sábado, 19 de março de 2011

O lixo que mostraremos a Obama

DIA 22 DE MARÇO É DIA MUNDIAL DA ÁGUA!!!

O Município de Seropédica vem sofrendo grande pressão política para receber o maior ATERRO SANITÁRIO do RJ, este aterro receberá por dia 9.000 toneladas de lixo, tendo nas vias de acesso do município, a circulação de mais de 800 caminhões dia e noite.
Além destes fatos existe o risco iminente de contaminação do AQUÍFERO PIRANEMA, localizado na área de instalção desse MEGA LIXÃO.
Por isso, a comunidade de Seropédica juntamente com a ADUR - Associação dos Docentes da Universidade Rural, Decanato de Extensão da UFRRJ e o INSTITUTO 5º ELEMENTO, DAMGEMT, APEDEMA BAIXADA, FORUM ECOSSOCIAL DA BAIXADA convidam a todos para participarem da:

GRANDE MANIFESTAÇÃO POPULAR NA PRAÇA DO KM 49 - DIGA EU AMO SEROPÉDICA NÃO QUERO LIXO - 22/03/2011 TERÇA FEIRA ÀS 15 HORAS - não esqueça de seu grande compromisso com a sua família, com a sua cidade e com o meio ambiente.

Nesta terça feira todos juntos vamos dizer “SEROPÉDICA NÃO QUER SER A LIXEIRA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO"

ÁGUA É VIDA, ENTÃO DEFENDA A SUA PRÓPRIA EXISTÊNCIA!!!
DIGA NÃO AO LIXO EM CIMA DO AQUÍFERO PIRANEMA!!!
Texto: Márcia Marques / Instituto 5º Elemento
Clique na imagem para almentar.

segunda-feira, 14 de março de 2011

A3P = Agenda Ambiental na Administração Pública

A3P
Agenda Ambiental na Administração Pública
DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS
A política dos 5R´s tem sido abordada em projetos de Educação Ambiental (EA) que trabalham a questão dos resíduos sólidos como tema gerador. Em relação à política dos 3R´s, amplamente  difundida e anterior a essa última, a política dos 5R’s apresenta a vantagem de permitir aos administradores uma reflexão crítica do consumismo, ao invés de focar na reciclagem.
Segundo o Manual de Educação para o Consumo Sustentável, “a reciclagem é uma das alternativas de tratamento de resíduos sólidos mais vantajosas, tanto do ponto de vista ambiental como do social. Ela reduz o consumo de recursos naturais, poupa energia e água e ainda diminui o volume de lixo e a poluição. Além disso, quando há um sistema de coleta seletiva bem estruturado, a reciclagem pode ser uma atividade econômica rentável.  Pode gerar emprego e renda para as famílias de catadores de materiais recicláveis, que devem ser os parceiros prioritários na coleta seletiva”.
 
Ainda segundo esse Manual, a reciclagem começa com a coleta seletiva, que é a separação e o recolhimento, desde a origem dos resíduos sólidos potencialmente recicláveis. Para tanto, é preciso a parceria entre governos, empresas e sociedade civil, para se “desenvolver políticas adequadas e desfazer preconceitos em torno dos aspectos econômicos e da confiabilidade dos produtos reciclados”.

Acesse o site; baixe os documentos e vídeos e saiba como implantar a A3P em sua administração pública.

domingo, 13 de março de 2011

Água em Unidade de Conservação Parque Naional da Tijuca

MinC se torna ministério problema do governo

MinC se torna ministério problema do governo
A avaliação que circula no Planalto é que o troféu “ministério problema” dos primeiros 100 dias do governo Dilma dificilmente escapará das mãos do MinC.
Na bancada de deputados petistas, há uma insatisfação quase generalizada com as ações do ministério; na blogosfera, o MinC se tornou pauta negativa todos os dias; nos movimentos sociais, que têm atuação relevante na área, há uma crise instalada por conta dos sinais que vêm sendo emitidos em relação às novas políticas para os Pontos de Cultura; entre os intelectuais que apoiaram Dilma, a decepção com a nova agenda tem levado alguns a dizer que vão desembarcar do apoio ao governo, inclusive a criação de um manifesto demonstrando publicamente a insatisfação começa a ser articulado.
Apenas na classe artística mais comercial o ministério conseguiu avançar algumas peças. A nova política cultural passou a ter o apoio declarado do cineasta Luis Carlos Barreto e do ECAD.
Este blog foi o primeiro a informar que a nova gestão do MinC decidira romper com a política estruturante das gestões Lula na área. Aliás, registre-se, na ocasião esse blog informou que Hildebrando Pontes Neto era o nome para a Diretoria de Direitos Intelectuais. A informação criou mal-estar inclusive na base de apoio da nova ministra e a solução encontrada foi nomear uma pessoa da confiança de Hidelbrando (veja aqui o que ele pensa sobre propriedade intelectual), a advogada carioca Marcia Regina Vicente Barbosa.
Em comentários no post que escrevi na época houve quem descredenciasse a qualidade da informação que se publicara aqui. Como diria a frase na camisa do ex-presidente, o tempo é o senhor da razão.
O secretario executivo do ministério, Vitor Ortiz, chegou a responder um tuiter de Marcelo Blanco, que coordenou a campanha de Dilma na internet, que repercutiu uma matéria publicada no site da Fórum . Vitor disse que a notícia era “totalmente infundada”. De fato, não foi nomeado Hidelbrando, mas uma pessoa de sua confiança e que compartilha de suas convicções.
Ou para brincar com a resposta que Marcelo Blanco deu a Vitor Ortiz dizendo que a nomeação de Hidelbrando seria o mesmo que colocar Ronaldo Caiado da UDR para cuidar da reforma agrária. Com o perdão da comparação, ao invés de Caiado, a opção foi a senadora Kátia Abreu.
Ontem mais uma vez o Ministério da Cultura virou notícia, inclusive no Jornal Nacional da TV Globo, com a decisão da ministra de não mais indicar sociólogo Emir Sader para a presidência da Casa Rui Barbosa.
A ministra teria feito chegar a Gilberto Carvalho, ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, após a entrevista que Sader deu à Folha, que se ele tivesse que ficar, ela sairia. O governo deu carta branca a titular da pasta, mas “anotou a faca no pescoço”, segundo confidenciou em “off” uma pessoa que participou da articulação para que Ana de Hollanda substituísse Juca Ferreira. O mesmo interlocutor avaliou como “erro estratégico” o “truco” em relação à posse de Emir. “Acho que ele errou no tom da entrevista, mas colocá-lo para fora do ministério neste momento é abrir mais uma frente de oposição à nova gestão. E isso costuma ter preço…”
Na Esplanada, quem tem defendido a atual ministra é o ministro Antonio Palocci, que teria indicado pelo menos Elói Ferreira de Araújo, para a presidência da Fundação Palmares, e Galeno Amorim, para a presidência da Biblioteca Nacional. Vale aqui um registro, não tenho informações sobre Elói Ferreira, mas Galeno de fato é comprometido com a área do livro.
O governo Dilma ainda está começando e há tempo para o MinC mudar o sinal desses primeiros meses, saindo do noticiário a partir de pautas negativas e buscando um novo tipo de relacionamento com os setores que defenderam a candidatura de Dilma e que fazem parte da base histórica do PT e do PCdoB, por exemplo, na área. Mas para isso é preciso descer do salto. Não parece ser essa opção da nova equipe. Os recados que chegam do bloco A da Esplanada é de que certos temas são proibidos. E que na nova equipe se instalou um clima de que todas as críticas são parte de uma tentativa de desestabilizar Ana de Hollanda.
Política não se faz procurando inimigos embaixo da mesa de trabalho. Quando isso acontece, o resultado costuma ser desastroso.

Fonte:
http://www.revistaforum.com.br/blog/2011/03/03/minc-se-torna-ministerio-problema-do-governo/

quinta-feira, 10 de março de 2011

Categoria Criticamente ameaçada

Categoria Criticamente ameaçada

1º Lugar

Kakapo Strigops habroptila
Por: Shane McInnes
É um papagaio grande, não voador da Nova Zelândia e uma das aves mais raras de todas, com apenas 124 indivíduos vivos atualmente. A principal razão para seu declínio é a predação por mamíferos introduzidos, pelo homem especialmente gatos selvagens.

Categoria Criticamente ameaçada

Categoria Criticamente ameaçada

2º Lugar

Pato Mergulhão Mergus octosetaceus
Por: Sávio Freire Bruno
Este pato que se alimenta de peixes é restrito aos rios com corrente rápidas no Brasil central e nordeste da Argentina. Com menos de 250 indivíduos e em declínio, as maiores ameaças para sua sobrevivência são as mudanças na vazão hídrica e a poluição.

Categoria Criticamente ameaçada

Categoria Criticamente ameaçada

3º Lugar

Fragata da Ilha Christmas (Fregata andrewsi)
Por: David Boyle
Grande ave marinha cleptoparasita que se reproduz somente na Ilha Christmas no Oceano Índico. População adulta composta por 1220 casais e em declínio, a maioria em uma única colônia. Maiores ameaças: perda de árvores usadas para durante período reprodutivo, poluição de fosfatos usados em mineração, ciclones e provavelmente a introdução da formiga Anoplolepis gracilipes.

Categoria Criticamente ameaçada

Categoria Criticamente ameaçada

4º Lugar

Corujinha da floresta (Athene blewitti)
Por: Dr Jayesh Joshi
Endêmica da região central da Índia, até sua redescoberta em 1997, era conhecida somente pelos sete espécimes coletados durante do século 19 em quatro lugares. Esta espécie tem um população muito pequena, extremamente fragmentada com menos de 250 indivíduos.

Categoria Em perigo

Categoria Em perigo

1º Lugar

Íbis do Japão (Nipponia nippon)
Por Quan Min Li
Ave aquática de tamanho médio que antigamente se reproduzia na Rússia, no Japão e na China mas teve sua população severamente reduzida. Hoje se restringe à província de Shaanxi na região central da China, onde somente 250 indivíduos sobrevivem mas a população está se aumente lentamente graças às ações de conservação. Por se alimentar de pequenos moluscos e crustáceos em plantações de arroz, a razão para o declínio populacional estão relacionadas com a substituição de plantação de arroz por trigo.

Categoria Em perigo

Categoria Em perigo

2º Lugar

Grou da Manchúria ou Grou japonês (Grus japonensis)
Por: Huajin Sun
Um grou de porte grande que ocorre na Rússia e China oriental e no Japão. Com uma população de 1700 indivíduos adultos, está em declínio contínuo devido à degradação e conversão das áreas úmidas.

Categoria Em perigo

Categoria Em perigo

3º Lugar

Abetarda indiana Ardeotis nigriceps
Por Csaba Barkóczi
Esta magnífica abetarda das pradarias áridas na Índia sofre com o contínuo declínio de sua população e hoje restam menos de 1000 indivíduos como resultado de caça e do desenvolvimento da agricultura.

Categoria Criticamente em perigo migratória

Categoria Criticamente em perigo migratória


 1º Lugar

Periquito de barriga laranja (Neophema chrysogaster)
Por: David Boyle
Pequeno papagaio que se reproduz em uma pequena área no sudoeste da Tasmânia e migra no inverno para a costa sudeste da Austrália. A população na natureza é provavelmente menos de 150 indivíduos e em declínio devido à perda de seu habitat de inverno, resultado do desenvolvimento urbano, industrial e da agricultura.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Ministério do Meio Ambiente apresenta relatório sobre tragédia no Rio

Ministério do Meio Ambiente apresenta relatório sobre tragédia no Rio
Para ministra, violação de Código Florestal agravou a situação.
O descumprimento do atual Código Florestal está diretamente ligado a grande parte das mais de 900 mortes na região serrana do Rio no começo deste ano. A conclusão é de um estudo Ministério do Meio Ambiente, apresentado pela ministra Izabella Teixeira anteontem na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.

Cruzando imagens de satélite com dados de uma vistoria no local feita logo após a tragédia, técnicos do ministério concluíram que várias das casas destruídas estavam em áreas de preservação permanente (APPs). É o caso, por exemplo, do bairro de Campo Grande, em Teresópolis. Cerca de 70% das casas do bairro foram destruídas. Muitas delas estavam exatamente dentro da faixa de 30 metros de distância da margem do rio que, segundo o Código Florestal, deveriam ser mantidas com vegetação nativa.

Área Consolidada - O objetivo do ministério com o estudo é forçar o debate no Congresso contra a flexibilização excessiva da lei.
A área ambiental do governo é contra a aprovação do relatório do deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), que a bancada ruralista quer votar ainda neste mês.
Izabella Teixeira tenta uma alternativa de mudança no código, que atenda às reivindicações dos agricultores sem abrir mão de manter as áreas protegidas.

O Código Florestal tem relação direta com as áreas de risco por regular a ocupação em zonas rurais -onde houve mortes no desastre do Rio e de SC, em 2008.
Depois, fixa os parâmetros mínimos de conservação de zonas frágeis em área urbana. Os planos diretores municipais não podem ser menos rígidos que a lei federal. "Mas nunca se vê isso. O tensionamento é sempre no sentido oposto", disse à Folha João de Deus Medeiros, diretor de Florestas do Ministério do Meio Ambiente e coautor do relatório.

Embora não cite o texto de Rebelo, o documento lhe faz duas críticas veladas.Uma diz respeito à proposta do deputado comunista de reduzir para 15 m as APPs em margens de rios de menos de 5 m de largura .
 Mais grave, na visão do Meio Ambiente, é a adoção do conceito de "área rural consolidada", onde ocupações anteriores a julho de 2008 ficam garantidas.
Já o deputado diz que seu texto oferece mais proteção às áreas frágeis, e que trabalha na Câmara por um novo relatório mais consensual.

"Estou disposto a acolher entendimentos entre o Ministério do Meio Ambiente e o das Cidades", disse. Para ele, o poder público já tem hoje o dever de remover populações de zonas de risco.
(Folha de São Paulo)

Lei de resíduos abre caminho para tecnologias

Lei de resíduos abre caminho para tecnologias
Novos processos para dar destinação ao lixo urbano começam a entrar em testes no País.
Entre as tecnologias que começam a se tornar competitivas estão a transformação dos resíduos em combustíveis, conhecida pela sigla CDR (combustível derivado de resíduo).

A empresa de gestão de resíduos Estre Ambiental trouxe essa tecnologia para o País e instalou em Paulínia (SP) o Tiranossauro, um equipamento importado da Finlândia. Em um galpão de 6,2 mil m², a máquina tritura, separa e transforma o lixo em combustível. "Com essa máquina, é possível dar destino do lixo orgânico até resíduos mais volumosos, como móveis e colchões velhos", explica Pedro Stech, diretor de Tecnologia Ambiental da Estre. O equipamento, em testes, deve começar a operar comercialmente em abril.

Stech explica que a tecnologia CDR está em operação em outras 50 cidades do mundo, como Roma e Helsinque. A unidade em testes em Paulínia tem capacidade para processar 1 mil toneladas de lixo por dia e permite produzir 500 toneladas/dia de combustível para fornos industriais - que pode ser usado para alimentar caldeiras e fornos hoje abastecidos com combustíveis fósseis, como carvão.
"O equipamento ainda precisa passar por ajustes, mas é uma solução viável para regiões metropolitanas, que produzem muito lixo diariamente e já não podem contar com aterros", diz.

A tecnologia da incineração dos resíduos em termelétricas que geram energia elétrica, comum na Europa e Japão, é outra que deve entrar em operação nos próximos meses. Há estudos de viabilidade em andamento - de capitais como Belo Horizonte a municípios de porte médio, como São Sebastião, Barueri e São Bernardo do Campo (SP).

"Com a aprovação da lei nacional de resíduos, a tendência é que haja uma diversificação nas tecnologias para dar destino aos resíduos no País", diz Carlos Roberto Vieira da Silva Filho, diretor executivo da Abrelpe, entidade que reúne empresas de coleta e destinação do lixo. Segundo ele, o custo da incineração dos resíduos ainda é um empecilho - em torno de R$ 250 a tonelada, enquanto o custo médio da destinação a aterro é de R$ 90 a tonelada. "Mas esses custos podem ser reduzidos com a venda da energia elétrica gerada pelo sistema", diz Silva.

Para Lúcia Coraça, diretora de Química e Energia da Pöyry, empresa que atualmente realiza um estudo de viabilidade para uma unidade de incineração em Belo Horizonte, a incineração pode ajudar a resolver o problema do lixo nas metrópoles. "É possível conciliar a reciclagem dos materiais com a incineração", diz.
(Estado de São Paulo: 2/3)   

Criação de "Ibama mineiro" em debate

Criação de "Ibama mineiro" em debate
O Sistema de Gestão Ambiental e Recursos Hídricos de Minas Gerais (SISEMA) passará por uma mudança profunda. Proposta será encaminhada à Assembléia Legislativa.

O projeto de lei prevê a criação de um novo órgão, que vai absorver as atuais funções do Instituto Estadual de Florestas (IEF), do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) e Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM), que deverão ser extintos. A denominação do superórgão - que deverá acumular atribuições, como o Ibama em nível federal -, ainda não foi definida. Mas, por enquanto, está sendo chamado de Instituto Ambiental de Minas Gerais (IAMIG).

A proposta de criação do instituto já vinha sendo discutida há vários dias pelo secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), Adriano Magalhães, em reuniões com servidores dos órgãos envolvidos e ambientalistas. Nos encontros, Magalhães tem se esforçado para explicar os reais motivos e objetivos da proposta, visando conter possíveis reações contrárias às mudanças, principalmente no que se refere à extinção dos órgãos. A justificativa da secretaria é que as mudanças objetivam exclusivamente a eficiência na gestão, sem nenhum prejuízo para os servidores dos órgãos envolvidos ou para as políticas de preservação e fiscalização ambiental.

O sistema estadual de meio ambiente tem um orçamento de R$ 305 milhões previsto para 2011, sendo a maior parte para o IEF (R$ 111,08 milhões). A SEMAD tem uma previsão orçamentária de R$ 56,96 milhões, divididos entre a FEAM (26,09 milhões) e o IGAM (R$ 26,4 milhões). Outros R$ 84,2 milhões estão previstos para o Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais (FHIDRO).

O SISEMA soma 1,8 mil funcionários. Dos três órgãos que deverão ser extintos com a criação do novo sistema de gestão ambiental em Minas, além de ter maior orçamento, o IEF é o mais conhecido e com maior estrutura, reunindo cerca de 1 mil funcionários, 13 escritórios regionais, 47 núcleos ambientais e 150 escritórios locais (agências de atendimento) espalhados pelo interior. Grande parte da estrutura é montada em parceria com os municípios.

O IEF cuida de questões importantes, como a expedição de licenciamentos para desmatamentos e diversas atividades, como a fiscalização da produção e do transporte de carvão. No ano passado, o órgão foi alvo de denúncias de irregularidades, feitas contra seu ex-diretor geral, Humberto Candeias Cavalcanti. Em agosto, Cavalcanti chegou a ser preso, acusado de colaborar com esquemas de desmatamento ilegal para produção de carvão e desvios de recursos da autarquia, após investigação do Ministério Público Estadual, Secretaria de Estado da Fazenda e Polícia Militar. Ele ficou menos de 48 horas preso. Foi liberado depois de conseguir habeas corpus.

Durante as reuniões com representantes dos órgãos do sistema, o secretário Adriano Magalhães vem esclarecendo que a definição das equipes da nova estrutura terá como critério principal a competência técnica e a origem no próprio SISEMA. ''O quadro de funcionários é composto por pessoas qualificadas e experientes e nada mais natural que utilizar essa equipe em todo o seu potencial'', afirmou.

As mudanças no SISEMA começaram por meio de três leis delegadas (179, 180 e 181), editadas em janeiro e regulamentadas pelo Decreto 45.536 (27 de janeiro/2011), que deram novo formato à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Foi criada a Subsecretaria de Controle e Fiscalização Integrada, que assumiu todas as funções relativas à fiscalização ambiental, de recursos hídricos, recursos florestais e biodiversidade e da pesca, que antes eram atribuições de diretorias específicas do IEF, da FEAM e do IGAM. A SEMAD também ganhou as subsecretarias de Inovação e Logística e de Gestão e Regularização Ambiental Integrada.

A extinção dos órgãos e todos os demais aspectos relativos ao projeto de lei vai depender das votações na Assembléia Legislativa, onde a proposta, após ser recebida em plenário, será encaminhada à Comissão de Constituição e Justiça e será apreciada pela Comissão de Meio Ambiente. Ouvido no fim da tarde de ontem, o presidente da Comissão de Meio Ambiente, deputado Célio Moreira (PSDB), disse que já ''ouviu falar'' da proposta de criação do novo órgão ambiental, mas que ainda não recebeu o projeto e por isso não iria comentar o assunto.
(O Estado de Minas: 1/3)

União das instituições de C&T fortalece a Amazônia

União das instituições de C&T fortalece a Amazônia

Proposta de implantação de um fórum permanente e atento de secretários e dirigentes de fundações de amparo à pesquisa da região Norte é aprovada em evento.
Ampliar os investimentos públicos federais em CT&I, estimular uma política pública para a fixação de doutores na Amazônia e atrair para a região empresas com base tecnológica, foram alguns dos pontos debatidos durante o Fórum Regional Norte do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de CT&I (CONSECTI).

O evento, que aconteceu nesta quinta-feira (3), no auditório da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), contou com a participação de representantes das secretarias de Ciência e Tecnologia e das FAP's dos estados de Roraima, Amapá, Rondônia, Tocantins e Amazonas. Durante o encontro, foi discutida a aplicação do Plano Nacional de C&T para a região Norte e foram traçadas as diretrizes de um documento oficial, contendo 15 tópicos, que será entregue ao ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, na próxima reunião do Conselho, nos dias 31 de março e 01 de abril, em Palmas (TO). Este evento contará também com a participação do presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia e Comunicação (CCT) do Senado Federal, Senador Eduardo Braga (PMDB-AM).

O Fórum foi realizado pela Secretaria de Ciência e Tecnologia do Amazonas. O titular da secretaria, Odenildo Sena, ressalta que é preciso haver uma maior união entre os estados do Norte para que haja, de fato, desenvolvimento. "Imagine quantas ações poderíamos realizar para a Amazônia somando competências?".

Uma das mais relevantes propostas aprovadas foi a implantação de um fórum permanente e atento de secretários e dirigentes de fundações de amparo à pesquisa da região Norte. "Precisamos inserir um representante do Norte em comitês importantes que definem para onde vão os recursos", ressalta Odenildo, autor da sugestão. Ele destaca ainda que é preciso ocupar espaços já criados, como as parcerias com o CNPq, a Capes e o INCT. "Mas, para isso, precisamos nos fortalecer, nos unir e cuidar constantemente de nossos interesses".

Ele destaca, ainda, a necessidade de efetivar os interesses especificamente da região amazônica. "Todo o mundo se encanta com a Amazônia, mas efetivamente pouca coisa tem sido efetivada e o que tem sido feito é por esforços locais". O Diretor de Ciência e Tecnologia do Estado de Tocantins, Alan Rickson Andrade, também defende a idéia e afirma: "precisamos provocar as instituições federais para que elas possam trazer investimentos para fortalecer a região"; seguido do secretário de Estado de Ciência e Tecnologia do Amapá, Antônio Cláudio Almeida: "precisamos nos fortalecer, unindo esforços para tirar da floresta a sustentabilidade econômica dos estados".
Participação das FAP's
A presidente da FAPEAM, Maria Olívia Simão, salienta que a presença das FAP's num fórum que se discute as temáticas, as fragilidades e as potencialidades da Amazônia é extremamente importante. "Encurta o tempo de debate e confronta diferentes visões, permitindo alavancar cada vez mais ciência e tecnologia na região", disse.

Quanto ao movimento instalado na Amazônia, com o lançamento das FAP's do Amapá, em janeiro, de Tocantins, ainda no mês de março, e, futuramente, a de Rondônia, Olívia destaca que o setor político está enxergando o quanto é estratégico ter "ciência e tecnologia como eixo transversal de apoio ao desenvolvimento sustentável". Para a dirigente da FAPEAM, há uma percepção, principalmente na Amazônia, de que o desenvolvimento sustentável só é possível com o conhecimento das riquezas da biodiversidade e da diversidade social da região.

(Comunicação SECT-AM)

Universidades lançam cursos voltados para o mercado "verde"

Universidades lançam cursos voltados para o mercado "verde"
A preocupação do mercado com o impacto social e ambiental dos negócios está fazendo as universidades brasileiras criarem cursos de graduação que tenham a sustentabilidade como um de seus principais pilares.
Nos últimos anos, os currículos de bacharelados e licenciaturas têm ganhado novas ênfases como biodiversidade, agroecologia e energias renováveis. Mesmo com enfoque "verde", as escolas não deixaram de lado a empregabilidade dos recém-formados, fechando parcerias com empresas e adaptando seus conteúdos às necessidades das companhias nas regiões onde atuam.

A maior parte dos novos cursos se concentra em áreas como engenharia e agronomia. A formação técnica, no entanto, passa a ser complementada por disciplinas que relacionam a atividade produtiva ao impacto social e ambiental. "Como essa é uma questão cada vez mais valorizada pelas indústrias, os alunos precisam ter formação multidisciplinar, com uma visão moderna desse novo mercado", afirma Carlos Carneiro, coordenador do curso de engenharia mecânica: energias renováveis e tecnologia não poluente da Universidade Anhembi Morumbi, criado no ano passado.

A instituição abriu recentemente uma graduação em engenharia ambiental e sanitária. Ambos os bacharelados já possuem parcerias com indústrias e um laboratório de estudos em produção limpa. "As empresas brasileiras já têm a consciência de que produzir de forma mais eficiente envolve menos impacto ambiental e gastos de energia. Isso exige profissionais que tenham perfil e formação especializados", afirma Carneiro.

O futuro da produção de energia também motivou a criação do bacharelado em engenharia de energias renováveis e ambiente, na Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), em 2006. Inicialmente dirigido ao agronegócio, o curso, que fica em Bagé, no Rio Grande do Sul, voltou-se para as tecnologias renováveis. A mudança abriu portas para os alunos, uma vez que três parques eólicos estão sendo construídos na região. "O mercado de trabalho é amplo e abrange usinas de energia, renovável ou não, e qualquer indústria que tenha preocupação com a eficiência energética", afirma a coordenadora Cristine Schwanke.

Apesar de novo e ainda sem nenhuma turma formada, o curso já é o segundo mais disputado do campus, só perdendo para a engenharia de produção. "O currículo prevê uma mistura de conhecimentos básicos, específicos e profissionalizantes, sempre permeados pela parte ambiental", diz.

Incentivada pelo Governo Federal por meio do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), a interdisciplinaridade também é a marca do curso de agroecologia e biotecnologia da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), com campus em Santarém. Com 200 recém-ingressos, a nova graduação começou as aulas em 24 de fevereiro.

Segundo João Ricardo Gama, diretor do Instituto de Biodiversidade e Florestas (IBEF) da instituição, os alunos escolhem a ênfase que vão dar ao curso após o segundo semestre. No final, os formandos podem ter diplomas de farmácia, agronomia, engenharia florestal ou zootecnia. No futuro, os estudantes ainda poderão escolher a especialização em engenharia de alimentos.

Todas as graduações têm a sustentabilidade como viés principal. "O objetivo é promover o desenvolvimento sustentável da Amazônia, passando pela transformação da biodiversidade em produto", afirma Gama. Segundo ele, a demanda na região é grande para profissionais com essa formação. "Além de empresas e órgãos públicos, há possibilidade de atuação em assentamentos e comunidades de agricultura familiar."

A agricultura familiar, inclusive, foi a principal motivadora do curso de agroecologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), criado em 2009 e já na sua terceira turma. A coordenadora do curso, Anastácia Fontanetti, acredita que a ênfase nas pequenas comunidades não limita a atuação do profissional. "O curso foi criado para atender à necessidade do mercado, que exigia profissionais de agronomia com visão mais ampla tanto da parte produtiva quanto dos impactos ambiental e social."

O escopo abrangente, na opinião da coordenadora, torna o profissional com essa formação apto para trabalhar em mercados locais, com certificação de produtos orgânicos, e nas grandes empresas. "Nessas companhias, o agroecólogo pode atuar com restauração de áreas degradadas, avaliação e perícias de impacto ambiental", explica.

A relação candidato/vaga do curso, que é oferecido no campus de Araras, no interior de São Paulo, quase dobrou este ano em relação a 2010. O aumento do interesse dos alunos tem feito com que a coordenação busque parcerias com empresas e órgãos públicos. "Já recebemos pedidos de indicação para assistência técnica em agricultura orgânica", comemora. O futuro da profissão, segundo Anastácia, é promissor. "A agronomia é uma atividade que está se valorizando no Brasil. A agroecologia vai além e atende a essa demanda de sustentabilidade, que será cada vez mais cobrada do profissional."
(Valor Econômico)