüestro de carbono e medicina. Um colapso na biodiversidade é o presságio para o colapso dos ecossistemas.

Oceanos: Em 2008 um relatório previu que todos os estoques de peixes selvagens entrariam em colapso até 2048. Este ano, um estudo renomado prevê a extinção em massa nos oceanos devido às emissões de gases do efeito estufa e poluição. Uma vez tidos como superabundantes, a vida selvagem dos oceanos está sendo esvaziada, ou sobrepescada, em uma taxa nunca vista na história da humanidade.

Ao mesmo tempo, a acidificação dos oceanos pelas emissões de carbono colocam em perigo os ecossistemas mais biodiversos do oceano, os recifes de coral, e zonas mortas, áreas sem oxigênio devido a poluição rica em nitrogênio, estão se espalhando ao redor do mundo. Tais impactos sinérgicos significam que os oceanos do future podem ser muito diferentes do que os atuais, provavelmente fornecendo muito menos recursos, especialmente comida para as futures gerações.

Apesar dos alertas calamitosos, os estoques pesqueiros continuam a ser vigorosamente caçados, as emissões de gases do efeito estufa continuam crescendo e os oceanos ainda são um lixão para grande parte da poluição da sociedade.

Desmatamento: Todos os anos mais de 10 milhões de hectares de florestas são perdidos (uma área maior que a Hungria) de acordo com a FAO, e outros 10 milhões de hectares são degradados. Florestas são cortadas por uma variedade de razões, mas todas conectadas com a população e o consumo, com grandes empresas de agricultura e commodities sendo as protagonistas. Na América do Sul a Amazônia está sendo destruída pela pecuária, fazendas de soja e mineração. Na Indonésia e Malásia as árvores são derrubadas em nome das indústrias do papel e de óleo de palma. A pressão causada por populações rurais empobrecidas estão diminuindo as matas nas Filipinas, enquanto a demanda estrangeira por madeira degrada as florestas de Madagascar. O crescimento da demanda por energia também leva ao desmatamento, biocombustíveis, gás, petróleo e projetos hidroelétricos são os principais culpados. Segundo algumas estimativas, metade das florestas tropicais intactas do mundo estão perdidas e todos os anos mais são destruídas. Além de ser lar da maior parte da biodiversidade terrestre, florestas armazenam carbono, proteger mananciais de água limpa, produzem vapor que leva a chuvas e sustentam muitas populações rurais e indígenas.

Mudanças Climáticas: O século 21 será o século das mudanças climáticas: um estudo recente previu que regiões do Canadá, Ásia, Europa e do norte da África já sofrerão um aquecimento de 2ºC até 2030. Nosso mundo mais aquecido verá o aumento dos níveis dos oceanos, mais fenômenos climáticos extremos, maior frequência de secas e enchentes, desertificação e perda de biodiversidade, o que criará um planeta mais instável e imprevisível. O crescimento da população está ligado às emissões de gases do efeito estufa, especialmente em países ricos ou em desenvolvimento: os 7% dos habitantes mais ricos do planeta produzem mais da metade das emissões. Mais pessoas e mais consumo significam mais emissões. Na verdade, esforços para desacelerar o crescimento da população podem ter um grande impacto de mitigação nas mudanças climáticas: um estudo revelou que se diminuir o crescimento populacional reduzirias as emissões entre 16% a 29%.

Doenças: Mais humanos pode significar mais doenças. Condições de superpovoamento, especialmente nas mega cidades, e pressões crescentes no sistema de saúde publica e de saneamento básico devem fazer aumentar o número de epidemias. Apesar dos medos recentes sobre a gripe aviária e a suína foram infundados, isto não significa que o aumento populacional não terá como consequência mais casos de pandemias. As mudanças climáticas também devem resultar em transformações nas áreas afetadas pelas doenças. Possivelmente, veremos muitas doenças tropicais avançarem em direção a regiões temperadas.

Escassez de recursos: Superpopulação vai afetar os recursos renováveis e não renováveis da mesma forma. Como a sociedade está demorando para mudar para uma economia de baixo carbono, companhias de energia estão indo cada vez mais longe atrás de combustíveis (Amazônia, Ártico e até as profundezas dos oceanos), colocando em risco ecossistemas até então intactos. Preços altos pela eletricidade também estão contribuindo para o alto custo dos alimentos. Enquanto isso, muitos dos metais indispensáveis para as indústrias, como aço, cobre, platina, níquel e estanho estão se tornando mais difíceis de se conseguir e também forçando as mineradoras a explorar áreas remotas. Em muitas partes do mundo, mesmo reservas de conservação não estão mais livres da mineração.

Economia: O mundo econômico é raramente observado como um problema ambiental, já que tradicionalmente os economistas tendem a ignorar o meio ambiente. Muitos inclusive predizem que as economias mundiais continuarão crescendo exponencialmente, com as futuras gerações mais ricas do que podemos imaginar. Mas como a riqueza material pode crescer se é baseada na exploração de um mundo finito? A riqueza depende do meio ambiente e nosso planeta, além de finito em recursos, está sendo cada vez mais explorado. Até os recursos renováveis, como água e arvores, só podem ser explorados até um certo limite sem que entrem em colapso. Sustentabilidade significa garantir para as futuras gerações o acesso aos mesmos recursos que tivemos. Mas atualmente, desperdício e ganância estão levando os limites do nossa planeta até os extremos. O surgimento da economia do descartável e do superconsumo resultou em uma economia baseada no colapso dos recursos ambientais, criando o que deve ser a bolha definitiva.

Pobreza e riqueza: Atualmente, mais de um terço da população vive com menos de US$ 2 por dia, enquanto 1% das pessoas possuem 43% da riqueza mundial. Centenas de milhões de pessoas não tem acesso a comida e água suficientes para passar o dia, enquanto de acordo com a Forbes este ano viu um recorde de 1,210 bilionários, que justos somam uma fortuna de US$ 4,5 trilhões. Com mais gente no planeta, a má distribuição de renda está acentuando. Milhões não tem acesso ao mínimo para sobreviver mesmo quando vivem em países ricos em recursos. Riquezas que acabam sendo exploradas para atender as 'necessidades' de consumo de nações economicamente mais poderosas.

Bem estar: Mesmo se sobrevivamos às calamidades ambientais trazidas pela superpopulação e pelo superconsumo, mesmo se conseguirmos fazer caber 10 bilhões de pessoas no planeta, o quão felizes seremos? O superpovoamento significa o declínio de muitas necessidades humanas: privacidade, acesso à natureza e até possibilidade de ter esperança por dias melhores. É difícil imaginar um mundo de beleza e felicidade para nossos filhos, netos e bisnetos se eles só conhecerem gorilas e rinocerontes através de imagens da internet. Se eles nunca tiverem a chance de provar frutos do mar frescos ou experimentar o verdadeiro silêncio. Se eles não verem as estrelas por causa de toda a poluição luminosa das cidades ou não terem como aproveitar de um momento de solidão em um bosque.

Fonte: Mongabay

Indústria X Transgênicos

Indústria ainda não cumpre obrigação de rotulagem de transgênicos
Defensores de direitos de consumidores e ambientalistas afirmam que a indústria de alimentos ainda não está cumprindo a lei que determina a especificação em rótulo informando os consumidores sobre a presença de ingredientes produzidos a partir de organismos geneticamente modificados (OGMs). O símbolo, que deveria constar em qualquer alimento com mais de 1% de origem transgênica, é um “T” de cor preta sobre um fundo amarelo em formato de triângulo (semelhante a uma placa de trânsito).

“Falta informação nesse sentido”, aponta a especialista da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo, Andrea Benedetto Arantes. “O consumidor tem o direito de escolher”, ressalta o ex-coordenador da campanha contra os transgênicos do Greenpeace, Iran Magno.

“A informação é extremamente relevante neste caso por uma questão de saúde pública”, alerta Juliana Ferreira, advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). “Infelizmente, se a rotulagem não é feita adequadamente, não há meios de o consumidor saber, ficando tolhido em seu direito de escolha e de ser adequada e claramente informado”, aponta a advogada.

Em março deste ano, o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça e os órgãos estaduais de defesa do consumidor da Bahia, de Mato Grosso e São Paulo identificaram dez produtos (entre bolos recheados, biscoitos, barras de cereais e misturas para panquecas) com ingredientes transgênicos, mas sem a devida rotulagem. Processo administrativo está correndo no DPDC, onde há duas instâncias de tramitação (inclui recurso) e direito de contraditório e de defesa dos fabricantes.

A regra, definida pelo Decreto nº 4.680/2003, estabelece que “tanto nos produtos embalados como nos vendidos a granel ou in natura, o rótulo da embalagem ou do recipiente em que estão contidos deverá constar, em destaque, no painel principal e em conjunto (…) uma das seguintes expressões, dependendo do caso: '(nome do produto) transgênico', 'contém (nome do ingrediente ou ingredientes) transgênico(s)' ou 'produto produzido a partir de (nome do produto) transgênico'”.

O decreto ainda determina o detalhamento sobre a espécie de doadora do gene no local reservado para a identificação dos ingredientes. A norma vale para produtos de origem vegetal e para produtos de origem animal se alimentados com ração transgênica. O decreto prevê que notas e recibos também informem sobre a transgenia no caso da soja.” As expressões 'pode conter soja transgênica' e 'pode conter ingrediente produzido a partir de soja transgênica' deverão, conforme o caso, constar no rótulo, bem como da documentação fiscal, dos produtos (...), independentemente do percentual da presença de soja transgênica”.

Para Gabriel Bianconi Fernandes, da AS-PTA – Agricultura Familiar e Agroecologia, é preciso que toda a cadeia produtiva esteja segregada, ou seja, o cultivo dos alimentos, o transporte, o armazenamento e a indústria tratem separadamente alimentos de origem transgênica e alimentos convencionais.

“A não existência de uma estrutura adequada de segregação é um desestímulo para aquele produtor que está lutando para manter a lavoura da soja convencional, porque, se não misturar na lavoura, vai misturar no caminhão ou no silo. Isso ajuda a explicar o porquê da adoção tão grande da semente transgênica”, avalia Fernandes. 

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, diz que “o consumidor deve ser respeitado de todas as formas” e que “por parte do produtor, não há dificuldade nenhuma em identificar os transgênicos. Isso está dentro do trabalho do dia a dia”. Segundo ele, é possível reconhecer um grão de soja modificado em meio a 500 não modificados.

Edilson Paiva, presidente da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), pondera que o Brasil é “o único país que rotula transgênicos”. Para ele, “lei se obedece, mas em um futuro próximo vai ter que mudar. Se eu fosse rotular, eu rotularia o não transgênico é que vai virar exceção”, sugere.

Na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei nº 4.148/2008, do deputado Luis Carlos Heinze (PP/RS), propõe que “aos alimentos que não contenham organismos geneticamente modificados será facultada a rotulagem 'livre de transgênicos', desde que tenham similares transgênicos no mercado brasileiro e comprovada a total ausência no alimento de organismos geneticamente modificados, por meio de análise específica”. O PL aguarda desde maio para ir à votação.

Segundo orientação da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo, o consumidor deve ler os ingredientes do alimento industrial que está comprando e verificar a presença do símbolo dos transgênicos nos rótulos. Caso fique em dúvida, ou tenha alguma reclamação a fazer, deve acionar os órgãos de defesa do consumidor do estado (Procon), órgãos da agricultura (por exemplo, a secretaria) e os órgãos de vigilância sanitária.

Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Aquecimento GLOBAL

Aquecimento global pode ser irreversível em cinco anos

Agência Internacional de Energia revela que se a estrutura energética mundial não for mudada rapidamente, emissões de CO2 ultrapassarão o limite de aumento de temperatura de 2ºC e planeta sofrerá grandes impactos climáticos.
Enchentes e secas mais freqüentes e severas, tempestades mais rigorosas, aumento do nível do mar: esses são apenas alguns dos sintomas que a Terra enfrentará com as mudanças climáticas. E se não quisermos que nosso planeta fique irremediavelmente doente, já há até um prazo final para combatermos esses sinais: temos cinco anos para mudarmos a estrutura energética global, ou essa enfermidade contagiará também a nós, seres humanos.

De acordo com o relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), publicado no dia 9 de novembro, se quisermos evitar que a temperatura da Terra não ultrapasse os dois graus Celsius de aumento de temperatura que os cientistas estipularam como sendo o limite para evitar consequências climáticas graves, teremos que reduzir rapidamente nossas emissões de gases do efeito estufa (GEEs).

E não nos resta muito tempo para mitigar a liberação de dióxido de carbono na atmosfera: temos até 2017 para tomar iniciativas neste sentido, pois a partir dessa data a situação poderá se tornar irreversível. Segundo o documento, a solução é mudarmos nossa estrutura mundial de produção de energia, já que este setor é o principal responsável pelas grandes emissões antropogênicas de carbono.

“A porta está fechando. Se não mudarmos de direção agora a respeito de como usamos energia, acabaremos além do que os cientistas nos dizem que é o mínimo [para a segurança]. A porta será fechada para sempre”, alertou Fatih Birol, economista-chefe da AIE.

O estudo mostra que não falta muito para chegarmos neste limite, já que das 450 partes por milhão (ppm) de GEEs que são o limite para manter o aumento da temperatura em dois graus Celsius, já emitimos 390, ou cerca de 80%. Isso significa que temos uma margem muito pequena de carbono que ainda podemos emitir antes de chegar ao limite.

E estimativas mostram que a situação deve piorar. Até 2015, atingiremos 90% das ppm de CO2 que podemos emitir, e em 2017, chegaremos a 100%, o que significa que não poderemos mais liberar carbono na atmosfera sem ultrapassarmos o limite de dois graus Celsius de aumento na temperatura mundial. “O afastamento da energia nuclear agravou a situação”, comentou Birol a respeito do desligamento de usinas nucleares após o acidente em Fukushima, em março.

“Se novas ações rigorosas não acontecerem até 2017, a infraestrutura relacionada à energia que estará em vigor gerará todas as emissões de CO2 permitidas (...) até 2035, não deixando espaço para mais usinas de energia, fábricas e outras infraestruturas a menos que elas sejam carbono-zero, o que seria extremamente custoso”, explicou a pesquisa.

Por isso, a agência enfatiza que é necessário tomar medidas rápidas para refrear o aumento da liberação de GEEs na atmosfera. Uma delas – talvez a principal – pode ser a extensão do Protocolo de Quioto ou a criação de um novo compromisso para a mitigação das emissões.

“Acho que é muito importante ter um senso de urgência – nossa análise mostra [o que acontece] se não se mudar os padrões de investimento, o que só pode acontecer como resultado de um acordo internacional. Se não tivermos um acordo internacional, cujo efeito deve ser posto em prática em 2017, então a porta [para manter as temperaturas em dois graus Celsius de aquecimento] será fechada para sempre”, ressaltou Birol.

Mas o relatório e a atual situação das negociações indicam que não há muito otimismo em relação a um novo tratado climático, sobretudo a ser firmado este ano na Conferência das Partes de Durban (COP 17), que deve ocorrer entre o final de novembro e o início de dezembro na África do Sul.

“Há poucos sinais de que a mudança urgentemente necessária na direção das tendências da energia global está em curso. Embora a recuperação na economia mundial desde 2009 tenha sido incomum, e as perspectivas econômicas futuras permaneçam incertas, a demanda global de energia primária se recuperou em um notável 5% em 2010, levando as emissões de CO2 a uma nova alta”, apontou a AIE.

“Subsídios que encorajam o consumo perdulário de combustíveis fósseis subiram para mais de US$ 400 bilhões”, acrescentou a agência. E além das ameaças naturais, os efeitos das mudanças climáticas também poderão ser prejudiciais para a economia, já que custarão mais do que as ações preventivas que podem ser tomadas agora.

“Como cada ano passa sem sinais claros para levar investimentos para a energia limpa, a ‘adesão’ a uma infraestrutura de alto carbono está tornando mais difícil e mais caro atingir nossas metas de segurança energética e climática”, declarou o economista-chefe.

“Adiar ações é uma falsa economia: para cada US$ 1 de investimento evitado no setor de energia antes de 2020, seria necessário gastar um adicional de US$ 4,3 após 2020 para compensar o aumento das emissões”, confirmou o documento.

Este adiamento vem ocorrendo em parte porque os países não conseguem chegar a um consenso em relação a quais nações devem ser incluídas nos planos para a diminuição das emissões. De um lado, os países emergentes dizem que os desenvolvidos devem renovar o Protocolo de Quioto, pois são mais responsáveis pelas emissões históricas; de outro, os desenvolvidos alegam que os emergentes já contribuem grandemente nas emissões mundiais.

Assim, por causa desta disputa, as nações emergentes querem a extensão do Protocolo em seus termos atuais, enquanto as desenvolvidas como os EUA – que nunca assinaram o Protocolo de Quioto –, o Japão, a Canadá e a Rússia sustentam que não participarão do segundo período de compromisso do Protocolo.

“Precisamos que a China, os EUA especialmente, e o resto dos países do BASIC [Brasil, África do Sul, Índia e China] concordem [em assinar um novo acordo]. Se conseguirmos fazer isso até 2015 poderemos ter um acordo pronto para entrar em vigor até 2020”, argumentou Greg Baker, ministro de mudanças climáticas do Reino Unido.

“As decisões que estão sendo feitas pelos políticos hoje arriscam passar um débito de carbono monumental para a próxima geração, pelo qual ela terá que pagar um preço alto. O que realmente falta é um plano global e influência política para decretá-lo. Os governos têm uma chance de começar a mudar isso quando eles se encontrarem em Durban no final deste mês para a próxima rodada de negociações climáticas”, disse Charlie Kronick, do Greenpeace.

E toda essa discussão ainda enfrenta outro grande desafio: em um mundo com uma crescente quantidade de emissões e mais de um bilhão de pessoas sem acesso à eletricidade, como procurar fornecer energia a essa grande parcela da população mundial sem aumentar ainda mais a liberação de carbono na atmosfera?

Pelo menos neste aspecto, o estudo se mostra positivo: as energias renováveis devem ajudar a concretizar essa ideia, ainda que custe caro. “O acesso universal até 2030 aumentaria a demanda global por combustíveis fósseis e emissões de CO2 relacionadas em menos de 1%, uma quantia banal em relação à contribuição feita ao desenvolvimento e bem-estar humano”, justifica a pesquisa.

Por fim, é fácil perceber que, com tantos obstáculos, caminhamos para uma condição climática cada vez mais crítica. “Esse não é o cenário que queremos. Mas fazer um acordo não é fácil. O que estamos vendo não é um acordo ambiental internacional – o que estamos vendo não é senão a maior revolução industrial e energética jamais vista”, concluiu Christiana Figueres, secretária-executiva da Convenção Quadro da ONU sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC).

Fonte: Instituto Carbono Brasil / AIE

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA) vem trazendo impactos socioambientais, com danos à saúde, ao ambiente e a renda dos pescadores e moradores de Santa Cruz. Em uma tentativa de intimidação, processa por danos morais profissionais de saúde da Fiocruz e da UERJ que estão trabalhando no caso.
 
Em repúdio a isso, viemos conclamar a todos a colaborar em uma ampla divulgação das denúncias das ações da TKCSA, através das redes sociais, nacionais e estrangeiras, na defesa das seguintes reivindicações:

1. Pelo direito à liberdade de expressão;
2. Pelo fim imediato da poluição;
3. Pela indenização e reparação dos pescadores/as e moradores/as;
4. Pelo fim das isenções fiscais cedidas a empresa;
5. Não à licença de operação definitiva e ao termo de ajustamento de conduta.

No endereço eletrônico abaixo se encontram matérias sobre o processo da TKCSA contra os pesquisadores.

http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/materia/?origem=1&matid=27990

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1680659-7823-MP+PEDE+PROIBICAO+DE+OPERACAO+DA+COMPANHIA+SIDERURGICA+DO+ATLANTICO,00.html

Seguem, anexos, os seguintes documentos:

1. Sumário executivo do Relatório: Avaliação dos Impactos Socioambientais e de Saúde em Santa Cruz decorrentes da Instalação e Operação da Empresa TKCSA;

2. Moção de Apoio da ASFOC-SN;

3. Moção de Apoio da Asduerj.
   
http://www.ziddu.com/download/17372947/DOCTKCSA.zip.html

Assistam ao vídeo neste canal sobre o caso: Desenvolvimento a Ferro e Fogo na Zona Oeste do RJ.
 
Vamos fazer uma grande rede de solidariedade e de comunicação em defesa dos direitos sociais e à saúde ambiental. Junte-se a nós!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

ONU - PNUMA

ONU detalha as mudanças ambientais dos últimos 20 anos

Relatório do PNUMA descreve as transformações que o planeta passou nas últimas duas décadas, incluindo dados populacionais, de biodiversidade e sobre o aquecimento global, com o objetivo de servir de base para os debates na Rio+20.
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20), agendada para o mês de junho de 2012, será precedida pela publicação de diversos estudos e relatórios que devem facilitar às delegações dos países participantes a entender melhor o que está em jogo e o que precisa ser feito para a conservação ambiental do planeta.

Possivelmente, o mais importante documento a ser divulgado antes da Rio +20 será o “Panorama Ambiental Global-5” (Global Environmental Outlook-5 ou, simplesmente, GEO -5). Preparado pelo PNUMA, o GEO-5 será publicado em maio do ano que vem e trata-se da maior compilação de dados sobre a condição atual dos ecossistemas terrestres já realizada. Nesta semana, o PNUMA divulgou uma parte deste esforço, um relatório intitulado “De olho no meio ambiente em mutação: Do Rio à Rio+20”.

Através de dados, gráficos e imagens de satélite, o documento oferece informações sobre uma série de questões-chave: população, mudanças climáticas, energia, eficiência no uso de recursos, florestas, segurança alimentar, uso do solo e água potável; com exemplos que vão desde o derretimento de geleiras no oceano Ártico até as novas tendências no uso de energia.
 “O relatório nos leva de volta ao nível básico, destacando desde o rápido acúmulo de gases de efeito estufa até a erosão da biodiversidade e o aumento de 40% no uso dos recursos naturais — mais rápido do que o crescimento da população global. Mas o relatório também mostra o modo como, quando há uma reação, é possível alterar drasticamente a trajetória de tendências perigosas que ameaçam o bem-estar humano — as iniciativas para acabar com produtos químicos que prejudicam a camada de ozônio compõem um exemplo vivo e poderoso”, afirmou Achim Steiner, diretor executivo do PNUMA.

Panorama
Sobre a população, o documento destaca que chegamos aos sete bilhões e que o número de pessoas vivendo em áreas urbanas aumentou 45% desde 1992. A quantidade de megacidades com mais de 10 milhões de habitantes passou de 10 para 21. Apesar do número de pessoas vivendo em favelas ter diminuído em quase 15%, cerca de 1,4 bilhão de seres humanos ainda não tem acesso à eletricidade.

O cenário também não é positivo para as mudanças climáticas, uma vez que foi registrado um aumento contínuo no uso de combustíveis fósseis e nas emissões de gases do efeito estufa mundiais. Globalmente as emissões subiram 36% entre 2002 e 2008, passando de 22 bilhões de toneladas para mais de 30 bilhões. Mais de 80% dessas emissões são provenientes de apenas 19 países.

Segundo o PNUMA, praticamente todas as geleiras do planeta vem sofrendo um processo de retração e desaparecimento, que resulta no aumento do nível dos oceanos e em impactos para os ecossistemas. O nível dos oceanos subiu cerca de 2,5mm por ano desde 1992. Outra preocupação com os mares é a crescente acidez. Entre 1992 e 2007 o pH caiu de 8.11 para 8.06, o que afeta os animais marinhos e principalmente corais, que correm o risco de desaparecer até o fim do século.

Com relação às florestas, a taxa de desmatamento sofreu uma queda, porém o mundo perdeu mais de 300 milhões de hectares desde 1990. Aproximadamente 13 milhões de hectares foram perdidos anualmente entre 2000 e 2010, essa marca foi de 16 milhões de hectares na década anterior.

Os dados para as espécies são também ruins, com mais de 12% da biodiversidade sendo perdida em nível global nos últimos 20 anos. A situação é pior nos trópicos, onde a porcentagem é de 30%.

Quase 20% dos vertebrados estão ameaçados, sendo que os anfíbios são os mais vulneráveis, com 41% das espécies em risco. Segundo dados da Convenção sobre Diversidade Biológica (CBD), aproximadamente 25% das espécies de plantas também correm risco de desaparecer.

Nem tudo são números negativos no relatório do PNUMA. As energias renováveis apresentaram um grande crescimento, chegando a responder por 16% da geração global em 2010.

Devido à queda nos preços e políticas de incentivo, o uso do biodiesel cresceu 300.000% nos últimos 20 anos, a energia solar 30.000%, a eólica 6000% e os biocombustíveis 3500%. Os investimentos no setor dispararam, tendo alcançado em 2010 a marca de US$ 2,11 bilhões, 32% a mais do que 2009 e cerca de cinco vezes mais do que em 2004.

Caminhos para soluções
O relatório destaca alguns avanços desde 1992 para melhorar a situação ambiental. Reconhece principalmente o crescimento da noção da economia de baixo carbono e as ferramentas que surgiram para incentivá-la.

A reciclagem, por exemplo, já é uma prática comum em muitos países e o uso eficiente dos recursos naturais e da eletricidade virou um dos objetivos de companhias em todo o mundo. Ferramentas como os mercados de carbono, o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e outras formas para financiar ações climáticas e ambientais foram criadas desde a Eco92 e vem ganhando força.

A produção orgânica de alimentos e os selos de garantia de sustentabilidade se popularizaram e hoje são importantes opções para os consumidores conscientes.
O PNUMA acredita que a Rio+20 é a oportunidade ideal para que os países se comprometam a seguir esses caminhos que levam rumo o desenvolvimento sustentável.

“A Rio+20 pode garantir o impulso necessário para que a economia verde entre de vez nos programas de governo e da iniciativa privada. O desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza devem ser os grandes objetivos a ser alcançados pelas lideranças no Rio de Janeiro”, concluiu Steiner.

Fonte: Instituto Carbono Brasil / PNUMA

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Arnaldo Jabor falando umas verdades que doí em muitos.

Agrotóxico MATA

Aumenta incidência de câncer e bebês malformados em regiões de soja transgênica
Da AS-PTA
8 de novembro de 2011












Por quase 10 anos, os moradores de áreas rurais e periurbanas da Argentina onde a agricultura industrial vem se expandido têm recorrido a autoridades políticas e aos tribunais de justiça, bem como protestado diante do público, por causa dos problemas de saúde que suas comunidades vêm sofrendo em função da pulverização de agrotóxicos usados nas diferentes culturas agrícolas.

Nesses locais, chama a atenção o aumento do número de casos de câncer, de nascimento de bebês com malformações e de problemas reprodutivos e hormonais desde que a pulverização sistemática de agrotóxicos se generalizou. As reclamações das cidades-pulverizadas têm sido confirmadas por equipes médicas que atuam nessas regiões, mas as respostas do sistema público de saúde e o envolvimento das universidades públicas com o problema têm sido escassos e limitados.











Buscando promover um espaço para a análise acadêmica e a reflexão científica sobre o estado da saúde em cidades-pulverizadas, bem como ouvir e apoiar os profissionais de saúde que vêm denunciando estes problemas, a Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nacional de Córdoba promoveu em agosto deste ano o Primeiro Encontro Nacional de Médicos em Cidades-Pulverizadas. Médicos, outras equipes de saúde e pesquisadores de diferentes disciplinas atuando no país foram chamados a apresentar suas experiências, dados, propostas e trabalhos científicos. O evento reuniu mais de 160 participantes de dez estados e de seis universidades federais.

O relatório do encontro, apresentando os principais resultados dessas pesquisas, acaba de ser publicado.

Os relatórios e testemunhos apresentados pelos médicos presentes confirmam as observações clínicas, atestando uma série de doenças e problemas de saúde em pessoas expostas à pulverização. Embora as manifestações de intoxicação aguda (aquela que se manifesta poucas horas após uma exposição elevada a produtos muito tóxicos) representem a maior parte das queixas dos pacientes, o que mais alarma os médicos na maioria das cidades-pulverizadas são duas constatações: primeiro, o número de abortos espontâneos e de nascimento de bebês malformados é significativamente maior nas cidades-pulverizadas do que na média da população.

Segundo, nota-se também um aumento na incidência de câncer em crianças e adultos, além de outras doenças sérias como a Púrpura de Henoch-Schönlein (inflamação dos vasos sanguíneos), doenças hepáticas e neurológicas. Os médicos chamaram a atenção para o fato de que, em geral, vêm trabalhando nas mesmas comunidades por mais de 25 anos, e que as doenças observadas nos últimos anos são incomuns e estritamente relacionadas à aplicação sistemática de agrotóxicos.















Um exemplo contundente são os dados apresentados pela Dra. Ana Lía Otaño, representante do Ministério da Saúde no estado do Chaco. O relatório trazido por ela realça claramente o aumento dos casos de bebês malformados no nível estadual, de acordo com os números da principal unidade de saúde pública do estado, a Unidade Neonatal do Hospital J.C. Perrando, na cidade de Resistencia (capital do estado), que passaram de 46 em 1997 para 186 em 2008 (um aumento de 19,1/10 mil nascidos vivos para 85,3/10 mil nascidos vivos).

Os números do Hospital de Resistencia convergem com os dados apresentados pelo Dr. Horacio Lucero, diretor do Laboratório de Biologia Molecular do Instituto Regional de Medicina da Universidade Nacional do Nordeste, que há mais de dez anos vem estudando e registrando a relação dos problemas de saúde acima descritos com a exposição residencial (por vizinhança) aos agrotóxicos no estado do Chaco. O Dr. Lucero acrescenta que, nos últimos anos, o plantio de soja por grandes conglomerados agrícolas veio substituindo outras atividades agrícolas tradicionais na economia regional. Ele apresenta gráficos cruzando o aumento do plantio de soja no estado com o aumento no número de bebês nascidos com malformações.

A relação é ainda mais fortalecida quando é apresentado um mapa mostrando que o número de mortes de bebês causadas por deformações, anomalias cromossômicas e outros defeitos no nascimento é significativamente maior nas áreas de produção de soja e na cidade La Leonesa, que estão sujeitas a altos níveis de pulverização de glifosato e outros agrotóxicos.

Os dados apresentados pela Dra. Otaño também mostram que a incidência de câncer infantil é significativamente maior em cidades expostas aos agrotóxicos (como La Leonesa), quando comparada a cidades moderadamente expostas (como Las Palmas) e a cidades não expostas aos pesticidas (como Puerto Bermejo). A incidência de câncer infantil em La Leonesa é mais de três vezes superior que a de Puerto Bermejo.

Os médicos chamam a atenção para o fato de que o aumento do câncer e malformações congênitas nas áreas mencionadas acompanhou o aumento exponencial do uso de agrotóxicos desde a introdução das lavouras transgênicas.

Segundo o relatório, em 1990 foram usados 35 milhões de litros de agrotóxicos. Em 1996, a introdução das sementes transgênicas acelerou o uso de venenos, levando a um consumo de 98 milhões de litros. Em 2000 foram aplicados 145 milhões de litros. Em 2010 esse número já era de 292 milhões de litros, e espera-se para 2011 um consumo de mais de 300 milhões de litros de herbicidas, inseticidas, acaricidas, desfoliantes e outras substâncias tóxicas. O glifosato sozinho deverá representar 200 milhões de litros nesse conjunto.










O relatório também menciona que o aumento do uso de glifosato verificado a cada ano deve estar relacionado ao desenvolvimento de resistência ao veneno pelas plantas invasoras. Os números indicam que em 1996 eram aplicados menos de 2 litros de glifosato por hectare, enquanto hoje algumas áreas recebem 10 litros por hectare. Em alguns casos chegam a ser aplicados quase 20 litros por hectare. E esses agrotóxicos são aplicados extensivamente, sobre grandes áreas.

Segundo geógrafos da Universidade Nacional de Córdoba, pelo menos 12 milhões de pessoas vivem em cidades rodeadas por lavouras pulverizadas por venenos. Para os médicos, são 12 milhões de argentinos que estão sendo diretamente fumigados.

Entre as propostas apresentadas pelos médicos participantes do Encontro ao final do documento estão a proibição da pulverização aérea de agrotóxicos, cuja deriva espalha incontroladamente substâncias tóxicas pelo ar, e que as universidades públicas passem a desenvolver e promover opções agroecológicas de produção.

Fonte: http://www.mst.org.br

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

MPF Realiza Audiência Pública





MPF realiza audiência pública para debater deficiências do novo Código Florestal

Para procuradores, projeto de lei viola a Constituição e causará irreparáveis danos ao meio ambiente.

O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro realiza na próxima sexta feira dia 11, às 16h, audiência pública para debater as deficiências e omissões do projeto de lei do novo Código Florestal (PL 30/2011), que tramita no Congresso Nacional. A audiência "Novo Código Florestal: inconstitucionalidades e impactos sobre a Rio +20 e a Política Nacional de Meio Ambiente" tem entre os convidados a Ministra do Ambiente, Izabella Teixeira, o Secretário Estadual de Ambiente, Carlos Minc, o Presidente do IBAMA, Curt Trennepohl, os Senadores Francisco Dornelles, Lindberg Farias e Marcelo Crivella, o Promotor de Justiça Murilo Bustamante, além de organizações não governamentais como WWF, Greenpeace,
SOS Mata Atlântica e Instituto Terra de Preservação Ambiental.

O evento será no auditório da Procuradoria da República no Rio de Janeiro - Av. Nilo Peçanha, 31 - 6º andar, Centro do Rio de Janeiro.


terça-feira, 8 de novembro de 2011








O Sistema FIRJAN, por meio da sua Representação Regional em Nova Iguaçu, promove no dia 09 de novembro, a partir de 09h30, ciclo de palestras sobre o tema “Fiscalização e responsabilidades ambientais”. O evento gratuito tem como objetivo orientar aos empresários quanto à atuação da fiscalização ambiental, visando o cumprimento da legislação vigente.

O especialista de Meio Ambiente do Sistema FIRJAN, Ivan Mello e Silva, fará a abertura do evento. O assessor da Coordenadoria Geral de Fiscalização do Instituto Estadual do Ambiente – INEA/RJ, Nestor Prado Junior, ministrará a palestra “Fiscalização do INEA – A busca da eficiência”. Em seguida, haverá um debate entre os participantes.

O encontro acontece no auditório do SENAI, que fica na Rua Gerson Chernicharo, s/nº, Bairro da Luz. Mais informações sobre o evento e inscrições pelo telefone 0800-0231231 ou pelo e-mail faleconosco@firjan.org.br.

Programação:

09h30 – Abertura – Ivan Mello e Silva – Especialista de Meio Ambiente do Sistema Firjan;

09h50 – Fiscalização do INEA/RJ – a busca da eficiência – Nestor Prado Junior – Instituto Estadual do Ambiente (INEA/RJ);

10h20 – Debate.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Obras do PAC X 10,6 mil ações na Justiça

Obras do PAC enfrentam 10,6 mil ações na Justiça
O governo federal bem que tentou blindar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para evitar atrasos no cronograma, mas não contou com milhares de processos judiciais no meio do caminho. Desde 2007, quando foi lançado como bandeira política do governo Lula e da atual presidente Dilma Rousseff, o programa acumula 10.619 ações judiciais e administrativas, segundo a Advocacia Geral da União (AGU).

Pelos dados do último balanço, divulgado no fim do ano passado, o PAC inclui cerca de 13 mil empreendimentos em várias áreas, como transportes, energia, saneamento básico, urbanismo e habitação. Na média, isso significaria dizer que as ações representam 80% dos projetos. Mas, na prática, algumas obras mais polêmicas somam dezenas de processos enquanto outras estão livres da enxurrada de questionamentos.

A maioria das ações envolve processos de desapropriação de áreas para a construção dos empreendimentos. Até junho, a briga entre proprietários de terras e governo somava 4.493 processos judiciais. “A fase de desapropriação é muito complicada. Os valores são sempre questionados”, afirma o presidente do Sindicato da Arquitetura e da Engenharia (Sinaenco), José Alberto Viol. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo..

Opiniões dos leitores:

•  Uma opinião para os Advogados. Quanto redigirem uma petição, dirijam-se aos Juízes como, ESSE LENTÍSSIMO JUIZ. É um abuso, o Poder Judiciário também está falindo, É um absurdo a morosidade, processos simples, levando 10 anos para serem julgados, enquanto, quando se trata de gente grande, até de madrugada eles liberam um Habeas Corpus.

• A culpa é da juizada.
O direito de desapropriar é quase que inquestionável.
O que pode ser discutido é o valor da desapropriação.

Ora, ora juizada. Determina-se a emissão de posse, e o valor se discute em ação própria. Nesse caso não é morosidade do Judiciário, é lentidão PESSOAL de juiz mesmo!!!!!

 • Aprendam a ler, analfabetos funcionais!!! Quase 40% das ações questionam as indenizações! Isso é o cidadão que sabe que sua casa vale 100 mil, o governo quer pagar 95 mil e ele quer que pague 300 mil!!! É a velha "esperteza" do povo brasileiro que quer levar vantagem em tudo, mesmo que seja dilapidando o erário público. Ou vocês acham que os políticos são o que são porque nasceram e se criaram em outro planeta...
YAHOO Notícias

Painel do clima da ONU ERROU

Painel do clima da ONU errou ao prever degelo no Ártico
CLAUDIO ANGELO
DE BRASÍLIA
Um novo estudo de cientistas dos EUA e da França sugere que o IPCC, o painel do clima das Nações Unidas, errou feio em suas previsões sobre o degelo do Ártico. No caso, errou para baixo: o derretimento observado é quatro vezes maior do que apontam os modelos.

O grupo de pesquisadores liderados por Pierre Rampal, do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), publicou seus dados na edição desta semana do periódico "Journal of Geophysical Research".

Eles uniram dados de modelagem com observações de satélites, navios e até submarinos para estimar que o mar congelado que recobre o oceano Ártico está afinando a uma taxa de 16% por década. Os modelos que alimentaram o relatório do IPCC, publicado em 2007, estimam essa taxa em 4%.

Segundo Rampal e seus colegas, os modelos climáticos computacionais que estimaram um pólo Norte sem gelo no verão em 2100 estão atrasados 40 anos em relação às observações. Da mesma forma, o papel da chamada "amplificação ártica" --como é conhecido o efeito de aumento da temperatura devido à perda do gelo marinho e à maior absorção de radiação solar pelo oceano-- provavelmente foi subestimado.

Isso se deve principalmente ao fato de que os modelos não conseguiram reproduzir o aumento de velocidade que ocorre quando o gelo fica mais fino.

O mar congelado do Ártico está em permanente movimento, seguindo as correntes. Todo verão, elas empurram enormes quantidades de gelo para fora do oceano Ártico, pelo chamado estreito de Fram, entre a Groenlândia e o arquipélago norueguês de Svalbard, diminuindo a área do mar congelado.

Acontece que, com a água mais quente, as placas de gelo ficam mais finas (a média entre 1980 e 2008 é de 1,65 metro de afinamento no verão) e se rompem mais. Isso consequentemente aumenta a velocidade de "exportação" do gelo e, por consequência, amplia a redução de área da banquisa.

Em agosto deste ano, a Folha teve oportunidade de experimentar essa alta velocidade do gelo no estreito de Fram a bordo do navio Arctic Sunrise, da ONG Greenpeace. A amarrado a uma placa de gelo de mais de 200 m de comprimento, o navio derivou cerca de 80 km em dois dias.

Rampal afirma que os modelos falham em capturar essa relação entre deformação e velocidade. Aplicando a metodologia usada no novo estudo aos modelos, eles conseguiram resolver quase todas as diferenças entre modelos e observações --o que pode ajudar a estimar com maior precisão o papel do Ártico no clima futuro da Terra.
YAHOO Notícias

Brasil é o 84º de IDH

Brasil é o 84º do ranking de desenvolvimento humano da ONU

Brasília – O Brasil é o 84° colocado no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 2011, divulgado nesta quarta-feira (2) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). A lista tem 187 países e o índice varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1 o resultado, melhor o desempenho. O IDH 2011 do Brasil é 0,718, colocando o país no grupo de nações com desenvolvimento humano elevado. O índice brasileiro está acima da média global (0,682).

Na comparação com 2010, o Brasil subiu uma posição. A Noruega manteve a liderança no ranking, com IDH de 0,943. Em seguida estão a Austrália (0,929) e os Países Baixos (0,910) no grupo de países com desenvolvimento muito elevado. Nas últimas posições, com os piores índices, estão o Burundi (0,316), Níger (0,295) e a República Democrática do Congo (0,286), todos na África Subsaariana.

O IDH considera três dimensões fundamentais para o desenvolvimento humano: o conhecimento, medido por indicadores de educação; a saúde, medida pela longevidade; e o padrão de vida digno, medido pela renda.
Em 2011, para o Brasil, foram registrados 73,5 anos de expectativa de vida, 13,8 anos esperados de escolaridade (para crianças no início da vida escolar) e 7,2 anos de escolaridade média (considerando adultos com mais de 25 anos). A Renda Nacional Bruta (RNB) per capita dos brasileiros em 2011 considerada no cálculo do Pnud foi US$ 10.162.

Desde a criação do IDH, em 1980, o Brasil registra evolução no índice. Em três décadas, a expectativa de vida do brasileiro aumentou em 11 anos, a média de escolaridade subiu 4,6 anos, mas a expectativa de anos de escolaridade caiu 0,4 ano. No período, a RNB per capita subiu cerca de 40%.

“As dimensões sociais, de educação e saúde foram as que mais causaram impacto no IDH do Brasil e fizeram com que o país ganhasse posições”, avaliou o economista do Relatório de Desenvolvimento Humano brasileiro, Rogério Borges de Oliveira. Entre 2006 e 2011, o Brasil subiu três posições no ranking do IDH, segundo o Pnud.

Apesar dos avanços, o IDH 2011 do Brasil está abaixo da média da América Latina (0,731). O desempenho brasileiro está atrás do Chile (0,805), da Argentina (0,797), do Uruguai (0,783), de Cuba (0,776), do México (0,770), do Panamá (0,768), do Peru (0,725) e do Equador (0,720).

Em relação aos outros países que compõem o Brics (grupo formado pelo Brasil, a Rússia, China, Índia e a África do Sul), o IDH brasileiro é o segundo melhor, atrás da Rússia. “É interessante colocar esses países em um mesmo grupo de comparação pelo tamanho continental, pelas populações enormes, pela importância política, por serem economias emergentes e por terem políticas similares em alguns pontos”, explicou Oliveira.

Além do índice principal, o Pnud também divulgou o IDH ajustado à desigualdade (IDHAD), que capta perdas no desenvolvimento humano por causa das disparidades socioeconômicas; o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM); e o Índice de Desigualdade de Gênero (IDG), que mede a perda de oportunidades das mulheres por causa da discriminação.

Que beleza, o Brasil ficou na frente da África!! Que alegria, aqui no Brasil é mais desenvolvido que na África. Enquanto os governantes do Brasil não pararem de brincar de ser os donos do mundo e falar besteiras só pra dizer ao mundo que aqui ta tudo bem; mas só no faz de conta, viveremos a mercê desses políticos corruPToS que só pensam nas suas eleições, e o povo que se dane, o que vale pra eles é viajar e falar que aqui não tem nada errado, que o Brasil é uma maravilha, mas só na propaganda de faz de contas! Enquanto isso a RUCHEFA quer cobrar dos outros países que façam como no Brasil, que PIADA!!!!

Depois a nossa querida presidenta, vai a Europa levar um plano de ajuda para a crise...Creio que os europeus devem estar rindo até agora...Q vergonha!!!!
YAHOO Notícias

Essa é a imagem que os politiqueiros marginais bandidos, tem de desenvolvimento. Vejam que maravilhas de construções em APP, que não deveriam existir neste local caso o código florestal tivesse sido cumprido. O mais sinistro é ver os mesmos politiqueiros que descumpriram o código florestal, sair em defesa do mesmo ou brigando pelo Royalties do petróleo que ninguém vê o que é feito com o dinheiro oriundo do mesmo.
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